TCHOUKBALL PARA CADEIRANTE (Tchoukball Wheelchair): um esporte lúdico e competitivo do ponto de vista de um especialista do Tchoukball clássico.

TCHOUKBALL PARA CADEIRANTE (Tchoukball Wheelchair): um esporte lúdico e competitivo do ponto de vista de um especialista do Tchoukball clássico.

Aracaju-SE - Brasil, 21 de setembro de 2015 - “Dia Nacional de Pessoas com Deficiência”.

Por Océlio Antônio Ferreira

Segundo eu: “o esportista ou atleta deve seguir três pré-requisitos básicos ao conhecer um esporte, ou seja, inicialmente deve-se obervar atentamente para aprender os principios teóricos e as técnicas fundamentais da modalidade, posteriormente, jogando poder desenvolve-se e ao longo desse aprendizado, aprimora-se. Por fim doutrinar outras pessoas na prática do desporto”.

(FERREIRA, Océlio Antônio, 2010).

RESUMO

Esse artigo se propõe de passar em revista os conhecimentos empíricos sobre o trabalho dos instrutores do Tchoukball para Cadeirante (ou Tchoukball em Cadeira de Rodas). Assim sendo, elaborou-se o texto com o intuito de apresenta as regras básicas do Tchoukball para Cadeirante. Além de responder alguns questionamentos sobre a prática desse esporte de equipe hibrido (misturado): Como motivar pessoas sedentárias e com poucas habilidades sair de uma inércia motora e iniciar uma pratica esportiva? Como o Tchoukball para Cadeirante e propõe inclui a pessoa sem o constrangimento de adaptação ao jogo? As atividades do Tchoukball (sejam elas praticada no piso sintético (Indoor), gramado, areia e água) permitem dar algumas as respostas sobre os pontos: humanista, sociológico e pedagógico. A metodologia utilizada neste estudo foi à revisão bibliográfica e o método empírico (baseado nas experiências pessoais) do autor em decorrência de uma missão de 25 anos de trabalho com o objetivo difundir e fazer o Tchoukball um esporte para todos, personificando deste modo o desejo do Dr. Hermann Brandt, inventor desta modalidade esportiva. No mais, informo que as redundâncias encontradas nesse artigo são propositais e necessárias para que os leitores leigos nessa modalidade possam entender melhor a dinâmica do jogo de Tchoukball Clássico. No meu ponto de vista, a temática do Tchoukball para Cadeirante parece bastante interessante, para as pessoas com mobilidade condicionada que procuram os benéficos do esporte para sua saúde física e mental “Mente Sã em Corpo Sadio”, contudo a prática excessiva do esporte pode ser nefasta para a saúde física e mental do indivíduo. A elaboração deste estudo científico teve também o desígnio extraordinário de homenagear as pessoas com mobilidade condicionada (Cadeirantes) no Dia Nacional de Pessoas com Deficiência (21 de setembro de 2015) e os amantes do Tchoukball que se dedicaram a causa do Tchoukball e trabalharam muito para adequar as regras de Tchoukball Clássico para o Tchoukball para Cadeirante, demonstrando e fazendo com que o Tchoukball seja um esporte genuinamente para todos, aliando, assim, aos anseios do idealizador deste esporte, Dr. Hermann Brandt.

Palavras - Chaves: Tchoukball para Cadeirante; mobilidade condicionada; esporte;

1 INTRODUÇÃO

O Tchoukball Clássico é um esporte de equipe surgiu simultaneamente nos Cantões de Genebra e La Chaux-de-Fonds (em francês: Genève, em alemão: Genf, em italiano, a capital da Suisse-Romande), ambas são cidades da parte francesa da Suíça, berço do Tchoukball Clássico.

O Tchoukball (pronuncia-se tchùkboll) é um esporte de equipe híbrido (misturado), criado e desenvolvido no inicio da década de 1960 do século passado pelo doutor Herman Brandt um renomado médico cientista dos esportes de equipe que em suas pesquisas empíricas procurou idealizar de uma nova atividade recreativa para motivar distintos atributos motores e eliminar o contato físico entre os jogadores. Assim, o Tchoukball foi concebido com a intenção de defender, proteger e desenvolver os valores, princípios e fundamento do esporte. Oferecendo uma ferramenta de eficiência nos planos: fisiológica, psicológica, educacional e sociológica.

