Clube do Remo - Futebol Profissional, 1975 - 2019
INTRODUÇÃO
Durante a organização de textos para o registro sobre o futebol do Clube do Remo, o entendimento de que, para para facilitar, a necessidade de separar o artigo idealizado sobre o Futebol do Clube do Remo, em três outros artigos: Clube do Remo - Futebol Amador 1913 -1944; Clube do Remo – Futebol Profissional 1945 – 1974; Clube do Remo - Futebol Profissional 1975 – 2019.
Os dois primeiros publicados anteriormente e este, Clube do Remo - Futebol Profissional 1975 – 2019 que discorrerá sobre: implantação do futebol profissional em Belém, capital do Pará; o futebol profissional do Remo, no período 1975-2019; títulos internacionais; títulos nacionais; títulos destacados estaduais e municipais; e campeonatos estaduais conquistados.
IMPLANTAÇÃO DO FUTEBOL PROFISSIONAL
A transição do futebol amador ao profissional no Pará não tem data precisa, mas sim um período em que fatos se sucedem e o profissionalismo se implanta.
Esses fatos podem ser caracterizados como de natureza: social, onde o elitismo e o racismo no futebol amador perdem espaço; econômica, onde ocorria a presença de muitos clubes remunerarem seus principais atletas, como se funcionários fossem, bem como pagarem incentivos conhecidos como “bichos”; mercadológica, pois na Europa já existia o profissionalismo e, em consequência, a debandada dos melhores jogadores brasileiros aos times europeus, para serem bem remunerados; e política, onde grupos disputavam por manter o amadorismo e outros, por fazer, como a Europa, implantar o profissionalismo.
Elege-se 1933, como data marco da implantação do futebol no Brasil, ou melhor, nas duas principais capitais brasileiras, Rio e São Paulo.
Processo semelhante, com variações regionais, ocorreu no Pará, ou melhor, na capital Belém, e o ano de 1945 representa a data marco de transição do ciclo amadorista para o profissionalismo em Belém, quando foram criados os primeiros contratos entre os clubes e seus jogadores, que passaram a ter vínculo empregatício.
O primeiro campeonato da fase profissional foi em 1945, entretanto, o primeiro titulo do Clube do Remo somente aconteceu em 1949.
Nas avaliações do futebol profissional remista, que serão apresentadas por década, o critério é de simplicidade irresponsável, mas, acredita-se que qualifica as décadas, relativamente, entre si. Os fatores de ponderação foram: número de campeonatos estaduais; a existência e o quantitativo de campeonatos sucessivos; a participação em competições regionais, nacionais e internacionais e o reconhecimento, ou transferência de jogadores para grandes equipes nacionais e ou equipes internacionais. As ponderações variarão de 0 a 200
O FUTEBOL PROFISSIONAL REMISTA – DÉCADAS PERÍODO 1975 - 2019
Década de 1970
Com mais um campeonato da Taça Norte, sagra-se tricampeão, 1968 -1970
Seis títulos estaduais fazendo o Remo tricampeão por duas vezes. Um título internacional, realizado em Belém.
Oito campanhas consecutivas na série A, sendo uma delas a melhor campanha do Remo na elite do futebol brasileiro. Em 1972, o Remo e o Nacional-AM foram os primeiros clubes a representar a Região Norte na Série A.
Reconhecimento de jogadores dessa década: Goleiro Edson Cimento e o lateral direito Aranha foram premiados com a Bola de Prata pela revista Placar. O lateral direito Rosemiro e os atacantes Alcino e Bira transferidos, respectivamente, para Palmeiras, Grêmio e Internacional.
Essa foi uma das melhores décadas do futebol remista. Mais do que justo nessa avaliação mais do que simplista, distingui-la com 70% de aproveitamento (140/200)
Década de 80
Essa foi a pior década do futebol profissional do Clube do Remo no século XX, causada por reformulações do campeonato brasileiro combinadas com administrações desastrosas que levaram o clube a grande crise financeira.
Oito participações no Campeonato Brasileiro: três na série A e cinco na série B.
Em 1988, surge gestão que reduz de forma expressiva a intensidade dessa crise e o prepara para anos melhores da década de 90. Ubirajara Imbiriba Salgado (gestão 1988-91) assumiu a presidência frente ao caos instalado, decorrente de insolvência financeira do Clube, endividado com questões trabalhistas e inadimplência com a Previdência Social (INSS) e Receita Federal, com pedidos de penhora de suas duas sedes: a náutica, e a social.
