COMER O QUÊ E QUANDO?
Hoje, apesar do avanço da ciência e da expansão do conhecimento, e não obstante a descoberta de fontes produtoras de proteínas possíveis de serem alimentos, a humanidade se alimenta mal, em quantidade e qualidade. E isso afirmamos, sem medo de errar, devido ao desconhecimento do seu criador e dos seus ensinos.
Quando Deus fez o primeiro homem, Ele lhe deu instruções quanto ao que comer. Vejamos: “E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dá semente. Que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto de árvore que dá semente, ser-vos-á para mantimento. E a todo o animal da terra e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento. E assim foi.” Gn. 1:29 e 30.
Inferimos, então, que ao homem foi dado como alimento os frutos das árvores, e as sementes das ervas que davam sementes (grãos). Isso para o homem não pecador.
Entretanto, após o pecado, recebeu ele como parte do castigo por ter infringido a ordenança do Senhor, a maldição de comer da erva do campo. Atente: “E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela: maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos e cardos também, te produzirá; e comerás da erva do campo.” Gn. 3:17 e 18.
Até aqui não vimos o homem se alimentando de proteínas de origem animal. Nem mesmo o leite constava do seu cardápio, porém grãos, frutos, e a seguir ervas.
Só após o dilúvio, por volta do ano dois mil, foi dado ao homem instruções sobre o comer carne. “Tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso alimento; tudo vos tenho dado como a erva verde.” Gn. 9:3.
Ainda que textualmente diga tudo quanto se move, não devemos tomar ao pé da letra, pois um pouco antes, quando foi dada instruções sobre o que recolher na arca, disse Deus: “De todo o animal limpo tomarás para ti sete e sete, macho e fêmea.” Gn. 7:2.
Vemos, portanto, que muito antes de Deus ter dito a Moisés instruções específicas sobre alimentos devidos e indevidos, logo após a saída do povo de Israel do Egito, já havia conhecimento sobre animais limpos e animais imundos.
Nada obstante a concessão, quando o povo peregrinava no deserto, deu-lhes o Senhor o pão dos anjos. Ne. 9:15. Quando eles cobiçaram carne, Deus lhes deu, mas puniu a sua cobiça. Nm. 11:4 e 33.
Prometeu-lhes Deus introduzi-los numa terra que manava leite e mel. Êx. 3:8.
Com relação ao mel, sabemos ser ele um dos alimentos mais completos. Aliás, a ciência confirmou, ainda que com relativo atraso, aquilo que já as Escrituras diziam a milhares de anos, que a cera de abelhas possui substâncias farmacológica, terapêutica e bactericida. Por essa razão deu o Senhor aos seus filhos a seguinte instrução: “Come mel, meu filho, porque é bom, e o favo de mel, que é doce ao teu paladar.” Pv. 24:13. Ou: “Já vim para o meu jardim, irmã minha, minha esposa; colhi a minha mirra com a minha especiaria, comi o meu favo com o meu mel, bebi o meu vinho com o meu leite; comei, amigos, bebei abundantemente, ó amados.” Ct. 5:1.
Apesar disso, não se pratica essa instrução, razão porque podemos vir a sofrer algumas enfermidades que poderiam ser prevenidas com essa prática.
Ao tempo de Jesus, após a sua ressurreição, ele apareceu aos seus discípulos e perguntou: “Tendes aqui alguma coisa que comer? Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel. O que ele tomou, e comeu diante deles.” Lc. 24:41-43.
Entre os cereais existentes, fez Deus menção a vários deles, quais sejam: trigo, cevada, aveia, milho e lentilha; todos muito conhecidos ainda hoje, e largamente empregados na alimentação humana. Prevendo o cerco de Jerusalém, instruiu o Senhor ao profeta Ezequiel, e que serve de instruções para nós, sobre o que guardar para a sua alimentação: trigo, cevada, favas, lentilhas, milho e aveia. Ez. 4:9.
Falando Deus da terra na qual introduziria o povo de Israel, disse Ele ser uma terra de vinhas e olivais. Dt. 6:11. Vinho para a sua alegria, já que o vinho não alcoólico também alegra o coração; e azeite de oliva, nobre e ideal para a alimentação, por ser um óleo vegetal da melhor qualidade.