Seus estudos e experiências finais o levaram a publicar uma matéria científica intitulada da “Educação Física ao Esporte através da Biologia”. A brilhante conclusão formal de suas descobertas demonstrou que as atividades esportivas só podem estar legitimadas de modo satisfatório, através de seu potencial educativo.

Partindo desse princípio, doutor Hermann Brandt apresentou um estudo crítico com base cientifica, sobre os esportes de equipe. Foi seu bilhete de ingresso no então pioneiro “Concurso Literário Internacional sobre a teoria da Educação Física”, organizado pela Federação Internacional de Educação Física, a qual ostentou o Prêmio THULIN, em 16 de agosto de 1970, quando foi premiado com esse famoso prêmio mundial oferecido pela Universidade de Lisboa capital portuguesa.

As regras básicas do Tchoukball elimina o contato físico entre os jogadores ou a intercepção da bola no campo de defesa. Essa funcionalidade permite aos jogadores possa executar uma variedade de movimentos, a fim de iludir ou driblar taticamente o oponente (adversário).

Quando se pensa na ausência de contato físico para que o atleta possa expressar livremente suas habilidades esportivas, associado ao um espírito de fraternidade e respeito entre os adversários. Essa é uma marca favorável e incontestável do Tchoukball.

Brandt passou toda sua carreira cuidando atletas com contusões mais ou menos séria na prática seu esporte. Ele verificou que estas lesões eram devido à execução dos movimentos inadequados para a fisiologia do indivíduo, bem como as muitas formas de agressão presentes em alguns esportes.

Em sua análise Brandt reforçado a preocupação sobre o valor educativo do esporte moderno, que para ele não deve levar à fabricação sistemática de campeões, mas "contribuir para a construção de uma sociedade humana viável”. Então, ele projetou um novo jogo, o Tchoukball, apresentando como parte de seu "Estudo Crítico Científico dos Esportes de Equipe".

O Tchoukball é apresenta uma mistura de pelota Basca (rebote), handebol (uma vez que é jogado com as mãos) e voleibol (é um esporte aéreo já que a bola não pode tocar o chão). Esse esporte vem crescendo vertiginosamente na Europa e no Extremo Oriente nas duas últimas décadas, isso porque nesta modalidade esportiva especificamente, é proibidas qualquer tipo de obstruções, intercepção ou de contato, promovendo o respeito entre os jogadores. Embora tenha surgido como um esporte terapêutico e recreativo.

O Tchoukball é um esporte muito intenso e rápido, o que demanda algumas habilidades técnicas e sua natureza não violenta faz sumir a preocupação em conservar o terreno de jogo, uma vez que o adversário não é um a inimigo, mas um componente indispensável em um espaço corriqueiro. E com o impedimento de interceptar a bala tornam-se inoperantes os empurrões e outros tipos de agressões físicas. Já que uma equipe ficar impossibilitada de monopolizar a bala tornando impossível o anti-jogo.

O presente artigo foi elaborado com o intuito de apresenta as regras básicas do Tchoukball para Cadeirante (ou Tchoukball em Cadeira de Rodas). Além de responder alguns questionamentos sobre as atividades variáveis do Tchoukball Clássico (sejam elas praticadas no piso sintético (Indoor), gramado (em campo), areia (na praia e parques) e água (na piscina)), permitem dar algumas as respostas sobre os pontos: humanista, sociológico e pedagógico.

Assim sendo, Como o Tchoukball para Cadeirante e propõe inclui a pessoa sem o constrangimento de adaptação ao jogo? Como conciliar a prática de um esporte de equipe eliminando o contato físico e a agressividade? Como motivar pessoas sedentárias e com poucas habilidades sair de uma inércia motora e iniciar uma pratica esportivo?

A metodologia utilizada nessa pesquisa foi à revisão bibliográfica e o método empírico, isto é, baseado nas experiências pessoais do autor em decorrência de uma missão de 25 anos com o objetivo difundir e fazer o Tchoukball um esporte para todos no Brasil, personificando deste modo às aspirações do Dr. Hermann Brandt, inventor desta modalidade esportiva que já é uma realidade em nosso país.

