O triste fim de grandes atletas

Ao ver as Olimpíadas, pensemos muito em como a glória é fugaz e enganosa. Quantos grandes atletas não morrem no ostracismo e na miséria? Alguém lembra de João do Pulo? Talvez não, mas muitos sabem o triste fim de Mané Garrincha e o que houve com Éder Jofre e Maguila, estes dois últimos grandes nomes do boxe brasileiro que, devido a golpes na cabeça, desenvolveram um tipo especial de demência que também acomete jogadores de futebol americano, rúgbi e atletas de MMA, a encefalopatia traumática crônica. De que valem a fama, a glória e o dinheiro quando você nem lembra quem é e o que realizou nos seus tempos áureos? Ninguém nos conhece quando estamos lá embaixo, esta é a triste verdade.

Garrincha, famoso por seus dribles, não soube driblar o alcoolismo, o qual terminou por matá-lo devagar. O mesmo ocorreu com João do Pulo. Tanto um como o outro eram de origem pobre e não souberam administrar o sucesso. No meio do esporte e do entretenimento, todos deixam de se interessar por alguém quando ele deixa de representar lucro e se torna um investimento perdido. O vício em álcool realmente destrói vidas e carreiras.

Que dizer de Éder Jofre e Maguila? Eles fizeram história no boxe, isso é realmente inegável. Porém, ver Éder Jofre se deteriorar até o dia de sua morte e testemunhar a atual e triste situação de Maguila só nos faz perguntar: vale a pena? De que adianta o dinheiro, os títulos e o cinturão, se no final ficaremos dementes e necessitando de cuidados sem lembrar do que realizamos? Que alguém dê uma resposta satisfatória se a tiver!