Ainda que a carne limpa tenha sido dada para a alimentação do povo de Deus, disse Ele por Salomão: “Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne. Porque o beberrão e o comilão cairão em pobreza, e a sonolência faz trazer os vestidos rotos.” Pv. 23:20 e 21.
Disse ainda o apóstolo Paulo: “Bom é não comer carne, nem beber vinho...” Rm. 14:21.
Sabemos, através da ciência, que o peixe é um alimento ideal para a alimentação. É de fácil digestão, baixa caloria e colesterol; contém fósforo e cálcio; elementos necessários ao cérebro e aos ossos; possui proteínas necessárias à renovação dos tecidos e manutenção do corpo; não contém hormônio como a carne de gado, etc.
Mas, e quanto ao horário? Quando comer?
As Escrituras não dizem claramente o horário, mas fala do comer a tempo. Os exemplos, entretanto, são mais que suficientes para nos fazerem entender isso.
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Quando o profeta Elias estava sendo perseguido por Jezabel, que queria matá-lo por ter ele denunciado as apostasias de Acabe, rei de Israel e marido dela, Deus mandou que Elias se refugiasse à beira do ribeiro de Beriti. Ali corvos levavam alimento a ele pela manhã e à tarde. Ou seja, duas vezes ao dia. Considerando-se aqui o dia como o período de tempo entre dois ocasos.
Na instrução dada por Deus ao profeta Ezequiel, prevendo o cerco de Jerusalém, mandou que ele comesse vinte ciclos, de tempo em tempo.
Decorrido três anos que tínhamos escrito esse trabalho, tivemos uma revelação em que nos foi dado a conhecer que isso significa uma vez durante o dia e uma vez durante a noite.
Jesus, nosso exemplo maior, procedia de modos a nos deixar o exemplo. Vejamos: “E, de manhã voltando para a cidade teve fome; e, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas.” Vemos que ele foi procurar fruto na figueira quando teve fome. Isso nos leva a concluir que devemos comer quando tivermos fome.
Após o jejum de quarenta dias teve fome. Nessa ocasião foi tentado por Satanás, resistiu-o, e foi servido pelos anjos.
Quando chegou à beira do poço de Jacó, ali permaneceu enquanto seus discípulos foram buscar alimento na cidade. Depois eles chegaram e insistiram com ele para que comesse. Disse ele, então: “Uma comida tenho para comer que é fazer a vontade daquele que me enviou.” Jo. 4:31-34. Ele preferia fazer a vontade do Pai, o que para Ele servia de alimento, a comer.
Um organismo super alimentado, também fica sobrecarregado: tem que trabalhar mais para processar todo o excesso, acumulando sem necessidade. A ingestão de alimentos a intervalos menor que o necessário à digestão, acarreta a interrupção desta, para identificação da composição no novo bolo alimentar e o consequente fornecimento de enzima necessário a ele, o que acarreta fermentação e até putrefação do alimento, com toda as consequências daí resultantes: arroto choco, mal hálito, úlceras, gastrites, etc., além de indisposição geral, sonolência, cansaço, preguiça e mal humor.
Como vimos, comer fora de hora também pode ser um mal. Por isso diz as Escrituras: “Bem-aventurada tu, ó terra, cujo rei é filho dos nobres, e cujos príncipes comem à tempo, para refazerem as forças, e não para bebedice.” Ec. 10:17.
Esse tempo no qual devemos comer, significa uma vez durante o dia, e uma vez durante a noite. Quando Deus mandava alimento para Elias, ele o fazia pela manhã (dia), e à tarde (noite).
Certa vez o Senhor nos falou: Quando forem almoçar, jantar, beber água, devem agradecer. Ele não disse: quando forem comer qualquer coisa, ou beber qualquer coisa. Na verdade a água é a melhor coisa que Ele deixou para nós bebermos. Ela não faz mal, desde que não seja fora do normal: natural e em quantidade razoável.
Além das consequências imediatas causadas por hábito de comer e beber, há ainda uma que preocupa: o declínio da vida. Não temos dúvidas de que a alimentação errônea quanto a qualidade, quantidade e frequência, gera declínio do corpo e encurtamento da vida.
“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo par honra e glória do nome de Deus.” I Co. 10:31.