ARTIGO – Esportes – Corrupção – 29.05.2015
ARTIGO – Esportes – Corrupção – 29.05.2015
De repente, assim como um tsunami, o mundo é pego de surpresa, mas são notícias avassaladoras, de envergonhar quase o mundo todo, embora, na verdade, não senti que no Brasil tivesse ainda esse peso todo, inobstante o vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol haver sido preso na Suíça, país onde se realiza o congresso que elegerá o presidente da FIFA – Federação Internacional de Futebol Associação, doutor José Maria Marin.
As autoridades estadunidenses acabaram de publicar parte das investigações que culminaram com o enquadramento de sete autoridades da direção da FIFA, sob a alegação de que nos EUA cometeram crimes os mais variados, tais como corrupção, lavagem de dinheiro, sabotagem, propina e outros, num trabalho que durou cerca de três anos. O atual presidente da CBF, doutor Del Nero, que estava participando do congresso, largou tudo rapidamente e tomou o primeiro voo de retorno ao país, alegando que precisava reassimir suas funções, porquanto a entidade não poderia ficar desprotegida, digamos assim.
O nome do prédio de CBF, que era o do vice-presidente Marin, foi, de imediato, retirado de cena, segundo determinação do dutor Del Nero, que alegou ter sido em virtude do banimento do futebol por noventa dias do seu vice, por determinação da entidade máxima do futebol mundial. Ora, com um escândalo dessas proporções não seria prudente que as eleições se realizassem, eis que a honorabilidade de todos e de cada um da FIFA passa a merecer desconfiança no mundo todo. Mas o Joseph Blatter, que não é besta, não quis perder a oportunidade de ser reeleito, até por que era franco favorito (e ninguém sabe quanto foi gasto para garantir essa certeza absoluta de sua vitória). Terminou sendo vitorioso em primeiro turno.
José Maria Marin e Del Nero (E agora???)
Ao meio dia de hoje, pressionado pela imprensa nacional,o doutor Del Nero tratou de conceder uma entrevista coletiva, a fim de explicar tudo (?) o que sabia a respeito da matéria que tomou o mundo desprevenido. Pois bem, falou, falou e nada disse, até por que todo sem graça declarou não saber de nada, que tudo anda às mil maravilhas, tudo está sossegado e não existe nada que possa comprometer as administrações dele e do colega Marin. Então, se nada existe, como justificar o seu retorno tão apressado! Teria sido o receio de também ser recolhido preso? Abandonar um hotel de R$ doze mil reais a diária para voltar ao Rio de janeiro não me parece ter sido boa providência.
Os noticiários deram conta de que a primeira providência do doutor Del Nero teria sido a entrega às autoridades da justiça brasileira de cópia de todos os contratos formalizados pela entidade, relativamente a patrocínios, convênios, etc. Não esperou nem que fossem solicitadas as pertinentes cópia, ou seja, andou na frente. Mas como sabia que nesses contratos poderiam estar embutidas cláusulas e condições amplamente desfavoráveis ao nosso país e altamente beneficiárias de terceiros interessados, daqui ou mesmo do exterior? Teria sido a “cigana” que soprou nos seus ouvidos, ou mesmo a sua mediunidade?!
Há quem discuta que a CBF é uma instituição privada, portanto livre de prestar contas ao governo brasileiro, premissa de que discordo frontalmente, apesar de leigo no assunto. Ora, se o nome do país é negociado, até mesmo em transações com cláusula de confidencialidade, inclusive no preço dos negócios (proibição de divulgar)! A meu pensar, vender jogos de nossa seleção até mesmo de maneira antecipada (dizem que há jogos negociados até 2022, devidamente quitados pelos compradores) é crime de lesa-pátria, pois a camiseta do nosso selecionado é um símbolo que merece respeito tanto quanto a nossa bandeira verde e amarela. É crime sim e da alçada da Polícia Federal, que deverá entrar a fundo nas investigações, inclusive contando e fornecendo colaboração às atoridades americanas. Bom lembrar que lá não tem esse negócio de idoso não ir pra cadeia, e os crimes apurados podem render até 20 anos de prisão. As autoridades dos EUA já solicitaram à Suíça a compatente extradição dos que estão recolhidos à prisão, porquanto, repetindo, os crimes foram cometidos em território americano.
Não nos passou despercebido o fato de o senador Romário, ex-atleta da nossa seleção brasileira, haver conseguido 52 assinaturas para aprovação de uma CPI, a fim de apurar irregularidades na CBF e até mesmo nas federações estaduais, que são bancadas pela entidade mater, porquanto, segundo dizem, recebem cerca de R$ 50 mil reais por mês, talvez no sentido de aprovar tudo o que os mandatários desejarem. O Del Nero teria ordenado de R$ 200 mil mensais. Mas o Romário cometeu uma garfe logo no primeiro dia, pois teria falado que agora o doutor Del Nero seria investigado com rigor e que pagaria pelos crimes cometidos. Um senador não pode falar isso, pois dá ferramentas ao adversário para entrar na justiça e pedir o afastamento, por problemas pessoais, da presidência e até da relatoria da comissão parlamentar. Aliás, não considero o Romário em condições de escrever relatório circunstanciado a propósito desse e ou de qualquer assunto. Aliás, bom que se diga que ele pouco fala da tribuna do senado, não tem gabarito.
