Copa América Centenário 2016
XLV Copa América
Copa América Centenário
Participantes 16
Organização CONMEBOL
CONCACAF
Anfitrião Estados Unidos
Período 3 – 26 de junho
Gol(o)s 91
Partidas 32
Média 2,84 gol(o)s por partida
Campeão Chile (2º título)
Vice-campeão Argentina
3.º colocado Colômbia
4.º colocado Estados Unidos
Melhor marcador Chile Eduardo Vargas – 6 gols
Melhor ataque (fase inicial) Argentina – 10 gol(o)s
Melhor defesa (fase inicial) 1 gol(o):
Argentina
Venezuela
Maior goleada
(diferença) México 0–7 Chile
Levi's Stadium, Santa Clara
18 de junho, quartas de final
Público 1 483 855
Média 46 370,5 pessoas por partida
Premiações
Melhor jogador
(CONMEBOL, CONCACAF)
Chile Alexis Sánchez
Melhor goleiro Chile Claudio Bravo
Fair play Argentina
A Copa América Centenário foi uma edição especial da competição de futebol que foi realizada entre 3 e 26 de junho de 2016 nos Estados Unidos. É a primeira Copa América fora da América do Sul, sendo o torneio oficializado com um acordo entre a Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) e a Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (CONCACAF), com o intuito de celebrar o aniversário de 100 anos da CONMEBOL e do torneio.
Nesta edição, pela primeira vez houve dezesseis equipes na competição, incluindo seis da CONCACAF (Estados Unidos, México, Costa Rica, Jamaica e outras duas definidas em play-offs de acordo com o desempenho na Copa Ouro da CONCACAF de 2015 – Panamá e Haiti), além dos dez times da CONMEBOL.[3] Em 17 de dezembro de 2015, foram confirmados os estádios, datas e horários dos jogos.
Foi o primeiro torneio unindo as Américas desde o Campeonato Pan-Americano de Futebol, disputado em 1952, 1956 e 1960. Foi a quarta vez que a CONMEBOL realizou um de seus torneios nos Estados Unidos, após a Recopa Sul-Americana no país em 1990, 2003 e 2004 e a primeira vez que a Copa América foi disputada fora do continente sul-americano.
Numa reedição da final do ano anterior, o Chile derrotou a Argentina novamente na decisão por pênaltis por 4 a 2, após empate em 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação, e conquistou o segundo título consecutivo.
Mesmo vencendo esta edição especial do torneio, o Chile já havia assegurado a vaga na Copa das Confederações FIFA de 2017 por ser o vencedor da Copa América de 2015.
Planejamento
Em fevereiro de 2012, Alfredo Hawit, então presidente interino da CONCACAF, anunciou que era esperado que a competição ocorreria em solo americano em 2016, como uma celebração da CONMEBOL. O então presidente da CONMEBOL Nicolás Leoz disse "Espero que possamos organizar um grande evento, porque temos 100 anos e queremos comemorar grande."
O torneio foi anunciado pela CONMEBOL em 24 de outubro de 2012 e confirmado pela CONCACAF em 1 de maio de 2014.
Em 26 de setembro de 2014, a Federação Internacional de Futebol (FIFA) anunciou que o torneio foi adicionado ao calendário de jogos internacionais da entidade, o que significa que os clubes devem liberar jogadores convocados para a competição, abrindo a possibilidade da participação de estrelas como Lionel Messi, Luis Suárez, Neymar, James Rodríguez entre outros.
Caso de corrupção na FIFA em 2015
O evento foi oficialmente anunciado em 1 de maio de 2014, mas a realização foi questionada após casos de corrupção na FIFA.
Em maio de 2015, 14 pessoas, incluindo 9 diretores da FIFA, foram indiciados pelo Federal Bureau of Investigation (FBI), acusados de fraude, extorsão e lavagem de dinheiro. Os indiciados foram presos no Hotel Baur au Lac, em Zurique, na Suíça, enquanto se preparavam para participar do 65º Congresso da FIFA, onde iria à vir acontecer a eleição para presidente da FIFA.
O FBI alegou a utilização de suborno, fraude e lavagem de dinheiro para corromper a emissão de meios de comunicação social e direitos de marketing para os jogos da FIFA nas Américas, estimados em 150 milhões de dólares, incluindo pelo menos US$ 110 milhões para a escolha dos Estados Unidos como sede da Copa América Centenário. Além disso, a acusação também alega que o suborno foi usado em uma tentativa de influenciar contratos de patrocínio de uniformes, o processo de seleção para a Copa do Mundo FIFA de 2010 e a eleição presidencial da FIFA de 2011.
O caso afetou o mundo do futebol e pôs em xeque a realização do torneio.[16] Em agosto de 2015, Juan Ángel Napout, presidente da CONMEBOL, confirmou a realização do evento,[17] embora não confirmou o anfitrião. Isto ocorreu as investigações na FIFA envolveram executivos de associações organizadoras, o que não confirmou a realização nos Estados Unidos, já que muitos investigados não podiam entrar no território estadunidense. Em agosto de 2015, Juan Ángel Napout confirmou a realização nos Estados Unidos após uma reunião entre a CONMEBOL, a CONCACAF e a Federação de Futebol dos Estados Unidos (USS) e anunciou as próximas sedes, sendo a edição de 2019 a ser realizada no Brasil e a edição de 2023 (posteriormente foi anunciada que esta edição será realizada em 2024) a ser realizada no Equador.
Cidades-sedes
Em 8 de janeiro de 2015 a CONCACAF e a CONMEBOL anunciaram as 24 áreas metropolitanas americanas que manifestaram interesse em sediar partidas do torneio.
Os estádios candidatos deveriam ter a capacidade mínima de 60 000 lugares. A lista final dos locais, entre 8 e 13 sedes, seria anunciado em maio de 2015. No entanto, a lista não foi lançada devido aos casos de corrupção que mancharam o futebol mundial em 2015. As dúvidas quanto à realização do torneio se deram até a confirmação oficial por parte da CONMEBOL, CONCACAF e USS.
Em 19 de novembro de 2015 foram anunciados os dez locais selecionados para o torneio. Dos dez estádios, quatro localizam-se na costa leste, quatro na costa oeste, um no centro-oeste e um no sul, sendo oito deles usados para o futebol americano.