Estudantes de São Gonçalo brilha em clássico contra o Náutico: 3 a 1 no campeonato sousense de 1988
O domingo amanheceu com aquele ar de expectativa em Sousa. O clima era perfeito para o futebol, e o Estádio do Náutico se preparava para ser o palco de mais um confronto histórico pelo Campeonato Sousense de 1988. De um lado, o tradicional Náutico de Sousa, conhecido por sua força e determinação em campo; do outro, o Estudantes de São Gonçalo, uma equipe que sempre jogou com o coração e carregava o peso de ser um dos maiores times do futebol são-gonçalense. Era mais do que um simples jogo, era um clássico, uma rivalidade acirrada que, naquele dia, prometia emoções intensas.
Um Primeiro Tempo Decisivo
Logo nos primeiros minutos, a partida mostrou a que veio: disputada, dura e recheada de tensão. As duas equipes, conscientes da importância do confronto, se lançaram ao ataque, mas foi o Estudantes quem primeiro encontrou o caminho para o gol. Em um lance de pura técnica e oportunismo, Deodato, um dos destaques do time são-gonçalense, cobrou um escanteio um pouco longo e fechado. Estanislau, bem posicionado, conseguiu cabecear em direção à área, evitando a saída pela linha de fundo e enganando a defesa adversária. Na sequência, o baixinho Júnior não precisou subir para, de cabeça, estufar as redes, abrindo o placar para o Estudantes.
A torcida do Estudantes, presente em bom número nas arquibancadas, explodiu em alegria. A equipe não se acomodou com a vantagem e continuou pressionando o Náutico, que se viu acuado em campo. E antes que o primeiro tempo chegasse ao fim, veio o segundo golpe: Batinha, com sua característica visão de jogo, aproveitou uma falha na marcação adversária e, com um chute preciso, ampliou o placar para 2 a 0. O Náutico, atônito, não conseguia reagir, e o Estudantes parecia caminhar a passos largos para uma vitória consagradora.
Domínio e Confirmação na Etapa Final
No retorno para o segundo tempo, o Náutico tentava reorganizar suas peças, mas o Estudantes estava determinado a não dar brechas. Com um futebol sólido e inteligente, a equipe de São Gonçalo dominava as ações, controlando o meio-campo e neutralizando as investidas do adversário.
Foi então que Deodato, em uma jogada individual de encher os olhos, selou a vitória. Ele avançou pela esquerda, driblando dois marcadores com destreza, e finalizou com categoria, marcando o terceiro gol do Estudantes. O gol foi a síntese do que era o Estudantes naquele dia: um time confiante, que jogava com a cabeça erguida e sabia aproveitar cada oportunidade.
O Gol de Honra do Náutico
Mesmo com o jogo praticamente decidido, o Náutico não desistiu. Lutando até o fim, conseguiu descontar nos minutos finais. Deusimar, aproveitando um rebote na área, chutou forte, marcando o gol de honra para o alvirrubro sousense. O tento, apesar de tardio, foi comemorado pelos torcedores do Náutico como um sinal de resistência e orgulho, mas não foi suficiente para mudar o destino da partida.
A Consagração do Estudantes
Com o apito final, o Estudantes de São Gonçalo comemorou uma vitória maiúscula, impondo-se diante de um dos seus maiores rivais e confirmando sua força no Campeonato Sousense de 1988. O placar de 3 a 1 não só refletiu o domínio em campo, mas também consolidou a confiança do time para os desafios futuros.
Os jogadores do Estudantes deixaram o campo sob aplausos, conscientes de que haviam escrito mais um capítulo glorioso na história do futebol de São Gonçalo. Para o Náutico, restou a reflexão e o trabalho duro para corrigir os erros e se preparar para as próximas batalhas.
O confronto daquele domingo, de manhã ensolarada, ficará na memória dos torcedores como um jogo de raça, técnica e, acima de tudo, paixão pelo futebol. Uma vitória que fortalece a mística do Estudantes e engrandece ainda mais a rica tradição do Campeonato Sousense.