A História De Roland Ratzenberger (Salzburgo, 4 de julho de 1960 — Bolonha, 30 de abril de 1994)
Um dia antes do acidente que vitimou Ayrton Senna em Ímola (01/05/1994), Roland Ratzenberger, o austríaco que batalhou pelo sonho da Fórmula 1, perdeu a vida na qualificação.
Ratzenberger estreou na Fórmula 1 pela MTV Simtek, morreu em acidente em San Marino, na curva Gilleneuve.
Ayrton Senna era visto como um exemplo. Uma referência para as gerações antigas, um ídolo para as gerações futuras. Pelos seus 3 mundiais conquistados, que eram para ser 4 (considerando as políticas do ano de 1989) pelos GP ganhos, pelas ultrapassagens, pelo gênio com o volante nas mãos. Na época de Senna, a telemetria estava em fase de testes. 25 anos depois, as memórias ainda estão bem vivas para os todos os amantes do circo da Fórmula 1. Johnny Herbert, denominou Raztenberger como “o homem esquecido da Fórmula 1”. “Esquecido para muitos mas não para mim”, afirma.
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Em 30/04/1994, Ratzenberger realizou o sonho, o de conhecer Ayrton Senna, havia expectativas. Ayrton Senna era o poleman da temporada, sendo o Pole Positions nas duas primeiras corridas da temporada (GP do Brasil e GP do Pacífico). Raztenberger poderia vir a pontuar em Ímola e a possível primeira vitória de Senna pela Williams. Na manhã de 1 de maio de 1994, antes do GP de San Marino, Ayrton Senna colocou uma bandeira da Áustria no cockpit. Pela terceira vez consecutiva na temporada, tinha conseguido a pole position, após duas desistências, acreditava que seria possível quebrar as vitórias de Schumacher para poder dedicar o triunfo a Ratzenberger. Esse episódio, é considerado marcante para o tricampeão mundial, transtornado com o ocorrido (viu o acidente nos boxes, pela rede de televisão italiana RAI). Ayrton foi à pista falar com o médico oficial da Fórmula 1, Sid Watkins(falecido em 2012).
Nascido em Salzburgo, na Áustria, em 1960, Roland Ratzenberger, filho de dois funcionários públicos, teve desde cedo o sonho de chegar à Fórmula 1. Estudou Engenharia Mecânica no Instituto Superior Técnico de Salzburgo, passando pela escola de pilotagem Walter Lechner como mecânico e instrutor, aos 19 anos. Participava em corridas na Áustria, na Itália e na Alemanha. Participou nas 24 Horas de Le Mans, fez carreira na Inglaterra e no Japão, na Fórmula 3.000. Em 1994, atingiu o seu objetivo.
A oportunidade chegou pela MTV Simtek Ford, equipa de Max Mosley e Nick Wirth em 1989. Em 1994, ano de estréia na Fórmula 1, David Brabham (filho do piloto Jack Brabham) e Ratzenberger investiu todos os seus recursos para assegurar sua vaga, parecia certo em 1991 com a Jordan, falhando no momento decisivo. Barbara Behlau, empresária que tinha uma agência ligada à cultura e ao esporte, concedeu ao piloto o financiamento para um contrato que previa cinco corridas, depois dos resultados em Le Mans e no Japão.
Apesar das dificuldades da equipe, o austríaco foi cauteloso na pista, não se classificando no Brasil. No Japão brilhou, saindo da 22.ª posição para um 11.º lugar no final da corrida. No GP de São Marino, a terceira prova do Mundial, na qualificação, depois de uma saída de pista que tinha danificado a parte dianteira do carro, ficou na pista para ter um tempo que garantisse um lugar na corrida mas um choque violento contra um muro, a asa dianteira se soltou e o carro ficou incontrolável. Houve tentativas de reanimação na pista e de ter ainda dado entrada no Hospital Maggiore(o mesmo que atenderia no dia seguinte Ayrton Senna), Ratzenberger faleceu.
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O último piloto a morrer tinha sido Riccardo Paletti, em 1982 e houve outros acidentes com gravidade, houve controvérsias em torno do óbito de Ratzenberger: os responsáveis da corrida afirmam que o piloto foi levado com vida para o hospital, os peritos apuraram que houve morte instantânea em virtude das fraturas no crânio e no pescoço, de acordo com a legislação italiana, deveria cancelar a prova. Se tivesse acontecido, poderia ter evitado a morte de Ayrton Senna.