Essa situação pressionou a que se investisse para a formação de elenco formado por jovens jogadores da base e dos times das principais cidades do interior do Pará e do estado do Amapá. A realização dessa engenhosa escolha se objetivou num grupo de altíssima autoestima e admiração da torcida, batizado de Esquadrão Cabano.
A solução cabana teve repercussão de sucesso na arrecadação da bilheteria dos jogos, bem como no surgimento de patrocinadores, permitindo a boa renegociação das dívidas que, ou foram parcialmente sanadas ou possibilitaram sua administração sem sufocos.
Um dos dois títulos, vencidos nessa década, e o primeiro bicampeonato da década de 90 foram conquistados pelo memorável Esquadrão Cabano.
Dessa década não se teve jogadores reconhecidos nacionalmente, mas existe um que merece ser destacado, Eduardo Soares, conhecido nos gramados como Dadinho. Paulistano, chegou a Belém em 1982 para se tornar o maior artilheiro da história do Campeonato Paraense e do Leão, com 81 e 163 gols, respectivamente.
Dentro dos critérios adotados, a avaliação indica como 25% (50/200) o aproveitamento do futebol profissional azulino na década de 1980.
DÉCADA DE 90
Se junta a década de 70 para se tornarem as duas melhores décadas do futebol profissional remista do século 20.
Um título e uma participação invicta internacional.
Das dez competições estaduais da década de 90, o Leão Azul conquistou oito delas, sendo três invictas. Um campeonato, um bicampeonato e um pentacampeonato.
Seis participações na Copa Brasil, numa chegou às semifinais, na outra nas quarta de finais e nas quatro restantes nas oitavas de final. Uma participação na série A.
Por ser a década de 90 os anos de melhor aproveitamento do futebol profissional remista do século XX, pode-se titulá-la a Década de Ouro. Com aproveitamento de 80% (160/200)
Primeira década do Século XXI
Esta década 2000 – 2009 é irregular e início de época bem complicada da história azulina.
Nela ocorreu o único título nacional, no ano do centenário, 2005, Campeão da terceira Divisão – Série C.
Dois bicampeonatos: 2003 -2004, este com 100% de aproveitamento, 14 partidas, 14 vitórias; e 2008 – 2009.
Tempos bem complicados da história do futebol remista. Cai em 2007 para série C e não consegue classificação para se manter nela e cai para a série D. Repete o fracasso e não consegue nem classificação para a série D, ficando a partir de 2009 fora das competições nacionais.
As equipes têm altíssima rotatividade o que não permite nenhum destaque ou reconhecimento de qualquer jogador.
Aproveitamento dessa década 30% (60/200)
Década de 2010
Até 2013 o futebol remista continuou em crise. A única coisa para destacar foi o acesso à série D em 2010, cuja campanha não garantiu o Remo que ficou de fora em 2011, retornando a série D pela desistência do Cametá, time que conseguira o acesso ao eliminar o Remo.
Quatro títulos estaduais com dois bicampeonatos: 2014 – 2015; e 2018 - 2019
Conquista do acesso à série C em 2015.
Futebol profissional remista teve aproveitamento de 35% (70/200) na década de 2010.
A década de 2020 se inicia promissora como o acesso á série B em 2021.
TÍTULOS INTERNACIONAIS
1975 e 1981,Torneio Internacional de Belém;
1981,Taça Excursão a Caracas (Venezuela);
1984 e 1999,Torneio Internacional de Paramaribo (Suriname).
Em 1995, o Leão recebeu convite para participar do Torneio de Toulon, na França – a primeira e única agremiação da história do Pará que visitou a Europa. O Remo ficou com o vice-campeonato, mas terminou invicto. Empatou o primeiro jogo contra a Seleção de Bucareste pelo placar de 1 a 1 e a derrotou nos pênaltis por 5 a 4. Na final, contra o Toulon, os donos da casa, novo empate por 1 a 1, que venceram o torneio por 6 a 5 nas cobranças de pênaltis.
Em 2011, Taça Antônio Carlos Nunes (Superclássico Luso-Brasileiro).
TÍTULOS NACIONAIS – DESTAQUES
2005, Campeão Brasileiro da Série C.
