TEMPOS...

Art/Filos/1

 

 

          Tempos ainda, de jornais impressos, de news tv, megafones, de hackers ousados ainda mais disfarçados de garotos marotos, ferrenhos larápios cibernéticos; Blá, blá, blá de máscara, mascarados, vivendo em seus bunkers abastados, impenetráveis à  quaisquer externos malefícios, subtraindo do mortal que já se foi e do próximo mortal estagnado morto vivo, o  pão; perambula no seu quadrado e ou/numa zona morta qualquer da sociedade anêmica, desesperançada e rota de sofrimento infinito, cujo coração meramente pulsa sem vontade, faminto de comida e sede de água potável que não mais jorra das cascatas, reais, trucidadas escrupulosamente pelo homem cego, que ora emerge no seu próprio lodo sem restingas, sem uma réstia de luz por ações inúteis de perdões tardios. Vileza de uma era que ora reverbera e aponta largo à decepção, do labor árduo dos viventes ora carcomido, cuja gota de suor petrificou marcou e na solidão dos dias, desse tempo, rega o solo infértil penetrando como antídoto, ineficiente, à uma era ignóbil, à minoria.

     Tempos de epidemias mortíferas, de orgias no submundo largo, desmesuradas e incautas de sentimentos e de razões, de diferenças e indiferenças sociais explícitas  e gritantes nas calçadas do tempo e da vida, por desgoverno e desamor.

edidanesi
Enviado por edidanesi em 18/10/2024
Reeditado em 18/10/2024
Código do texto: T8176218
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