Há Oito Anos O Palmeiras Se Reerguia

11/07/2012. Faltava um mês para eu conhecer o meu amor.

Um dos maiores títulos de um dos mais limitados times do Palmeiras. Um dos times verdes mais raçudos que eu já vi em 18 anos de Palmeiras.

Uma das maiores celebrações por conquistar um título que não era inédito na galeria de 3 andares da Sociedade Esportiva Palmeiras, que muito poucos esperavam pela fragilidade de elenco limitando em qualidade e quantidade. Sem o principal atacante. Sem 11 disponíveis, porque Luan ficou 25 minutos mancando em campo. Sem grande qualidade técnica, o time ao final do ano seria rebaixado.

Mas com uma torcida que saiu de São Paulo e foi para Curitiba.

Os 16 milhões de palmeirenses tirando com as mãos de Bruno um gol certo do Coritiba. Torcedores cantando o Hino verde no meio da pressão Coritibana.

Com a confiança que o imenso espírito de guerreiro Palmeirense, machucado por derrotas memoráveis nos últimos anos, foi o resgate do verdadeiro torcedor. O Palmeiras não passou apenas de fase. Fez um ritual de passagem para um lugar que parecia perdido no coração, na cabeça, na memória.

O Palmeiras passou ao passado, com o mesmo Felipão campeão da Taça Libertadores da América de 1999 . Voltou ao futuro, que viria a se repetir 6 anos depois em 2018 com o mesmo Felipão. Deu um presente ao torcedor que deu ao time limitado uma razão para lutar. Velocidade com Ayrton – que impressionou a todos, Marcos Assunção o nome do jogo. Vitalidade com Henrique – que entrou em campo com quase 40 graus de febre. Vida com uma equipe que se doou. Se doeu. O Palmeiras renasceu mesmo com um time limitado, renasceu das cinzas como fênix.

O time que perdeu um gol fácil com Juninho por que ele é lateral, não centroavante. Que quase fez um gol de falta com Marcos Assunção que foi na trave. Que quase fez outro com Betinho que achou que estava impedido.

Sorte de cada palmeirense que ficou com lágrimas nos olhos e o coração a mil e eu não vou contar quem fui.

Desde a derrota para o Goiás, na Sul-Americana, no Pacaembu, em 2010, o palmeirense estava desanimado. Com a sensação de que daria tudo errado. E realmente dava.

Quando o jogo esquentou, não houve mais aquela sensação de que vai dar tudo errado dos últimos anos. De que não tem mais jeito.

A emoção que o palmeirense viveu foi de felicidade. Não de tensão. Se sabia que, a bola deles não iria entrar mesmo com a pressão. Não teria gol de ex-jogador palmeirense para por fim ás esperanças. Não teria gol no fim do Fred para dar título ao rival. Não teria adversários com dó de zoar.

Tinha sim, um Palmeiras com um time limitado sendo defendido por uma paixão ilimitada.

A mesma emoção que senti há 14 anos quando vi o meu time ser campeão da Copa do Brasil pela primeira vez, renovo a esperança com o mesmo técnico a favor do meu time.

Mas o amor ao Palmeiras, me fez com milhares de amigos, sendo um grande amigo, em especial, que tem o nome do então goleiro titular.

Como aquele Santo da Libertadores de 1999 que me fez ainda mais palmeirense.

Aquele que, hoje, agora, e sempre, estava no camarote. Celebrando como o Palmeiras foi palmeirense hoje. Ainda que o time era extremamente limitado e era mesmo. O sentimento de vitória, de podemos sim ser campeões voltou fundo e com tudo no carinho e no respeito.

Tanta festa e emoção por um título mesmo com os rivais do estado de São Paulo de fora, disputando a Libertadores?

Sim. Como tenho milhões de emoções por dia, ao lembrar do meu time e por lembrar do meu grande amor.

Amor é isso.

Infelizmente, quem não ama não tem como saber.

Obrigado, Felipão, por ter colocado o Betinho dentro da área naquela bola.

Obrigado, Felipão, por te me ajudado a vibrar há 22 anos.

Obrigado, Felipão, mais que tudo, por te me dado o direito de muitos títulos a comemorar.

Por ter me ensinado a vibrar pela Sociedade Esportiva Palmeiras.

Vinicius Moratta
Enviado por Vinicius Moratta em 11/07/2020
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