ARTIGO – Pode uma desgraça dessas! – 07.12.2018 (PRL)
ARTIGO – Pode uma desgraça dessas! – 07.12.2018 (PRL)
Ficamos de certo modo boquiabertos ao ver e ouvir do treinador Tite, da tão decantada seleção brasileira, que somente ganha de times pequenos, com raras exceções, que “não teria disposição de levar os jogadores para uma visita ao presidente eleito Jair Bolsonaro”, fato que nos causou profunda estranheza. Primeiro, porque ele não anda com essa bola toda, pois perdeu fragorosamente a última Copa do Mundo, quando foi desclassificado pela Bélgica, um país do tamanho de Sergipe; depois, porque é empregado da CBF, protegido por diretores repletos de dúvidas em suas carreiras, tanto que foram afastados da entidade; depois, porque recebe somente a bagatela de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) por mês, claro sem falar nas diárias quando em viagens internacionais; e ainda porque é simplesmente uma falta de respeito, mesmo tenha votado supostamente no Doutor Fernando Haddad.
Evidente que ele torce pelo Corinthians, time do Lula, que ajudou na construção da Arena do clube, cujas despesas ainda causam dúvidas às autoridades brasileiras, porquanto a voz geral é de que houvera superfaturamento nas pertinentes despesas. Sabe-se que o Bolsonaro é torcedor do Palmeiras, tendo sido convidado para participar das comemorações pela conquista do título de Campeão Brasileiro de 2018, tendo lá comparecido, distribuído medalhas e participado efetivamente dos festejos, numa atitude corajosa, quebrando o protocolo, arriscando a própria vida na ocasião. Consideramos, entretanto, uma atitude irresponsável por parte de quem cuida da agenda do presidente.
Certamente o Tite, que fala muito e nada diz (um aprendiz de filosofia) já está pensando que vai perder o cargo, porque o Bolsonaro não deve estar nada satisfeito com o seu desempenho à frente da seleção canarinha, que agora é representada quase que totalmente por atletas que vivem no exterior, em detrimento dos que aqui ficam prestigiando os seus clubes. E quando algum atleta se destaca, mesmo sem ter experiência, ele logo o convoca, a fim de que possa ser negociado na base dos dólares com clubes de fora do país.
Esse cidadão jamais deveria ter seu contrato renovado, porque até hoje não justificou a perda do título, que era tido como certo, notadamente pela Rede Globo, que funciona como uma espécie de tutora da seleção, mantendo o monopólio das transmissões dos jogos, que agora ficaram centralizados em Londres, beneficiando uma empresa estrangeira, em detrimento do povo brasileiro, que fica sem ver nossos atletas jogar, salvo nas telas da emissora que domina o pacote de transmissões. O nosso torcedor deseja ver os jogos ao vivo, presencialmente, e não somente nessas condições impostas por pessoas que não têm compromisso com a nossa torcida.
O que mais fizera até hoje foi defender o “garoto” Neymar, alegando que ainda não estava curado da contusão, bem assim que ainda era muito novo para assumir tanta responsabilidade. Ora, o Pelé tinha dezesseis anos quando foi convocado e dezessete quando foi campeão mundial lá na Suécia, em 1958, conquista que ficou na memória do povão nacional. Garoto com 26 anos só mesmo no nosso país, e na próxima Copa estará com 30, quando dirão que já estaria velho para a missão.
Lembramo-nos até de um dos diretores da seleção, tal de Edu, que fora empresário FIFA, quando disse assim que terminada a Copa: “É muito difícil ser Neymar”. Durma-se com uma piada dessas! Meu caro, difícil é suportar o Neymar.
Resta dizer não faz muito tempo que o Tite fora visitar o Lula. Nós não concordamos com o prestígio que o Bolsonaro deu ao Palmeiras de maneira alguma.
Ficamos por aqui.
Nosso abraço.
Silva Gusmão
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