A derrota da Seleção Brasileira e o "jogo do contente"
Diz-se que, e é uma verdade, que aprendemos muito com os erros. E aqui vou atacar de “ Poliana” e recorrer ao tão conhecido jogo do contente para como brasileiro, por não entender com exatidão o que ocorreu tentar me conformar com o vexame da Seleção.
Ao aplicar o jogo do contente poder-se-ia dizer que a coisa seria pior se os 7x1 fosse na final; ou mais sofrido se a derrota tivesse acontecido nas eliminatórias, como ocorreu com a seleção espanhola. Outro consolo seria dizer “se a seleção não tivesse sido derrotada o brasileiro ainda estaria anestesiado diante da hoje dura realidade nacional ”.
Sim, a seleção errou, foi humilhada e pagou caro pelos erros, e daí? Fomos derrotados, mas também vencemos mesmo que sofridamente algumas partidas. E o Júlio Cesar que pegou três pênaltis, não conta não?
Bem, ainda no jogo do contente podemos dizer que perdemos, contudo sobrevivemos e ainda vamos disputar o terceiro lugar da competição, não é a glória? Chegamos mais longe do que os portugueses, os franceses, os Estados Unidos, e mesmo os campeões espanhóis. Agora, como acontece no mundo real, é aprender com os erros já tipificados pelos milhões de brasileiros, corrigi-los, não baixar a cabeça, conquistar o terceiro lugar, se reinventar e se preparar para a conquista do hexa daqui a quatro anos.
Na coluna da semana passada destacava que era bom para o País viver
estes momentos de alegria, euforia, e em alguns instantes até êxtase diante dos jogos da nossa seleção, e que era ótimo saber que cada brasileiro tem guardado dentro de si o amor pelas coisas do nosso povo e constatar que tal sentimento pode ser acessado em outras ocasiões que não seja a copa, o carnaval ou a eleição. A vida continua, vitórias e derrotas continuarão a fazer parte do nosso dia a dia, não só no futebol, mas também em outros campos.
Pois bem, que o sabor das vitórias alimente a crença de que ainda temos
o melhor futebol do mundo, que o amargor dos 7x1 nos ensine, de verdade, que somos falíveis e que o coletivo deve sempre prevalecer sobre o individual.