A GOLEADA
In memoriam a Hamilton Tavares Neto e ao Mestre Adriano Moutinho
Já dizia o narrador Januário de Oliveira "cruel, muito cruel" , é isso mesmo o que se encontra atualmente sobre o jornalismo esportivo no Brasil.
Nos tempos das décadas de 80 e 90, qual criança ou jovem não imitava os grandes narradores do rádio e da TV nas mesas de futebol de botão.
Lembrar do "olho no lanceeee!" do grande e saudoso Silvio Luiz, nostalgia total como Menino Maluquinho do grande Ziraldo.
Agora não adianta "capinar sentado" à moda do folclórico Apolinho, grande rubro-negro de coração.
Infelizmente a cultura jornalística está chata e enfadonha, falta a esta geração deste século a criatividade e a perspicácia de um Antero Greco em suas brilhantes análises na TV.
Como dizia o imortal Luciano do Valle "agora não adianta chorar" a goleada do tempo não perdoa jamais.
Aos últimos que restam e inspiram multidões ainda, como Luis Carlos Araújo (Garotinho) e o Galvão Bueno vida longa, pois a pobreza jornalística cresce a cada vez mais e jornais como dos Sports e o Lance e rádios como Tupi, Nacional e Globo serão reminiscências de um passado que não volta mais.
Na rádio escuta-se: "olho no lanceeee!"
Rodrigo Octavio Pereira de Andrade
16-05-2024