FESTA NA ZONA
Não gosto de ficar falando de futebol. Mas é a bola da vez e não dá para ficar quieto. Âncoras são âncoras. Elas despertam memórias, recordações, comportamentos. Não se consegue escapar do reflexo condicionado. Vejo a cara do Murtosa e não posso deixar de me lembrar do Sarney. Olho para a cara da Regina Casé e não posso deixar de evocar a bruxa má do Leste, que vivia atormentando a menina Doroti , no clássico O Mágico de Oz. E a Regina Casé não faz por menos: azeda o domingo de qualquer um, como o Filipão, com aquela cara de Don Corleone, azedou o nosso último fim de semana. Olho para o povão nos estádios, com aquelas fantasias chifrudas e não posso deixar de sentir o quanto essa gente que comanda o futebol brasileiro vive nos enganando.
Mas voltando ao futebol, o Filipão está indo embora. Em outro artigo publicado aqui no Recanto eu o comparei ao sofá da sala, que o marido traído trocou assim que pegou a mulher dele transando com outro em cima dele. E é o que ele é. O sofá da sala é uma âncora ruim. O Filipão também. A gente olha para aquela cara dele, aquele bigodão de locomotiva “Maria Fumaça”, e logo se lembra do vexame do Mineirão e da vergonha do Mané Garrincha. E a gente se sente um menininho que acaba de sofrer “bullying” e não sabe como se defender.
Tudo bem, vamos trocar o sofá. Mas ninguém se lembrou ainda que foi a Lei Pelé(que nada mais é que a Lei Zico com algumas modificações) que quebrou as pernas do futebol brasileiro. Digo isso porque o Zico( alias, o Messi parece uma cópia escarrada dele. Joga um futebol bem parecido, grande futebol, diga-se, mas nunca ganhou nada para o país dele) vive metendo o pau no Pelé porque ele modificou a Lei que ele havia promulgado quando era Secretário dos Esportes. Depois dele veio o Pelé, com status de ministro, e deu um pitaco na lei que ele, Zico, havia bolado, e transformou o futebol brasileiro nessa zona festiva que é hoje. Aliás, os dois, o Zico e o Pelé deviam ficar restritos ao que eles sabem fazer muito bem. Como administradores eles são ótimos jogadores.
Antes da lei Zico/Pelé, os atletas praticamente pertenciam aos clubes. Diziam que eram como escravos dos clubes. Não tinham liberdade de contratar e isso feria a nossa Constituição libertária, democrática e humanista, que elevou o bandido a cidadão e fez do crime a profissão mais lucrativa do país. Então a tal lei os libertou. Revogou a chamada Lei do Passe e criou o chamado Direitos Federativos. E aí os atletas deixaram de ser escravos dos clubes e passaram a ser servos dos “empresários” e das empresas que “compram” os tais direitos federativos( diga-se a liberdade) do menino talentoso diretamente dos seus pais. Assim, quando aparece um Neymar da vida, pode-se ter certeza que vai ter sempre um empresário por trás do moleque, e o clube que o formou geralmente ficará chupando o dedo. O Santos que o diga. Ainda bem que no caso do Neymar, a parte do leão parece ter ficado com o próprio pai dele, o “empresário”, o que talvez coloque um pouquinho de justiça nesse caso.
Hoje o futebol brasileiro tem três donos, ao que parece: os cartolas da CBF(quando os vejo em volta de uma mesa não posso deixar de lembrar da reunião dos chefões mafiosos do filme o Poderoso Chefão), os chamados empresários que andam pelo Brasil todo descobrindo os jovens talentos e contrabandeando-os para o exterior, e a Rede Globo, que compra os “direitos federativos” de tudo que é transmissão esportiva no país. As chamada "torcidas organizadas"são apenas um sub produto da promiscuidade que existe nessa zona festiva. Assim, trocar o Filipão por outro técnico, nacional ou internacional, é, como se disse, como trocar o sofá da sala. Será só uma questão de adivinhar quanto tempo ele vai durar no cargo. Por que o resto vai continuar tudo igual. Quem nasceu para corno, se não tem coragem de operar os chifres, faz dois furos no chapéu e continua a se divertir na zona. E as eleições vêm aí.