Em 2005, no ano do centenário, o Remo conquista o primeiro título nacional da história – a 3° Divisão do Campeonato Brasileiro. Na campanha, disputou 18 partidas, divididas em três fases. Conseguiu 10 vitórias, quatro empates e quatro derrotas – 62 % de aproveitamento. Marcou 31 gols e sofreu apenas 19. Com sete tentos, o meia Emerson foi o artilheiro do Leão na competição. Ano em que o Remo teve a maior média de público, do futebol brasileiro (34.728 torcedores).
Escalação provável da partida decisiva: Rafael; Marquinhos, Magrão, Carlinhos e Eduardo; Márcio, Serginho, Maurílio e Geraldo (Capitão); Landu e Douglas Richard. Técnico: Roberval Davino.
DESTAQUES PARA TÍTULOS ESTADUAIS, OU MUNICIPAIS
2005 - Torneio de Santarém (PA);
2009 - Taça 40 anos da Federação Paraense de Futebol; e
2011 - Taça Centenário do Município de Altamira (PA).
CAMPEONATOS ESTADUAIS CONQUISTADOS – FUTEBOL PROFISSIONAL
Aqui cabe comentar e observar que existiram muitas dificuldades nas pesquisas, por discrepâncias entre fotos e escalação dos times campeões, bem como entre escalações no período tratado. Assim, existirão alguns casos onde não se registra o time campeão, ou, em outros, se faz a observação de “provável escalação”.
1975
O Remo sagra-se campeão disputando a final com o Paysandu. Alcino foi o artilheiro desse campeonato com 21 gols.
Escalação provável do time campeão: Dico, Rosemiro, Ruy Azevedo, Dutra e Cuca; Elias, Prado, Mesquita e Amaral ; Alcino e Roberto. Técnico - Paulo Amaral.
O tricampeonato de 1973 -1975 foi conquistado de forma invicta nas três edições. Foi nesse período que surgiu a primeira série, 25 partidas, sem perder no clássico paraense em tons de azul e branco, RexPa. O centroavante Alcino, a principal figura deste período.
Em 1975, o Remo derrota o Flamengo de Zico, em pleno Maracanã. Assim foi o provável time desse inesquecível feito: Dico; Ruy Azevedo, Marinho, Adérson e Cuca; Elias, Mesquita e Nena; Alcino, Amaral e Caíto (Rodrigues). Técnico: Paulo Amaral.
1977
Conquistado em disputa com o Paysandu. O artilheiro do campeonato foi Vilfredo, com 17 gols.
Escalação provável: Edson Cimento; Marinho, Darinta, Dutra; Luiz Florêncio; Nego, Alexandre e Mesquita; Leonidas, Bira e Júlio César. Técnico Joubert Vieira.
1978
Campeão estadual em cima do maior rival, o Papão da Curuzu, por 2x1. Marajó e Júlio César de pênalti decidiram o título que dava o bicampeonato estadual 1977-1978.
Provável time que disputou a partida decisiva: Dico; China (Bebeto), Dutra, Marajó e Clóvis; Adérson, Zezinho Capixaba e Mesquita; Paulinho (Tuíca), Bira e Júlio César. Técnico - Joubert Meira.
1979
Mais uma vez, em cima do Paysandu, o Remo conquista o tricampeonato. Interessante que para os jogos finais o Paysandu, que trouxera Dadá Maravilha, somente precisava empatar para sagrar-se campeão. Lupercínio faz 1x0 para o Paysandu e o Remo vira com Luís Augusto (lei do ex) e com golaço de Bira, artilheiro paraense das duas últimas edições do tricampeonato remista.
Destaque para o artilheiro Bira, que anotou 28 gols em 1978 e 32 gols em 1979 pelo Estadual.
Provável time da decisão: Dico; Marinho, China, Dutra e Cuca; Aderson, Luís Augusto e Mesquita; Mego; Bira e Caito Técnico Joubert Meira
A criatividade do jornalismo esportivo paraense criou um programa televisivo, “Delação” onde apresentam jogadores de épocas passadas, que contam os bastidores não revelados na ocasião.
Num desses programas, participaram três jogadores presentes nessa decisão e protagonistas desse “causo”: Marinho, Dutra e Dadá Maravilha, este que o Paysandu contratara para por fim a hegemonia do Remo na década de 70.
