O craque Perpétuo: legado e saudade de um ídolo
O craque Perpétuo: legado e saudade de um ídolo
Segundo FERREIRA (2011), há atletas que transcendem o tempo e a geografia, cuja genialidade permanece viva, perpetuada nos corações daqueles que tiveram a particularidade de testemunhar suas fachadas. Perpétuo Correia Lima, conhecido carinhosamente como "Péto", é um desses nomes. Sua presença em campo era como uma poesia que se desenhava em jogadas milimetricamente calculadas, evocando sentimentos de profunda admiração e orgulho nos amantes do futebol cajazeirense.
Rolim (2010) afirma que o Estádio Higino Pires Ferreira foi o palco onde Perpétuo , com sua habilidade singular, encantava o público de Cajazeiras. Cada vez que entrava em campo, ele transformava o futebol em uma arte, atraindo a admiração até mesmo dos adversários. Seu chute era inconfundível: preciso, rápido e devastador, deixando os defensores desorientados. Perpétuo marcava gols de formas variadas, de ângulos inimagináveis, e sua presença em campo trazia uma expectativa única para os torcedores. Ver "Péto" balançar as redes era motivo de euforia, um momento inesquecível para quem o acompanhou.
Para quem nunca viu Perpétuo jogar, é como se uma parcela da essência da vida houvesse escapada. Ele era mais que um jogador; era a personificação da beleza e da maestria no futebol. Seus passes eram precisos, suas finalizações implacáveis e sua liderança incontestável.
Não há dúvidas de que ele elevou o nome da cidade para o cenário estadual, sendo considerado, por muitos, o maior futebolista paraibano de todos os tempos. Nos campos áridos do sertão, sua habilidade floresceu, deixando um legado inquestionável. "Péto" era o coração e a alma dos Santos de Cajazeiras, bem como do Botafogo Esporte Clube, mas sua genialidade também brilhou em outras terras, como na Sociedade Esportiva Sousa e no Quixadá/CE, sempre mostrando que seu talento não tinha limites geográficos.
De acordo com FERREIRA (2011), o amor de Perpétuo por Cajazeiras era tão profundo que, mesmo diante da oportunidade de jogar em clubes maiores do Brasil, preferiu permanecer em sua terra, ao lado de seu povo, demonstrando que seu vínculo com a cidade é além das quatro linhas do campo. Sua paixão por Cajazeiras era tão forte quanto sua habilidade com a bola nos pés.
Perpétuo nasceu no dia 2 de abril de 1939 e faleceu em 30 de outubro de 1977, aos 38 anos, mas a saudade que ele deixou permanece viva até hoje. Seu nome é lembrado com carinho, sua arte é celebrada, e sua trajetória é contada com reverência por todos que o viram brilhar. Perpétuo Correia Lima foi um gênio que deixou sua marca no esporte e no coração de sua terra natal. Sua memória, como a luz de uma estrela que jamais se apagou, continuará iluminando o firmamento da história do futebol paraibano.
REFERÊNCIA:
FERREIRA, Reudesman Lopes. 100 anos do futebol de Cajazeiras (1923-2023). Cajazeiras: Real, 2023.
FERREIRA, Reudesman Lopes. História do futebol de Cajazeiras. Cajazeiras: Real, 2015.
ROLIM, C. M. PÉRPETUO, OU PÉTO: o nosso Pelé de Cajazeiras. Disponível em: https://noticiasdecajazeiras-claudiomar.blogspot.com/2010/10/pperpetuo-ou-peto-o-nosso-pele-de.html. Acesso em: 14 out. 2024.
SERPA, F. de A. D. L. Péto - Saudades de um Gênio do Futebol Sertanejo . Cajazeiras de Amor, 02 nov. 2011. Disponível em: https://coisasdecajazeiras.com.br/almanaque/peto-saudades-de-um-genio-do-futebol-sertanejo/#google_vignette. Acesso em: 14 out. 2024.
SERPA, F. de A. D. L. Causos e lendas do nosso futebol. João Pessoa: Editora A União, 2015.