Não gosto de ficar falando de futebol. Mas é a bola da vez e não dá para ficar quieto. Âncoras são âncoras. Elas despertam memórias, recordações, comportamentos. Não se consegue escapar do reflexo condicionado. Vejo a cara do Murtosa e não posso deixar de me lembrar do Sarney. Olho para a cara da Regina Casé e não posso deixar de evocar a bruxa má do Leste, que vivia atormentando a menina Doroti , no clássico O Mágico de Oz. E a Regina Casé não faz por menos: azeda o domingo de qualquer um, como o Filipão, com aquela cara de Don Corleone, azedou o nosso último fim de semana. Olho para o povão nos estádios, com aquelas fantasias chifrudas e não posso deixar de sentir o quanto essa gente que comanda o futebol brasileiro vive nos enganando.
Mas voltando ao futebol, o Filipão está indo embora. Em outro artigo publicado aqui no Recanto eu o comparei ao sofá da sala, que o marido traído trocou assim que pegou a mulher dele transando com outro em cima dele. E é o que ele é. O sofá da sala é uma âncora ruim. O Filipão também. A gente olha para aquela cara dele, aquele bigodão de locomotiva “Maria Fumaça”, e logo se lembra do vexame do Mineirão e da vergonha do Mané Garrincha. E a gente se sente um menininho que acaba de sofrer “bullying” e não sabe como se defender.
Tudo bem, vamos trocar o sofá. Mas ninguém se lembrou ainda que foi a Lei Pelé(que nada mais é que a Lei Zico com algumas modificações) que quebrou as pernas do futebol brasileiro. Digo isso porque o Zico( alias, o Messi parece uma cópia escarrada dele. Joga um futebol bem parecido, grande futebol, diga-se, mas nunca ganhou nada para o país dele) vive metendo o pau no Pelé porque ele modificou a Lei que ele havia promulgado quando era Secretário dos Esportes. Depois dele veio o Pelé, com status de ministro, e deu um pitaco na lei que ele, Zico, havia bolado, e transformou o futebol brasileiro nessa zona festiva que é hoje. Aliás, os dois, o Zico e o Pelé deviam ficar restritos ao que eles sabem fazer muito bem. Como administradores eles são ótimos jogadores.
Antes da lei Zico/Pelé, os atletas praticamente pertenciam aos clubes. Diziam que eram como escravos dos clubes. Não tinham liberdade de contratar e isso feria a nossa Constituição libertária, democrática e humanista, que elevou o bandido a cidadão e fez do crime a profissão mais lucrativa do país. Então a tal lei os libertou. Revogou a chamada Lei do Passe e criou o chamado Direitos Federativos. E aí os atletas deixaram de ser escravos dos clubes e passaram a ser servos dos “empresários” e das empresas que “compram” os tais direitos federativos( diga-se a liberdade) do menino talentoso diretamente dos seus pais. Assim, quando aparece um Neymar da vida, pode-se ter certeza que vai ter sempre um empresário por trás do moleque, e o clube que o formou geralmente ficará chupando o dedo. O Santos que o diga. Ainda bem que no caso do Neymar, a parte do leão parece ter ficado com o próprio pai dele, o “empresário”, o que talvez coloque um pouquinho de justiça nesse caso.
Hoje o futebol brasileiro tem três donos, ao que parece: os cartolas da CBF(quando os vejo em volta de uma mesa não posso deixar de lembrar da reunião dos chefões mafiosos do filme o Poderoso Chefão), os chamados empresários que andam pelo Brasil todo descobrindo os jovens talentos e contrabandeando-os para o exterior, e a Rede Globo, que compra os “direitos federativos” de tudo que é transmissão esportiva no país. As chamada "torcidas organizadas"são apenas um sub produto da promiscuidade que existe nessa zona festiva. Assim, trocar o Filipão por outro técnico, nacional ou internacional, é, como se disse, como trocar o sofá da sala. Será só uma questão de adivinhar quanto tempo ele vai durar no cargo. Por que o resto vai continuar tudo igual. Quem nasceu para corno, se não tem coragem de operar os chifres, faz dois furos no chapéu e continua a se divertir na zona. E as eleições vêm aí.