Estudantes E.C. soberano em clássicos contra o Jutac F. C.
O Campeonato Sousense de 1988 foi palco de grandes batalhas futebolísticas, mas poucas rivalidades inflamaram tanto as torcidas quanto os confrontos entre o Estudantes E. C., de São Gonçalo, e o Jutac F. C., do Núcleo I. Em um duelo que unia tradição, rivalidade e talento, esses dois gigantes do futebol sousense protagonizaram momentos de pura tensão e emoção, dividindo as atenções do público e consolidando suas histórias no cenário esportivo da região.
Primeira batalha: vitória suada no Núcleo I
No primeiro encontro entre as equipes, o Estudantes se deslocou até o território do Jutac F. C., enfrentando o adversário em um campo duro, sem gramado, características que tornavam o desafio ainda mais difícil. Com uma torcida apaixonada e vibrante, o Núcleo I fervilhava de expectativa para o confronto que prometia ser um dos mais disputados do campeonato.
O jogo, como esperado, foi uma verdadeira batalha. As equipes lutavam arduamente por cada espaço do campo, e as oportunidades de gol eram raras. A defesa do Jutac, composta por Chico Tingó no gol, Divan, Antônio Cardoso, Carlos Dias e Chico de Petinha, mostrava-se uma verdadeira muralha, dificultando as investidas do Estudantes.
No entanto, foi no segundo tempo que o Estudantes conseguiu furar o bloqueio. Em uma jogada bem trabalhada, Osmar aproveitou uma brecha na zaga adversária para marcar o único gol da partida. Um gol que foi celebrado intensamente pelos jogadores e pelos torcedores que acompanharam o time até o Núcleo I. A vitória por 1 a 0 refletiu não só a superioridade técnica do Estudantes, mas também sua capacidade de superar adversidades em campo hostil.
Consagração no Paulão: Estudantes avassalador
A vitória fora de casa deu ao Estudantes a confiança necessária para o jogo de volta, desta vez no Estádio O Paulão, em São Gonçalo. Com a vantagem conquistada no primeiro confronto, o time de João Lopes entrou em campo determinado a confirmar sua superioridade e fechar a disputa com chave de ouro.
Diante de sua torcida, o Estudantes apresentou um futebol de alto nível, impondo seu ritmo desde o apito inicial. Naquele ano, o time dispunha de craques como: Eduardo, Baeco, Deodato, Miguel, Junior, Batinha, dentre outros...
O Jutac F. C., apesar de contar com craques como Coruja, Pelé (irmão de Coruja), Dé, Lú, Tarcísio e Toinho de Hélio no meio-campo e ataque, encontrou dificuldades para conter as investidas do time são-gonçalense.
Ainda no primeiro tempo, o Estudantes mostrou por que era considerado um dos favoritos ao título daquele ano. Com uma performance ofensiva consistente, o time abriu o placar com um gol bem trabalhado, seguido por outro em rápida sequência, para delírio da torcida. A vantagem de 2 a 0 no intervalo praticamente selava o destino do Jutac.
No segundo tempo, o Estudantes manteve a pressão, e a equipe do Jutac, já desgastada, não conseguiu encontrar forças para reagir. O terceiro gol, marcado no início da segunda etapa, foi a confirmação da supremacia são-gonçalense. O placar final de 3 a 0 não deixava dúvidas: o Estudantes era o senhor do confronto e avançava com moral no Campeonato Sousense.
Rivalidade Marcada pela Tradição
Os duelos entre Estudantes E. C. e Jutac F. C. sempre foram mais do que simples jogos de futebol; eram encontros carregados de emoção e rivalidade, onde o orgulho das torcidas estava em jogo. O Jutac, com sua linha defensiva robusta e um ataque talentoso, era um adversário digno, mas geralmente, o Estudantes se sobressaiu, mostrando por que era considerado um dos grandes times amadores do sertão paraibano.
As duas vitórias sobre o Jutac F. C. solidificaram ainda mais a posição do Estudantes no campeonato, além de acrescentar mais um capítulo de glória à sua rica história. Para os torcedores, aqueles jogos não foram apenas vitórias; foram a reafirmação do espírito combativo e do talento que sempre caracterizaram o Estudantes E. C., um time que, no calor das rivalidades, sempre soube se destacar com bravura e técnica.