No mais, informo que as redundâncias localizadas nesse artigo são propositais e necessárias para que os leitos leigos possam entender melhor a dinâmica do jogo de Tchoukball Clássico, assim como suas variáveis acima mencionas.

2 TCHOUKBALL PARA CADEIRANTE

O “Tchoukball para Cadeirante” ou “Tchoukball em Cadeira de Rodas” é uma das variáveis do Tchoukball indoor tradicional, sendo uma atividade praticada essencialmente por pessoas com mobilidade condicionada em cadeira de rodas. Essa variável adaptou-se as principais regras e características do “Tchoukball Indoor” (FITB, 2010).

O Tchoukball para Cadeirante parte da premissa de uma atividade lúdica de lazer e recreação, sem deixar de ser um esporte competitivo no bom sentido da palavra.

Uma vez que ele é fundamentado no Tchoukball Clássico com apenas determinadas variações para situar e ordenar o uso da cadeira de roda, além de acomodar os diversos níveis por ausência ou insuficiência motora dos jogadores descapacitados.

O Tchoukball para Cadeirante, igualmente adaptou-se os vários tipos ou níveis de deficiência físicas dos atletas.

Assim sendo, essa variável do Tchoukball Clássico trás algumas modificações para amoldar o uso da cadeira de roda e harmonizar os diferentes tipos e níveis de deficiência dos jogadores descapacitados.

No dia 30 de maio do ano de 2008, o Conselho Italiano de Tchoukball em Cadeira de Rodas da Federação Italiana de Tchoukball, concluiu a primeira regulamentação do Tchoukball para Cadeirante, adaptando as regras do Tchoukball Clássico pera as pessoas com mobilidade condicionada em cadeira de rodas. Nascendo assim o Tchoukball para Cadeirante na Itália, desde então, essa Comissão Italiana continua a trabalhar arduamente para promover e aperfeiçoar esta nova variável do Tchoukball Clássico (FITB, 2010).

O Tchoukball para Cadeirante é um esporte jogado por homens e mulheres de todas as idades. Já o Tchoukball de Praia (ou Beach Tchoukball) surgido nas praias brasileiras no início da década de 1990, é jogado com duas equipes de cinco jogadores, em um terreno de 22 metros x 11 metros. Todas as demais regras são similares à versão do Tchoukball Indoor (em quadra).

2.1 Particularidades das regras do jogo de Tchoukball para cadeirante.

Para o jogo de Tchoukball para Cadeirante é necessário um quadra com um terreno retangular de 14 x 28 metros (ou um terreno com as dimensões de uma quadra de basquetebol) e uma bola de oficial de Tchoukball (ou similares como segunda opção).

Duas equipes de 06 (seis) jogadores (masculina, feminina ou mista) se confrontam tentando fazer o maior número de ponto possível. Cada equipe pode marcar os pontos indiferentemente, não importa qual dos dois quadros de remissão, ou seja, é permitido pela regra fazer ponto em qualquer lado da quadra (os dois quadros de remissão), uma vez que não existe lado da quadra para as equipes.

Um jogador marca um ponto se a bola após for rebatida pelo quadro de remissão (uma espécie de cama elástica): a bola toca a quadra de jogo antes de um defensor possa pegá-lo (como no voleibol); a bola toca um defensor que não consegue controlá-la, ou a bola toca nas pernas do defensor e cai no chão. A bola cair bater fora da quadra de jogo após tocar em um dos defensores o ponto vai para equipe que finalizou.

Um jogador faz um ponto contra sua equipe se: ele arremessa e erra o quadro de remissão; a bola após ser rebatida pela rede do quadro de remissão, após um arremesso, vai para fora do terreno de jogo ou cai dentro da zona interdita (semicírculo com uma linha de 3 metros); o jogador arremessa a bola e a ela volta encima dele após ser devolvida pelo quadro de remissão; o jogador toca a bola ao mesmo tempo em que invade a zona interdita (área) ou sai fora quadra de jogo com mais de três rodas da cadeira de rodas com a bola na mão; o jogador desvia a bola rebatida pelo quadro de remissão para as zonas uma das zonas interditas (área proibidas) ou desvia para fora da quadra de jogo depois de um arremesso do companheiro de equipe.