Dadá contou que luxara o pulso direito e, para enganar o adversário, enfaixou o punho esquerdo. A farsa acabou sendo conhecida pelo time do Remo. Dutra narrou nesse quadro “Delação” que se sentiu indignado, pois um profissional não poderia ter aquele comportamento e falou para Marinho, que confirmou, no mesmo quadro criativo do jornalismo paraense, que iriam bater no braço direito o realmente luxado. Segundo Marinho, depois de consumada a entrada dura em Dadá, passou a sentir dores e seu rendimento caiu.
1986
Pondo fim a um jejum de seis anos. O Leão foi Campeão Paraense em 1986, em cima da Tuna Luso. O principal destaque foi Dadinho que foi o artilheiro com 17 gols. Ele havia sido artilheiro do Parazão também em 1983 (23 gols) e 1985 (18 gols).
A escalação provável do time campeão: Jurandir; Jair; Pagani, Zezinho e Toninho Silva; Fernandinho, Mesquita e Paulo de Tarso; Filiba, Dadinho e Careca. Técnico - Paulo Mendes.
1989
Fechando a década de 1980 e iniciando um ciclo de muitas conquistas. O Leão dá início a mais um tricampeonato estadual, sendo Campeão Paraense em 1989.
Esse campeonato teve seu desfecho em três partidas contra o Paysandu. Na primeira deu empate, 1X1. Gol de Paulo Verdan e venceu o Paysandu nos pênaltis, 4X2. A segunda 2X0 para o Remo, com gols de Bebeto e Rildon. Na terceira e última partida, o Remo precisaria empatar. A partida terminou sem gols e com o Remo campeão.
Time provável da terceira partida: Wagner; Paulo Verdan, Chico Monte Alegre, Luis Otávio e Ney; Edgar, Varela e Amaral (Jorginho Macapá 34'); Tiago, Edmilson (Rildon 67') e Bebeto. Técnico: Armando Bracalli.
1990
Com esse campeonato se inicia a melhor das décadas do futebol remista profissional do século XX.
Com mais esse título conquistado, o Remo torna-se mais uma vez bicampeão paraense de futebol 1989-90. O artilheiro desse campeonato foi Edyl do Paysandu com 13 gols.
Provável escalação do time campeão: Wagner; Paulo Verdan, Chico Monte Alegre, Tonho e Ney; Edgar, Paulo Sérgio (Varela) e Jorginho Macapá; Tiago, Edmilson (Rildon) e Bebeto. Técnico: Paulinho de Almeida
1991
Com a conquista desse título estadual, o Remo sagra-se tricampeão 1989 - 91.
O confronto foi contra a Tuna. Se houvesse empate, haveria prorrogação e se continuasse sem vencedor, a disputa seria por pênaltis.
O árbitro José Aparecido foi o grande protagonista e, quando isso acontece, a normalidade da partida é quebrada.
O Remo atacou incessantemente com muitas oportunidades de gols perdidas. O jogo terminou empatado e se inicia a prorrogação. Numa jogada pela direita o atacante remista é tocado com a perna pelo adversário tunante, na parte imediatamente superior às coxas e o juiz apita a penalidade.
A confusão se forma e é expulso jogador da Tuna. O campo é invadido. O policiamento assume o protagonismo do espetáculo, o árbitro espera a Tuna voltar ao campo, como não acontece, o juiz abandona a partida.
Segundo declaração de dirigente do Remo que, imediatamente, indagou a razão de Aparecido, deixar o gramado, a afirmativa foi que, como a Tuna impediu a cobrança da penalidade, declarava o vencedor da partida o Clube do Remo.
Os jogadores remistas se apossaram do troféu e saíram na tradicional volta erguendo – o sob os protestos dos dirigentes tunantes, afirmando que entrariam com recurso na justiça esportiva.
Clube do Remo (provável): Wagner; Marcelo, Silvano, Belterra, e Júnior; Arthur (Gilmar), Alencar e Papelim; Lamartine, Luciano Viana e Rildon.
Técnico: Valdemar Carabina
1993
A conquista foi com vitória de 1X0 sobre o Paysandu, com gol de cabeça de Agnaldo.
Remo (provável): Luís Carlos; Marcelo, Belterra, Mário César e Batata (Júnior); Agnaldo, Biro-Biro, João Santos (Tarcísio), Romeu; Cacaio e Alberto Técnico: Givanildo Oliveira
O “causo” trágico e cômico desse campeonato foi que num ReXPa disputado na Curuzu, na agitação pelo gol marcado por Biro Biro, caiu um muro e a apertida foi anulada e transferida para o Mangueirão. Remo vence em partida interrompida e anulada na Curuzu e, também, no Mangueirão.
