O massacre dos Estudantes E. C. contra um time juvenil de Sousa-PB: 20 X 1.
Em uma tarde ensolarada do ano de 1985, o lendário estádio “O Paulão”, em São Gonçalo, Sousa-PB, foi palco de um confronto que viria a se tornar competitiva na história do futebol local. O Combinado de Sousa, formado por jovens atletas com idade entre 15 e 17 anos, adentrou o campo com grande expectativa. Motivados por seu desejo de testar suas habilidades, esses garotos solicitaram uma partida, acreditando que enfrentariam uma equipe amadora de São Gonçalo, com características mais modestas. Contudo, o destino, com seu toque inesperado, reservava-lhes um desafio muito maior. Sem terem plena ciência de quem seria seu adversário, os jovens se viram frente a frente com o temido Estudantes Esporte Clube, uma equipe de experiência, com atletas de habilidade seletiva, acostumados a jogos de alta competitividade na região
O Estudantes, apesar de uma média de idade de 20 anos, possuía vasta experiência em competições regionais, e contava com craques como Pedrinho, Toinho Araújo, Estanislau, Careca, Bardal, Eduardo Basílio, Baeco, Osmar, Deodato, Gilson Batista, Beré e Batinha.
Desde os primeiros minutos de jogo, ficou claro que o Combinado de Sousa, inexperiente e despreparado, enfrentaria grandes dificuldades. Aos 10 minutos, Osmar, o talentoso camisa 10 do Estudantes, assumiu o controle das ações. Com maestria, organizou jogadas e distribuiu passes com soluções imediatas, deixando a defesa adversária completamente desnorteada. Em questão de minutos, o placar já marcava 3 a 0 a favor dos Estudantes. Os jovens do Combinado, mesmo com o esforço de seu goleiro, que se desdobrava para evitar uma catástrofe, viam-se sem condições de conter o ataque assaltante
O público presente, ainda que habituado a ver grandes atuações no Paulão, parecia perplexo diante da facilidade com que os gols eram construídos. A cada gol, a experiência dos Estudantes se fazia sentir, enquanto os jovens sousenses lutavam bravamente, mas sem sucesso. O primeiro tempo terminou de forma implacável, com o placar já marcando 10 a 0.
Na segunda etapa, o Combinado tentou, de maneira tímida, reorganizar-se em campo, mas a diferença de nível era evidente. Enquanto os Estudantes brincavam com a bola, buscando dribles e toques refinados, os garotos de Sousa se encontravam imersos em um desafio que jamais havia previsto. Beré, Deodato e Batinha, membros da linha de expansão do Estudantes, se destacaram ao longo de todo o confronto, transformando a partida em um verdadeiro baile.
Ainda assim, em meio à avalanche de gols, o Combinado encontrou um momento de alento. Em uma rara investida, conseguiu marcar o tão almejado gol de honra. A comemoração foi um pouco tímida, tendo em vista o placar adverso.
Ao final da partida, o placar registrou um impiedoso 20 a 1 a favor dos Estudantes. Somente o quarteto ofensivo do Estudantes, composto por Osmar, Deodato, Beré e Batinha, foi responsável pela incrível marca de 14 gols.
Para o Combinado de Sousa, o jogo representou uma lição valiosa sobre os desafios do futebol e a importância da preparação adequada. Já para o Estudantes Esporte Clube, a vitória foi mais uma demonstração de sua supremacia, reforçando seu papel como uma das equipes mais competitivas da região.