Um jogador não marca um ponto se quando: o jogador de defesa pega a bola antes de deixar a quadra com todas as quatro rodas da “Cadeira de Rodas”, neste caso, uma falta será concedida. As equipes tem a possibilidade de fazer três passes e três lances em cada empreitada de ataque e não pode segurar a bola por mais de três segundos em suas mãos (FITB, 2010).

O não cumprimento destas regras resulta em perda de posse (falta a favor da equipe adversária). Além disso, os jogadores de ambas as equipes não pode fazer mais três rebotes e finalizações seguidas no mesmo quadro. A regra obriga que uma equipe no ataque mude de lado da quadra após duas finalizações consecutivas ou dois rebotes contínuos da mesma equipe.

As demais regras do Tchoukball para Cadeirante ão as mesmas do Tchoukball Indoor, porém deve-se levar em consideração os diferentes tipos ou graus de deficiência dos esportistas ao aplicar uma pontuação e o tempo de jogo.

2.2 Características básicas da cadeira de rodas apropriadas a prática do jogo.

Para praticar o jogo é necessária que todos os jogadores sejam cadeirantes e possua cadeira de rodas fornecidas com roda traseira e corrimão em ambas as rodas. A roda traseira não será considerada igual às demais quatro rodas, assim ela não serão considerada um ponto de referência para avaliar a posição do jogador no quadra (FITB, 2010).

2.3 Evoluções do jogador no terreno de jogo.

Após cada arremesso, ou depois cada rebote a posse da bola passa para equipe adversária. Sendo que intercepção da bola durante a troca de passes e a finalização é expressamente proibida pelas regras do Tchoukball para evitar agressões devidas aos contatos físicos intencionais ou violentos entre adversários.

A as áreas "zona interdita" é uma "área de ataque-defesa" são zonas proibidas da quadra. Para marcar um ponto para sua equipe, o jogador deve arremessar certando a bola na rede interna do quadro de remissão de tal maneira que o adversário não possa alcança-la e ela caia dentro da quadra de jogo. Quando uma equipe marcar o ponto, o jogo reinicia-se o com a reposição do fundo da quadra (como no voleibol) do lado do quadro de remissão onde o ponto foi marcado.

No mais, é permitido um máximo de três passes para colocar um jogador em uma posição adequada para arremessar, exceto para o passe de reposição que não é contado como passe.

Durante o passe é permitido que (o jogador cadeirante) toque a bola uma vez no chão. Sendo que os jogadores defensores estão impedidos pela regra a interferir nessa ação da equipe adversária, até que a bola seja arremessada, só depois do retorno da bola para a quadra se pode fazer o rebote para evitar que a outra equipe marque o ponto. Taticamente uma equipe pode antecipar a ação de finalização preenchendo os espaços vazios da quadra (quadro de remissão) onde a bola será arremessa, para não ser surpreendido pela trajetória da bola quando ela retorna do quadro de remissão.

2.4 Quadros de remissão (equipamento da classe da rede elástica e trampolim).

O tamanho do quadro de remissão e sua inclinação de 55° entre o quadro e o piso são é o mesmo do Tchoukball Clássico e devem ser conformes os padrões da Federação Internacional de Tchoukball (FITB), ou seja, o quadro tem que ser oficialmente aprovados pela FITB.

No caso do jogo de Tchoukball para Cadeirante para frente aos dois quadros de remissão, encontram-se duas áreas (semicírculos): o primeiro, com um raio de 2 metros de distância ou circunferência, a qual define uma "área proibida", enquanto que o segundo semicírculo, com 3 metros de raio ou circunferência, define a zona da quadra compreendida entre a real quadra de jogo e a zona interdita (área proibida), a qual é chamada de "área de ataque-defesa".

2.5 A bola do Tchoukball para Cadeirante.

A bola deve ser arredondada, com uma cobertura de couro ou de borracha (e material sintético semelhante). Para os homens, mulheres e juniores, a bola deve possui uma circunferência entre 54 a 56 centímetros e peso que varia entre 325 a 400 gramas. Em casos especiais, uma bola de borracha com um peso menor (leve) estilo biribol ou similares, poderá ser utilizada a fim de evitar qualquer tipo de trauma nos dedos e rosto do jogador.