O que me causou outra surpresa foi a câmara dos deputados ter, também, entrado com um pedido de CPI para apurar o mesmo assunto, numa atitude meramente para aparecer diante da mídia, até por que no próximo ano teremos eleições. Não competia ao presidente da Casa deferir tal solicitação, mas tão-somente, em sintonia com o presidente do senado, fundir as duas em CPMI, ou seja Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, até mesmo como forma de economizar o dinheiro do povo. O problema é que uma tentará apurar e outra desmanchar o que tiver sido feito, findando, assim em mais uma “pizza” como tantas e tantas outras.
Creio que agora virão à tona todos os desvios e roubalheiras anteriores e posteriores à Copa Mundial de 2014 no Brasil, e vai sobrar para muitos governantes, inclusive sob o aspecto de dispensar a FIFA de toda e qualquer taxa de impostos e contribuições incidentes sobre a apuração maciça de dinheiro em nosso território, retirando rendas de municípios e estados da república.
Ansilgus.Os noticiários deram conta de que a primeira providência do doutor Del Nero teria sido a entrega às autoridades da justiça brasileira de cópia de todos os contratos formalizados pela entidade, relativamente a patrocínios, convênios, etc. Não esperou nem que fossem solicitadas as pertinentes cópia, ou seja, andou na frente. Mas como sabia que nesses contratos poderiam estar embutidas cláusulas e condições amplamente desfavoráveis ao nosso país e altamente beneficiárias de terceiros interessados, daqui ou mesmo do exterior? Teria sido a “cigana” que soprou nos seus ouvidos, ou mesmo a sua mediunidade?!
Há quem discuta que a CBF é uma instituição privada, portanto livre de prestar contas ao governo brasileiro, premissa de que discordo frontalmente, apesar de leigo no assunto. Ora, se o nome do país é negociado, até mesmo em transações com cláusula de confidencialidade, inclusive no preço dos negócios (proibição de divulgar)! A meu pensar, vender jogos de nossa seleção até mesmo de maneira antecipada (dizem que há jogos negociados até 2022, devidamente quitados pelos compradores) é crime de lesa-pátria, pois a camiseta do nosso selecionado é um símbolo que merece respeito tanto quanto a nossa bandeira verde e amarela. É crime sim e da alçada da Polícia Federal, que deverá entrar a fundo nas investigações, inclusive contando e fornecendo colaboração às atoridades americanas. Bom lembrar que lá não tem esse negócio de idoso não ir pra cadeia, e os crimes apurados podem render até 20 anos de prisão. As autoridades dos EUA já solicitaram à Suíça a compatente extradição dos que estão recolhidos à prisão, porquanto, repetindo, os crimes foram cometidos em território americano.
Não nos passou despercebido o fato de o senador Romário, ex-atleta da nossa seleção brasileira, haver conseguido 52 assinaturas para aprovação de uma CPI, a fim de apurar irregularidades na CBF e até mesmo nas federações estaduais, que são bancadas pela entidade mater, porquanto, segundo dizem, recebem cerca de R$ 50 mil reais por mês, talvez no sentido de aprovar tudo o que os mandatários desejarem. O Del Nero teria ordenado de R$ 200 mil mensais. Mas o Romário cometeu uma garfe logo no primeiro dia, pois teria falado que agora o doutor Del Nero seria investigado com rigor e que pagaria pelos crimes cometidos. Um senador não pode falar isso, pois dá ferramentas ao adversário para entrar na justiça e pedir o afastamento, por problemas pessoais, da presidência e até da relatoria da comissão parlamentar. Aliás, não considero o Romário em condições de escrever relatório circunstanciado a propósito desse e ou de qualquer assunto. Aliás, bom que se diga que ele pouco fala da tribuna do senado, não tem gabarito.
O que me causou outra surpresa foi a câmara dos deputados ter, também, entrado com um pedido de CPI para apurar o mesmo assunto, numa atitude meramente para aparecer diante da mídia, até por que no próximo ano teremos eleições. Não competia ao presidente da Casa deferir tal solicitação, mas tão-somente, em sintonia com o presidente do senado, fundir as duas em CPMI, ou seja Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, até mesmo como forma de economizar o dinheiro do povo. O problema é que uma tentará apurar e outra desmanchar o que tiver sido feito, findando, assim em mais uma “pizza” como tantas e tantas outras.
Creio que agora virão à tona todos os desvios e roubalheiras anteriores e posteriores à Copa Mundial de 2014 no Brasil, e vai sobrar para muitos governantes, inclusive sob o aspecto de dispensar a FIFA de toda e qualquer taxa de impostos e contribuições incidentes sobre a apuração maciça de dinheiro em nosso território, retirando rendas de municípios e estados da república.