GOLPES MORTAIS: UFC, A BOLA DA VEZ
A violência tem sido evidenciada como algo normal, prazeroso e que promove status. Entre as múltiplas formas de violência temos eventos de competições de Artes Marciais, como campeonatos de lutas de Boxe, Karatê, Taekwondo, Muay thay, Jiu Jitsu, Hapikdo e eventos como K-1, Pride Fighting Championships, Vale-tudo, UFC - Ultimate Fighting Championship-, entre outros.
As artes marciais foram criadas em tempos remotos para a auto defesa. Seus criadores, delas se utilizavam para protegerem suas terras e famílias da invasão de outros grupos. Nessa época não havia leis e nem armas, sendo o corpo humano a única forma de defesa e de se fazer cumprir a justiça. Com o passar do tempo elas foram tornando-se esportes e formas de exercício, levando aos seus praticantes o bem estar físico e mental.
Filmes e séries começaram a surgir enfatizando o uso delas, das artes marciais, como meio de vingança ou de se ganhar a vida ferindo seus irmãos, deturpando os esmerados valores de um esporte.Criado, patrocinado e adotado por interessados em lucro financeiro, fama, por uma aparição na mídia e tendo a adesão daqueles que estão muito, mas muito longe ainda de entenderem o que é o significado da Arte Marcial, eventos de violência são divulgados nas academias e jogados para dentro das casas e famílias do mundo todo. Isso tem levado aos lares de muitos a selvageria do homem que diz ser civilizado. Ganham milhões com o sangue de pessoas ingênuas que se arvoram feito feras perdendo a saúde, o amor próprio e a própria vida, como é o caso dos lutadores Shane Del Rosário, lutador do UFC, Ryan Gracie, lutador de Jiu Jitsu e Vale Tudo, o turco Seyithan Akbalik, do Taekwondo e Marco Nazaret, lutador de boxe. São apenas alguns exemplos.
"Frequentes pancadas na região da cabeça podem gerar consequências agudas para o sistema nervoso central, como fraturas, contusões, hemorragias, dissecção carotídea ou trombose. Além disso, pode haver agravamento e desenvolvimento de situações crônicas como a demência pugilística — doença gerada por repetidos golpes —, que, em longo prazo, representa o efeito cumulativo de traumas cranioencefálicos repetidos (TCEs)."
Os danos causados pelos golpes de lutas marciais são irreversíveis. E isso não é tanto quanto a potência do golpe, mas devido também à fragilidade do corpo humano. Esses golpes sofridos pelo corpo físico, que é instrumento divino, sendo nossa ferramenta de trabalho, trazem o Mal de Alzheimer, Mal de Parkinson, demência, stress, descontrole emocional, além de outros distúrbios neuropsicológicos, comprometendo o Ser física, intelectual e moralmente.
Os danos causam lesões em tecidos nervosos marcando o perispírito e perturbando a consciência do espírito, gerando em futuras reencarnações danos cerebrais que impedem a pessoa de se equilibrar e ficar de pé, perda de memória, irritabilidade, tensão nervosa constante, trazem a microcefalia, a anencefalia, dificuldade de concentração e outros distúrbios neuropsicológicos.
Os participantes de eventos desse naipe dizem que quem luta não briga, mas eles brigam, se agridem, provocam-se e deturpam os valores da integridade física, e pensam que são exemplos.
A mídia não deveria dar apoio a esse tipo de evento, mas o que ela quer é ibope e enquanto organizadores, patrocinadores e alguns investidores ganham milhões, outros morrem ou se degeneram devido a essa conduta.
Observamos pais que incentivam e levam seus filhos a esses eventos para assistirem homens se agredindo como se isso fosse normal, despertando o instinto violento em seus rebentos. Pais que querem ver seus filhos campeões agindo com violência. E quando batemos palmas, compramos ingressos, compramos produtos que divulgam esses eventos estamos coadjuvando essa empreitada.
Bruce Lee, que divulgou a arte marcial como forma de violência, cometendo muitos erros em sua expressão artística, também citou frases a serem pensadas e divulgou a filosofia do lado bom e pouco propagado da mesma: “Viver de verdade é viver para os outros”. “Aquilo que você sabe e aquilo que você tem não tem valor. O valor está naquilo que você faz com tudo isso”.
Muitas vezes os instrutores de artes marciais impulsionam o aluno para práticas violentas e anti saudáveis, e até fornecem anabolizantes e drogas variadas para aumentarem o desempenho do praticante.
A arte marcial bem treinada faz bem. Arte marcial não é agressão física, mas auto controle, disciplina, cortesia, integridade e saúde.
Competição gera rivalidade e rivalidade gera inimizade.
Os instrutores de artes marciais precisam reciclar-se e levar a conscientização, educando seus alunos para que sejam homens dispostos a servirem, dispostos a cederem um lugar no ônibus para um idoso ou uma grávida sentar, ajudar alguém a atravessar a rua, carregar uma sacola de compra para os pais, guiar alguém que precisa de uma cadeira de rodas para se locomover, usando assim os braços e pernas fortalecidos a serviço do bem.
Escrevemos esse artigo para você que é pai, mãe, amigo ou é alguém que preocupa-se com o bem estar de seus afins. Arte marcial, sim. Violência, não!
Você não precisa de uma medalha e nem de amarrar uma faixa preta ou de qualquer outra cor na cintura para ser campeão. O verdadeiro lutador de artes marciais não tem nada a provar para ninguém e ele mostra o seu valor não dentro das quatro linhas de um ringue, mas dentro dos quatro cantos do mundo.
Use seus braços e suas pernas não para agredir seus semelhantes. Com as mãos fechadas não se pode trocar um aperto de mãos. Com os braços em posição de guarda não há como dar um abraço.
Há outras formas de se ganhar a vida: Varrendo um piso, recolhendo o lixo, carpindo o solo, sendo um vendedor, um operário, dançando, educando, empresariando. Não seja joguete de pessoas que não lhe respeitam e trazem para sua vida através de academias, jornais, revistas, novelas, filmes e vídeos a barbárie. Não se preocupe em ser famoso. Lembre-se do que Jesus falou: Que adianta o homem ganhar o mundo e perder a sua alma?
Seja um atleta do Cristo. Seja um verdadeiro campeão.
Até breve.
Feliz 2017!