A GASTRONOMIA NATALINA
Nos nossos dias o prelúdio da festividade natalina começa bem cedo, provavelmente para melhor movimentar o comércio e também nos proporcionar mais tempo de prazer nos preparativos da festa.
Confesso que é uma época em que me alegro muito, parece que volto aos primórdios dos meus tempos de criança, e meu espírito degusta dos sinos de Belém...
E assim sendo, começo a prestar mais atenção na dinâmica dos produtos natalinos e dos seus preços que ziguezagueiam demais até os grandes dias.
Panetones são os tradicionais produtos da festa e neste ano computam preços campeões em alta.
Observo um fenômeno interessante aqui por Sampa: no quesito custo -benefício está melhor a compra de panetones mais refinados do que aqueles mais populares já conhecidos das grandes redes de supermercados e lojas de departamentos. Nunca vi ocorrer esta proximidade de preços.
Um panetone comum está por volta de trinta reais o quilo, com cerca de quinze reais a mais compra-se um quilo de panetone das diversas docerias mais tradicionais da cidade, que são ótimas dicas para presentes, ou mesmo para as ceias.
Vale observar e procurar, talvez uma maneira de forçar a diminuição do extrapolado preço dos panetones dos supermercados, ao menos até a festa, pois os "de linha de produção" são tão gostosos quantos os mais "refinados",artesanais.
Porque, de fato, os últimos ainda estão muito caros.
Outro fenômeno interessante: Às vezes temos a tendência a procurar certos produtos nos mercados centrais, como o mercadão do centro de Sampa. Pois bem, nem sempre vale o sacrifício e o custo de se chegar até lá. A não ser pela beleza cultural do passeio, e acredito que por ser um local point do turismo também internacional, os produtos andam bem caros por lá...
Estive ali e observei alguns preços até maiores que os das redes dos maiores supermercados da cidade. Um exemplo: O bacalhau de várias qualidades. Seu preço varia entre dezenove a quarenta reais o quilo pelas grandes redes de supermercados , e no mercadão está acima de trinta e seis. Portanto só vale ir até o central se procurarem pelo filé ou pelo lombo do bacalhau norueguês.Aí sim valerá o custo do benefício da boa qualidade.
No Mercado central as grandes vedetes ainda são as frutas secas cujos preços a granel são imbatíveis: nozes, damasco, avelãs, amêndoas, pistache, pecãs, macadãmias, amendoins, ameixas, tâmaras, passas, castanhas de caju, do Pará e portuguesas jamais devem ser compradas nos supermercados, a não ser que estejam a preço promocional.
A exemplo das nozes chilenas "inteiras" a diferença de preço chega na casa dos SESSENTA reais a mais nos supermercados. Foi o que já observei.
Pacotinhos das frutas secas sempre nos fazem grandes prejuízos.
Quanto às frutas da estação, esqueçam o mercadão, senão a rima também será perdição. Bem mais caras por lá.
Frutas exóticas fazem a grande exceção, claro, pois não as encontramos em qualquer lugar, se bem que a Tâmara em rama está por volta de noventa o quilo no mercado central, e vi por trinta e nove numa famosa rede de supermercado de Sampa.
Os mercadões dos bairros também são opções bem econômicas.
Porém, para as frutas triviais,os supermercados sacolões e feiras livres têm os melhores preços.
Enfim, muita atenção quando forem às compras. Percebo que consumir é uma arte...mas com economia é arte bem maior!
Boas compras significam a valorização do nosso suado dinheirinho,(ganhá-lo sem ser político não é mole não!) e nessa época é muito disputado pelos comerciantes mais espertos.
E boas festas para todos nós. Afinal, depois do sufoco do ano, todos merecemos um agrado ao bolso e ao paladar.