A seleção do Marrocos de Futebol e reconhecimento mundial

Na próxima quarta-feira, a seleção do futebol do Marrocos, “Leões do Atlas", enfrenta a equipa da França “Galos” nas meias-finais da Copa do Mundo. Foi a primeira vez na história que um time árabe e africano conseguiu chegar a esta fase numa competição esportiva internacional.

O jornal egípcio "Al-Watan" dedicou na sua edição que a seleção marroquina conseguiu desde o início da Copa do Mundo do Catar realizar um sonho.

Num artigo na edição intitulada “Jantar dos Leões de Marrocos com os Duques de França”, o jornal adianta que a seleção marroquina, “que provocou as maiores surpresas do torneio, ao estar entre as quatro grandes equipas do mundo, espera gravar com tinta de ouro uma parcela de seu nome, já que a equipe árabe e africana é chamada de 'Leões do Atlas” , relativa às montanhas do Atlas, cujas pistas perigosas e sinuosas dificultam as travessas, as quais foram habitadas por um tipo raro de leões até o final do século século XX, antes de ser extinto.

Motivo pelo qual a seleção marroquina busca restaurar a história dos Leões do Atlas depois da sua extinção ao enfrentar a seleção francesa, conhecida de 'Galos', ao gritar e apoiar, levando uma mensagem ao mundo como time forte, consolidado e organizado.

A estratégia marroquina para África, no meio deste reconhecimento pela vontade e conquista, até agora, muitos expertos dos assuntos africanos, acreditam que o papel do Marrocos deve continuar a título do plano de autonomia proposto no quadro da ONU para acabar com uma disputa regional em torno do Saara marroquino.

Num artigo intitulado "A Experiência marroquina”, publicado por ocasião das comemorações dos 60 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre Marrocos e Canadá, o especialista sobre as questões africanas destacou que o plano de autonomia foi conhecido sobretudo por sua solidez e credibilidade.

O Marrocos constitui uma civilização antiga, orgulha-se da beleza que a distingue e a sublime como autêntica e única, suas obras maravilhosas e esses manuscritos, aos visitar as cidades imperiais, Marrakech, Fes, Meknes...etc, cujas escritas feitas pelos mesmos dedos, que hoje utilizam os computadores para servir as gerações futuras.

Tal assunto está relacionado com um passado que sempre foi presente; num futuro que tem a mesma característica do presente. Tal coexistência dos dois extremos mantém por muito tempo uma marca do reino de Marrocos, convivendo no século XXI com seu ultramoderno porto de Tânger, a usina solar de Ouarzazate, ou ainda do trem de alta velocidade e da ambição global de Casablanca, aquilo não tem cortado, de forma alguma, seus antigos laços com seus ramos de fé, esperança e existência, ligando-o com o seu passado remoto.

Referindo-se a uma outra particularidade de Marrocos, a questão da democracia, lembrando que, no Reino, os candidatos eleitos são ao mesmo tempo encarregados da responsabilidade do cumprimento de suas tarefas e confiar-se a um julgamento da fé real e dos cidadãos.

Para não citar que a emancipação do estatuto das mulheres, o descarregamento gradual das políticas sociais, incorporando a força da fé, longe de qualquer evasão dos procedimentos espirituais.

No Marrocos, as constituições antes de serem votadas pelo parlamento, são submetidas a um referendo. Logo editadas e implementadas, como o caso da constituição do Rei Mohammed VI da Comissão de Equidade e Reconciliação.

O papel da expansão maciça de Marrocos no continente africano, através das suas instituições bancárias e financeiras, bolsa de valores, companhias de seguros, telecomunicações, transportes e fosfatos, e grandes escolas e universidades, constitui mais uma vez uma manifestação de compromisso e cumprimento de promessas.

É certo que as relações de Marrocos com a União Europeia e os Estados Unidos da América são importantes, bem como com a China, o que enriqueceu recentemente, assistindo a uma série de acordos, envolvendo os setores da saúde, comunicação, tecnologia e agricultura. No entanto, o Reino de Marrocos tem escolhido o seu continente no qual ela se tornou uma potência africana, elevando o país junto aos atores competitivos, cujo mercado abre-se sobre uma enorme expansão, sobretudo no próximo quarto de século, tornando-se um dos dois ou três maiores comunidades de internautas, juntamente com a Índia e China.

Finalmente o sentimento de pertencer como árabe, africano torna a iniciativa do Marrocos em prol do mundo uma importante razão para que o mundo apoia a proposta de autonomia marroquina para o Saara, no quadro do acordo de livre comércio entre Marrocos e o mundo livre, e de forma mais estratégica, em termos do acordo de cooperação e de consolidação conjuntas nas maiores oficinas deste século, em prol da paz, harmonia e prosperidade.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário-Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 13/12/2022
Reeditado em 13/12/2022
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