2.6 Os jogadores do Tchoukball para Cadeirante.

A equipe pode ser composta por até nove jogadores inscritos para uma partida oficial ou amistosa. Sendo que somente seis jogadores de cada equipe podem entrar na quadra para jogar, os outros demais (três) atuam como substitutos (reservas).

As substituições serão feita em locais especifico, ou seja, na frente da mesa do Árbitro ou em frente aos bancos de suplentes das equipes, com 5 (cinco) metros de cada lado da linha média, sem interromper o jogo. No caso de um jogador machucado, esse pode ser substituído imediatamente desde que ele já esteja fora da quadra de jogo.

A substituição normal só poderá feita após um ponto ser marcado (e antes reposição da bola em jogo). Os jogadores devem ser uniformizados e ter um número claramente visível a partir de 1 a 20.

As cadeiras de rodas devem ser idênticas e podendo utilizar o carrinho da cadeira de rodas. É permitido o uso de protetor para manter dedos e os pulsos seguros de possíveis danos. São igualmente admitidas as ligaduras para fixação das pernas e para a estabilização do tronco. No entanto, é terminantemente proibido usar qualquer joia (relógio, pulseira, colar, etc.), que possam colocar em perigo os demais jogadores (FITB, 2010).

2.7 As Faltas durante o jogo Tchoukball para Cadeirante.

Um jogador comete uma falta se: ele faz mais que três impulsos com a cadeira de rodas enquanto segura a bola, considerando como impulso zero (0) a um (1) local sem qualquer significação para frente em movimento para realizar uma mudança de direção ou de freio da cadeira de rodas. Ele segura a bola por mais de quatro segundos (FITB, 2010).

O jogador faz uma passagem que leva a equipe adversária abrir contagem da passagem consecutiva ao longo de três (um desvio da bola é considerado como uma passada). Quando ele acessa qualquer área fora da quadra de jogo com todas as quatro rodas, segurando a bola, o último contato com a bola deve ser efetuado com pelo menos uma roda dentro da quadra de jogo.

Quando um jogador viola a zona interdita (área proibida de linha 2 metros de raio) enquanto estiver atacando, uma falta será concedida se todas as quatro rodas apoiar-se no chão da zona interdita (área proibida) e o jogador ainda mantém a bola em suas mãos.

2.8 Os Árbitros do Tchoukball para Cadeirante.

A falta é penalidade a favor da equipe adversária, sendo dever dever do árbitro garantir que o lance livre seja feito no local onde a falta ocorreu. Pelo menos um passa e deve ser feita antes do arremesso no quadro de remissão. Para assinalar o local da falta da bola após uma falta, o jogador que faz o trabalho deve pegar a bola com as duas mãos e deixe tocar o corrimão de uma das duas rodas.

O corpo de arbitragem é composto por três (ou quatro) árbitros. Um (ou dois) árbitro mesário é responsável pela mesa, isto é, anotação das pontuações e tomada de tempo de jogo.

Os árbitros mesários fazem as anotações do resultado dos sets ou tempos (convencionados), além do placar final, ele anota também as faltas deliberadas passivas de cartões, ele verifica ainda se as substituições foram feitas corretamente. No mais, ele (s) é responsável direto pela folha de jogo a ser assinado por ambas às equipes e árbitro titular.

No caso dos árbitros (dois) de linha, dirige o jogo do fundo da quadra, controlando e avaliando as jogadas e as atitudes dos jogadores de acordo com as regras pré-estabelecidas da modalidade.

O traje dos árbitros deve ser claramente diferente dos fardamentos dos jogadores de ambas as equipes. Eles têm à sua disposição um apito, dois cartões amarelos (advertência) e cartões vermelhos (expulsão) e um relógio de acompanhar a cronometragem, entretanto, essa tomada de tempo fica a cargo do arbitro mesário.

2.9 Duração do jogo do Tchoukball para Cadeirante.

No início da partida, a equipe que recebe a bola é escolhida por sorteio. A duração das partidas será de três períodos de 10 minutos, com um intervalo máximo de 5 minutos entre os períodos ou sets.

A duração dos jogos juniores (jogadores com menos de 16 anos de idade) é de três períodos de 8 minutos, com um intervalo máximo de 5 minutos entre os períodos.