1994
A decisão do campeonato foi em partida com o maior rival. O artilheiro do campeonato foi Alex, jogador do Clube do Remo, com 11 gols.
Provável escalação do Remo: Clemer; Marcelo, Belterra, Flávio e Júnior; Clébertong, Mazinho e Tarcísio (Jean), Helinho (Papelin), Alex e César. Técnico: Waldemar Carabina
1995
Esse campeonato foi decidido por pontos e disputado em dois turnos. Remo é o campeão invicto, no primeiro turno com dois empates e no segundo somente com vitórias. O Remo sagra-se tricampeão paraense de futebol 1993 -1995.
Dos 42 pontos disputados o Remo consegue 38 pontos, 90,47% de aproveitamento. Com trinta e oito gols marcados e somente dois sofridos. O artilheiro do campeonato foi Luís Müller, jogador do Remo, com 11 gols.
Técnico - Hélio dos Anjos
1996
O Remo sagra se tetra campeão paraense de futebol 1993-1996. Dos 72 pontos disputados o Remo conquistou 57, 86,36% de aproveitamento. O artilheiro do campeonato foi Gaúcho, jogador do Tuna Luso, vice-campeão, com 14 gols.
Técnico Waldemar Carabina
1997
Com o título de campeão estadual de futebol paraense de 1997 o Remo sagra-se pentacampeão feito ainda não igualado no futebol profissional paraense.
Esse campeonato, também, na formatação por pontos em dois turnos, com duas fases, foi muito disputado entre os três clubes tradicionais: Remo, Paysandu e Tuna. Dos 72 pontos disputados o Remo consegue 54 com 75% de aproveitamento. O vice foi o Paysandu com 72,22% e em terceiro a Tuna com 68,05%.
O artilheiro foi Edil do Remo que dividiu a artilharia com Diógenes da Tuna com dezessete (17) gols.
Na abertura desse campeonato o Remo aplica goleada no Pinheirense por 10X0 com quatro (4) gols de Ageu.
Provável equipe do Remo campeã de 1997
Robson; Claudio, Belterra, Ney e Junior; Agnaldo, Damião, Flávio e Rogerinho; Nenê Santarém (Edil) e Ageu (Ricardo), Treinadores: Fernando Oliveira, Celinho e Agnaldo/Belterra
Foi nesse pentacampeonato que ocorreu 33 partidas seguidas entre janeiro de 1993 e maio de 1997, o “tabu” de invencibilidade sobre o rival. O 31° jogo do tabu é o mais marcante da sequência. Fernando Oliveira entregara o cargo de treinador e Belterra e Agnaldo, além de jogadores, viraram técnicos. O Paysandu vencia a partida por 2 a 1, quando o Remo colocou cinco atacantes em campo e virou o jogo para 4 a 2, em 11 minutos.
Provável time do 31° jogo do tabu em 1997: Robson; Cláudio (Ricardo), Belterra, Ney e Júnior; Damião, Agnaldo, Rogério e Edilson (Flávio Goiano); Edil e Ageu Sabiá (Zé Raimundo). Técnico: Belterra e Agnaldo
O tabu iniciou no dia 31 de janeiro de 1993. Remo e Paysandu empataram em 0 a 0 pelo Torneio Pará-Ceará. O time azulino jogou com: Flávio; Marcelo, Belterra, Gilberto Cametá e Vanderley; Agnaldo, Dema e Serrano (Alex); Edson, Leco e Luciano Viana (Celso Reis). O técnico era Wanderley Carvalho.
1999
Esse campeonato levava a quadrangular, do qual saíram os finalistas Remo e Paysandu que disputaram o título em três partidas. A primeira o Remo venceu por 2x1 a segunda o Paysandu venceu com mesmo placar e a decisão o Remo vence por 1X0 com gol de Ailton.
O artilheiro do campeonato foi Mael do Remo com 13 gols. O técnico campeão foi Carbone
2003
Nesse campeonato, com formatação diferente, numa primeira fase participaram os times do interior. Os classificados nessa fase se juntariam com os da capital para buscar classificação para um quadrangular. Os dois melhores do quadrangular disputam a final. Remo e Tuna disputaram as duas partidas finais. Tuna vence a primeira 2X1 e Remo a segunda 4X0. Gols assinalados por André Silva, Helinho, Gian e Valdomiro.
