Capoeira: Eu e as Amazonas!
Pelo que me lembro as primeiras Amazonas conheci no C.E.U (Casa do Estudante Universitário) quando o Camisa dava aulas lá. (1978, por aí) Eram umas 8 Canadenses, totalmente padronizadas do uniforme a aparência física, passando pelo estilo. Depois conheci as duas da Senzala que não eram paparicadas, portanto não tinham tratamento diferenciado, enfrentando os homens sem medo.
Nesta altura do campeonato já tinha passado pelo meu morro, Eugênio e Lua Rasta deixando-nos ao Deus dará.
Numa tarde estou na quadra do bloco carnavalesco, "pinta" Rosália e me chama para um jogo. Sabendo que ela era irmã de um capoeirista porradeiro, senti a patifaria mas não corri do pau. Não demorei a encaixar uma vingativa dentro da lei mas não derrubei. Ela não contou até 3 e "argolou" uma gravata tipo borboleta. Bati duas vezes na sua coxa e nada de ela afrouxar o torniquete. Olhei seu rosto, vi seu sorriso maligno e li nos seus olhos castanhos:
Sai, sai, Catarina!
Já tinha lido o livro do Nestor Capoeira o suficiente para saber que a defesa do mata-gatinho era passível de fratura craniana ou cadeira de rodas! Bati novamente e dei sorte, ela soltou. Depois já no Pantera na Tijuca conheci Sueli (Cota ?) que além de capoeirista também era artista.
Nessa época o Gladiador endoidou, formou a Guarda Negra e detonou rodas de Norte a sul do Rio. Não satisfeitos partiram para a terra da Capoeira e tocaram o terror. Os baianos então os convidaram para uma Roda-Casinha, minto, Roda-Casarão! Eles, macá.... sentindo o perigo mandaram a pequena notável, (Letícia?) jovem possívelmente conhecida como Gigante (que era sempre vista com eles nas badernas) para sondar a armadilha.
Enquanto a inocente ia para o cada falso, os gaiatos se mandavam para a rodoviária. Encontrei-a um mês depois deste fato e ela estava com uma "asa" engessada!
Tenho Dito!
PS: Já no Pará (depois de 1986) conheci um razoável Grupo (a nível de jogo) só de mulheres comandadas pelo Nilton Barnabé!