O árbitro deve decidir também quando o cronômetro é para ser parado e reiniciado (em caso de lesão, etc...). Após o apito final, o jogo termina prontamente e a equipe fizer mais pontos ganha a partida.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No meu ponto de vista, a temática do Tchoukball para Cadeirante parece bastante interessante, para as pessoas com mobilidade condicionada que procuram os benéficos do esporte para sua saúde física e mental “mente sã em corpo sadio”, contudo a prática excessiva do esporte pode ser nefasta para a saúde física e mental do indivíduo. Deve-se advertir que o repouso faz parte do treinamento e é tanto importante quanto o exercício e a prática esportiva (INSEP, 2001).

No caso das variáveis do Tchoukball Clássico como atividades físicas, elas buscam o desenvolver os músculos, conservar as articulações, manter o sistema nervoso e os efeitos biológicos estejam equilibrados, incluindo as funções cardiovasculares e respiratórias (FERREIRA, 2012).

Parafraseando Jacquard, onde em outras palavras o geneticista afirma que a verdadeira prática de um esporte consiste em cada individuo poder dialogar com seu próprio corpo independente da possibilidade de elogios ou críticas de terceiros. Entretanto, esse diálogo pode ser invasivo (agressivo) e os métodos rigorosos. Por isso é importante que o corpo humano seja sempre respeitado em sua essência como uma máquina perfeita sem relegá-lo a um simples instrumento insano para alcançar tão-somente grandes desempenhos momentâneos e prosaicos (vulgares) a longo tempo.

Mas, é prudente que as pessoas habituem-se a viver positivamente através do esporte, ou seja, “De bem com meu corpo deve ser o slogan”, para tal o corpo e a mente deve estar em perfeita harmonia em círculo virtuoso de bem estar. Porém é inconveniente rotular os esportes como um medicamento onde basta apenas se ler a bula e colocar em prática a teoria sem resguardar os princípios básicos de um determinado desporte, isso é um equívoco. Até que se tenha elementos suficientes e concretos, além de plenas noções das estruturas cientificas e arranjos técnicos de tais atividades físicas ou desportivas, para só então poder entender nitidamente o seu processo anatômico. (JOUSSELLIN, 2005).

Por isso é extremamente importante apoiar todos os especialistas e estudiosos que trabalham o esporte de forma humanizada (educativo e não violento) e através da contribuição do conhecimento científico. Isso porque “A ciência sem consciência nada mais é que uma falcatrua e a ruina da alma”. As atividades Físicas precisam é ter acima um sentido humanista. (BRANDT, 1971; FERREIRA, 2012).

Para as equipes que compete em alto nível ou pelo menos acima do nível do uso recreativo, como foi dito deverão ser pontuados por um sistema de aprovação e classificação para avaliar e medir as desenvolturas funcionais dos jogadores cadeirantes em uma linha ajustada de pontuação (INSEP, 2001).

Como sugestão essa classificação pode ser incorporada ao regulamento do Tchoukball para Cadeirante, nos eventos esportivos da modalidade para aumentar ou diminui o número de pontos tolerados durante a partida ao mesmo tempo em só serão permitidos competir a nível internacional os atletas apresentar uma descapacidade motora nos membro inferior (INSEP, 2001).

Por outro lado, tem-se a impressão que os instrutores (monitores e professores de Tchoukball para Cadeirante) não de se contentar em oferecer apenas orientações mais rotineiras, suma vez que o verdadeiro interesse em ensinar essa nova modalidade do Tchoukball, não pode deixar escapar durante a atividade a filosofia e os fins do Tchoukball clássico, a exemplo das modalidades variáveis, como é o caso do Tchoukball para Cadeirante , que vai do simples passatempo ao exercício físico, passando pelos jogos de categorias: infantil, juniores e adultos (homens, mulheres, misto), onde para facilitar a pratica dos alunos-jogadores, deve haver vontade e empenho dos instrutores aplicação das mitologias, tanto na parte técnica como na parte tática, através de um treinamento bem planejado.

Vale lembra que durante o treinamento ou jogo do Tchoukball para Cadeirante, geralmente o tempo é reduzido, isso porque o treinamento é mais cansativo e estressante, já que demanda mais esforço dos membros superiores dos cadeirantes.

