Meu comentário ao texto "Eternidade, lapso existencial entre dois nadas" de Marco Florentino
Amigo Marco. Seu texto é excelente no sentido de nos alertar sobre o que é a vida e se vale a pena vivê-la. Nossa vida pode ser otimista, alegre e cheia de realizações no plano material. Aquilo que o homem acredita no fundo do coração, assim é. Somos as nossas crenças. A vida é um mistério insondável e nem o mais sábio que já andou pela Terra poderá um dia desvendar o que está por trás da nossa existência. E é assim que deve ser.
Nem o filósofo, nem o materialista e nem mesmo o mais santo homem conseguirá penetrar nos designos da sabedoria universal. Sim, porque existe uma sabedoria por trás de todos os fenômenos da vida. Senão, como explicar a perfeição do sistema cósmico que nos gerou com os olhos, as mãos, o nariz, a boca, etc nos seus devidos lugares e faz os planetas girar sem se chocarem e as estações se repetirem ordenada e consistentemente?
Como explicar uma criança que mal deixou as fraldas executar, com perfeição e maestria no piano as melodias de um Bach ou de um Chopin que estudaram e se aperfeiçoaram ao longo dos anos, praticando e praticando? Não consigo encarar isso como sendo obra do acaso.
A concepção arraigada no subconsciente de que nada existe além da vida material só pode trazer pessimismo, tristeza e desespero como a loucura de Nietzsche e a desesperança de Fernando Pessoa, extravazada em seus poemas lúgubres.