Escalação do Remo: Ivair; Moisés, Irituia, Augusto e André Silva (Marcelo Augusto); Márcio Belém, Chicão, Rodrigo e Valdomiro; Gian (Valderi) e Helinho (Delmir). Técnico: Júlio César Leal.
2004
Foi a 92º edição da divisão principal do campeonato estadual do Pará. O campeão foi o Remo que conquistou seu 40º título na história da competição. O Paysandu foi o vice-campeão. O artilheiro do campeonato foi Wegno, jogador do Castanhal, com 13 gols.
Esse campeonato se dividiu em três o primeiro definia espécie de campeão do interior e classificação para o campeonato propriamente dito em dois turnos, disputados em 7 jogos, 21 pontos.
O Remo sagra-se bicampeão 2003-04 com 100% de aproveitamento vencendo os 14 jogos. Primeiro time da história do futebol a conseguir essa façanha. O jogo do título foi contra o Paysandu. Vitória do Remo por 2X0 com gols de Gian e Rodrigo. Remo bicampeão paraense 2003-2004
Time do Remo: Gilberto; Valdemir , Sérgio, Irituia e Rômulo; Márcio, Gilmar (Rodrigo), Fernando César (Jaílson) e Gian; Júnior Amorim e Júnior Ferrim. Técnico: Agnaldo de Jesus.
2007
Remo empata com a Tuna em 1x1 gol de Beá. Bastaria o empate, pois a primeira partida da final o Remo ganhara de 4X0.
Escalação do Remo: Adriano; Lucas, André Astorga, Xavier e Julinho (Anelka); Beto, Alexandre, Jóbson e Andresinho (Maurício Oliveira); Beá (Hélcio) e Luís Gustavo. Técnico: Samuel Cândido.
2008
Esse campeonato teve desenho semelhante ao de 2004. Os seis classificados da primeira fase juntam-se a Ananindeua, Tuna, Paysandu e Remo. Jogam entre si num turno, Taça Cidade de Belém, e returno, Taça Estado do Pará. Os campeões desses turnos fazem dois jogos para decidir o campeonato paraense, Taça Açaí.
A final foi contra o Águia de Marabá derrotado por 2x1, gols de Léo Guerreiro e Ratinho. O Remo precisava da vitória, pois o primeiro jogo havia sido empate em 1X1
Provável escalação do Remo: Adriano; Cicinho, Da Silva Diego Barros e Levy; Diego Maciel, Ratinho, Marlon e Lenilson; Marcelo Maciel e Léo Guerreiro. Técnico Arthur Oliveira
2014
Em 2014, o Leão volta a ser Campeão Paraense, em cima do rival com uma goleada de 4x1, no primeiro jogo, boa forma de celebrar o centenário do rival, e com derrota por 2X0 no segundo. Conquista a Taça Açaí por saldo de gols e o campeonato de 2014. Os gols da primeira partida foram: um contra; Johnathan; Leandro Cearense; e Ratinho.
O artilheiro do campeonato foi Rafael Paty do Gavião Kyikatejê com 10 gols
Escalação do Remo na partida decisiva (4x1): Maycki Douglas; Levy, Max, Igor, João e Alex Juan (Ratinho); Warian Santos - Ameixa, André (Rodrigo Fernades), Jhonathan (Tsunami) e Eduardo Ramos; Leandro Cearense e Roni. Técnico: Roberto Fernandes .
2015
Remo garante o bicampeonato paraense. Além disso, vice-campeão da Copa Verde e garantiu acesso à Série C. Sempre com um grande público nos estádios, o Fenômeno Azul terminou com a maior média de público da Série D naquele ano. Considerando apenas os jogos realizados em Belém, a média foi de 25.815 pagantes.
Elenco Campeão de 2015 (bicampeonato)
Remo: Fabiano; Levy, Igor João, Max e Alex Ruan; Warian Santos -Ameixa, Dadá (Felipe Macena), Eduardo Ramos e Ratinho (Alberto); Bismark e Rafael Paty (Silvio). Técnico: Cacaio
2018
Em 2018, mais uma vez campeão paraense em cima do rival. Com um gostinho especial, dos quatro clássicos disputados, o Leão venceu todos.