Assim sendo, os instrutores precisa aplicar o máximo de eficiência em um mínimo de tempo possível. Isso deve ser uma preocupação constante e comum dos instrutores responsáveis pela prática do Tchoukball para Cadeirante (pessoas com mobilidade condicionada) em qualquer categoria.

Como citar este artigo:

FERREIRA, Océlio Antônio. TCHOUKBALL PARA CADEIRANTE: um esporte lúdico e competitivo do ponto de vista de um especialista do Tchoukball Clássico. Em homenagem ao Dia Nacional de Pessoas com Deficiência no Brasil. Aracaju-SE, 21 de Setembro de 2015. p. 16

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRANDT, H. Étude Critique scientifique des sports d'équipe - Prix Thulin de la FIEP, 1970. Le Tchoukball, le sport de demain. Genève: Editions Roulet, 1971. (Estudos Críticos e Científicos dos Esportes de Equipe - Prêmio THULIN da Federação Internacional de Educação Física - FIEF, em Lisboa - Portugal). Tradução do Francês Helvético em Português do Brasil: FERREIRA, Océlio Antônio.

JOUSSELLIN, Eric. La médecine du sport sur le terrain. Titulo em português do Brasil: A medicina do esporte sobre o terreno. Masson, 2005.

FERREIRA, Océlio Antônio. Curso de Tchoukball 2. Capítulos IV e V da Apostila, p. 16 a 22). Aracaju - Sergipe, 2012.

FITB, WHEELCHAIR TCHOUKBALL (Tchoukball em Cadeira de Rodas). Titulo em português do Brasil: Tchouball para Cadeirante”. Regras Oficiais - Federação Internacional de Tchoukball. 2010.

INSEP, Le cahier de. La santé du sportif de haut niveau. Titulo em Português: A saúde do esporte de alto nível. n°31, 2001.

SITES CONSULTADOS

TCHOUK. Disponível em:<https://www.facebook.com>. Acesso em 15 de setembro de 2015.

HOMENAGENS, DEDICATÓRIAS E AGRADECIMENTOS

A elaboração deste estudo científico teve também o desígnio extraordinário de homenagear as pessoas com mobilidade condicionada (Cadeirantes) no Dia Nacional de Pessoas com Deficiência (21 de setembro de 2015) e os amantes do Tchoukball que se dedicaram a causa do Tchoukball e trabalharam muito para adequar as regras de Tchoukball Clássico para o Tchoukball para Cadeirante, demonstrando e fazendo com que o Tchoukball seja um esporte genuinamente para todos, aliando, assim, aos anseios do idealizador deste esporte, Dr. Hermann Brandt.

AGRADECIMENTOS

Como normalmente acontece quando se pretende atingir algum objetivo importante e elaborar um projeto desse nível, muitas vezes o trabalho de pessoas não é suficiente e torna-se essencial conhecer pessoas que estejam prontas e dispostas a apoiá-lo e compartilhar suas habilidades e experiências, tanto profissionais e pessoais.

Por isso o Comitê Executivo da FITB, agradeceu reconhecidamente as principais incentivadoras desse projeto foram à professora Chiara Volonté, Presidente da Federação Italiana de Tchoukball, o Dr. Andrea Lanza (FITB) e suas colaboradoras nesse projeto pioneiro, a Doutora. PT Sara Mariani e Doutora. PT Sabrina Basilico.

Além de Francesco Mondini, Chiara Arienti, Carolina Gambirasio e Pietro Maiocchi, os quais possibilitaram a execução do projeto e testando as regras do Tchoukball par Cadeirantes com os jovens internados na Unidade de Hospital Niguarda o Spinal em Milão (Itália).

Igualmente, meus sinceros agradecimentos a todos os amantes do Tchoukball (professores, doutores, especialistas, estudiosos, entre outros...), pela disponibilidade dos documentos, os quais me auxiliaram muito os textos teóricos neste estudo didático do Tchoukball para Cadeirante.

E as seguintes instituições do Tchoukball: Instituições do Tchoukball: Federação Italiana de Tchoukball; Federação Internacional de Tchoukball; Federação Suíça de Tchoukball; Federação Francesa de Tchoukball; Associação Argentina de Tchoukball e Associação Sergipana de Tchoukball.