AINDA A QUESTÃO DOS VINHOS IMPORTADOS

AINDA A QUESTÃO DOS VINHOS IMPORTADOS

FlávioMPinto

Absolutamente reprovável a atitude dos grandes produtores gaúchos, diga-se de passagem as grandes vinícolas, de proporem ao governo federal , salvaguardas ao vinho nacional ante a avalanche dos importados.

É muito curioso não se importarem com as altas taxas de impostos nos vinhos nacionais, assim como a não taxação dos vinhos do MERCOSUL. Esses sim, os verdadeiros inimigos da produção nacional. Assim como também não questionam a reciprocidade para entrada no mercado sul-americano de língua espanhola dos vinhos brasileiros. Estes não passam nem perto das gôndolas de venda dos hermanos.

Temos uma avalanche de produtos sulamericanos por causa exclusiva da não taxação e da classificação dos seus produtos nos seus países. A açpão protocolada pelo Governo Federal diz que:

“ Foi determinado o crescimento das importações de vinho como decorrência de evolução imprevista das circunstâncias.Além disso, constatou-se a existência de indícios suficientes de que o crescimento dessas importações ocorreu em condições tais que causaram prejuízo grave à indústria doméstica. Por outro lado, não foram identificados outros fatores que pudessem explicar a deterioração observada.

Ademais, analisado o plano de ajuste apresentado pelos peticionários, concluiu-se pela sua viabilidade. Este plano inicial deverá, no entanto, ser objeto de detalhamento ao longo da investigação.”

Só posso constatar que o IBRAVIN, UVIBRA e outras entidades ligadas ao vinho no Rio Grande do Sul estão completamente mal informadas, enganadas e mais do que tudo, mal assessoradas.

A luta dos produtores brasileiros é árdua, pois além de enfrentar o governo nos seus tributos, batem de frente com a concorrência desleal dos sulamericanos. Some-se a isso o Custo Brasil.

E mesmo assim a produção nacional subiu e a qualidade aumenta a olhos vistos. Qual seria o milagre?

É a vontade única e absoluta de progredir dos produtores nacionais. Já são produzidos vinhos com excelente qualidade na terra gaúcha e catarinense. É a abnegação e a dedicação total á produção do líquido de Bacco.

E não me venham falar de terroir, pois, só para citar, a Campanha gaúcha não deixa nada a dever a nenhum sulamericano.

E é bom lembrar que “quem não tem competência não se estabelece!”.

FLAVIO MPINTO
Enviado por FLAVIO MPINTO em 26/03/2012
Código do texto: T3577086