Elenco Campeão 2018
Vinícius; Levy, Mimica, Bruno Maia e Esquerdinha; Dudu, Felipe Recife (Fernandes) e Adenilson; Felipe Marques, Elielton (Jayme) e Isac. Técnico: Givanildo Oliveira
2019
O Remo na partida decisiva precisava vencer o Independente pela diferença de dois gols, pois perdera a primeira por 1X0. O Remo vence 2X0 o primeiro de Yuri num lançamento longo que chega ao goleiro que, ao tentar encaixar, aceita, e o segundo de Alex Sandro. Remo bicampeão 2018-2019
Elenco campeão de 2019 Vinícius; Geovane, Kevem, Marcão e Rafael Jansen; Djalma (Diogo Sodré), Yuri, Mário Sérgio e Douglas Packer (Ramires); Gustavo Ramos e Emerson Carioca (Alex Sandro). Técnico: Márcio Fernandes
Neste ano em julho teve outra conquista da maior importância: por meio de doações dos torcedores e do projeto “Retorno do Rei” liderado por abnegados torcedores, a reabertura dom estádio Evandro Almeida, Baenão, fechado desde 2013.
ACADEMIAS DE FUTEBOL PROFISSIONAL DO SÉCULO XX
Assim como proposto no artigo anterior “Clube do Remo - Futebol profissional, 1945 – 1974”, que definiu a academia de prata para esse período, definir-se-á neste: academia de prata para o período 1974-1999 (25 anos); e a academia de ouro correspondente à segunda metade do século XX.
Alguns critérios objetivos para definir essas academias: número de anos de atuação no clube; número de títulos que participou; identificação com o elenco e com o clube; reconhecimento pela torcida, transferência para times de ponta.
ACADEMIA DE PRATA DE FUTEBOL DO CLUBE DO REMO, 1975 -1999
Dico: Marcelo, Belterra, Dutra e Júnior; , Alencar,Agnaldo e Arthur ; Ageu, Dadinho e Bira.
ACADEMIA DE OURO DE FUTEBOL DO CLUBE DO REMO, 1949 - 1999
Veliz; Rosemiro, Belterra; Dutra e Cuca; Arthur, Agnaldo e Mesquita; Kiba, Alcino e Bira.
CONSIDERAÇÃO FINAL
Com este artigo, “Clube do Remo – Futebol Profissional, 1975 – 2019”
e os anteriores: “Clube do Remo – Futebol Amador – 1913-1944”; e “Clube do Remo Futebol Profissional, 1945 – 1974” se registra um pouco de toda a história do futebol do “Leão Azul e Mais Querido”. Apresenta-se, ainda, forma que julgamos mais interessante para registrar a galeria dos atletas que mais se destacaram durante a história do futebol remista.
FONTES
Entrevista com Joaquim Bastos – membro da Diretoria do Clube do Remo 1988 – 1991; e
Sites:
bolanaarea.com;
brfut.blogspot.com;
globoesporte.globo.com;
leiaja.com;
remopedia.blogspot.com;
pt.wikipedia.org;
terra.com.br;
universidadedofutebol.com.br;
wikipedia.org; e
youtube.com.
CLUBE DO REMO - OUTROS ENDEREÇOS PUBLICADOS NESSE RECANTO
CLUBE DO REMO PAI D’ÉGUA
http://www.recantodasletras.com.br/letras/5975073
http://www.recantodasletras.com.br/audios/cancoes/74346
http://www.recantodasletras.com.br/audios/poesias/88011
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/7238384
CLUBE DO REMO – BELÉM – PARÁ – ORIGEM E FUNDAÇÃO
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/6001886
CLUBE DO REMO – BELÉM – PARÁ – TÍTULOS EM DESTAQUE
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/6021088
CLUBE DO REMO – BELÉM – PARÁ – ACADEMIAS DE FUTEBOL
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/6025390
CLUBE DO REMO – BELÉM – PARÁ – DESTAQUE PARA ADMINISTRAÇÕES
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/6027913
CLUBE DO REMO – BELÉM – PARÁ – TORCIDA
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/6031380
CLUBE DO REMO – FUTEBOL AMADOR – 1913-1944
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/7236608
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/7238384
CLUBE DO REMO FUTEBOL PROFISSIONAL, 1945 – 1974
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/7258397
http://www.recantodasletras.com.br/e-livros/7279239