Prometi, após a ação criminosa que tirou Neymar da Copa, não oferecer novos textos sobre a Copa, porém pede algumas palavras a derrota na semifinal.
Eu imagino que prejudicou completamente o sucesso da tão badalada seleção brasileira o espírito de torcedor o qual invadiu o país em 2013, no fim da Copa das Confederações.
Essa excessiva expectativa que denomino espírito de torcedor tomou conta da população e imprensa, gerando discursos absurdos os quais os fatos contestavam.
O hexa se tornou uma convicção irrefletida.
Vou tentar explicar!
Eu, através de dois textos (João e Maria), ironizei o empate que ocorreu quando enfrentamos o México. Li comentários com um tom agressivo.
Eu não fiquei aborrecido, respeito a exaltação natural dos torcedores. Afinal de contas, os torcedores possuem o espírito de torcedor.
Os torcedores, sempre apaixonados e exaltados, não estão interessados nos esquemas táticos, não ligam para a lógica, somente querem ver os gols e comemorar.
Tanto compreendi que comecei, então, a aliviar o meu discurso.
O tempo mostraria o óbvio.
O que era óbvio, Ilmar?
A seleção não jogou uma boa Copa, jamais tivemos a melhor equipe, seria injusto vencer a competição jogando dessa forma.
Um grupo jovem não precisa ficar triste sabendo disso. Há um futuro que possibilita preparar os jogadores para conquistas vindouras, mas o hexa parecia não vir.
Dizer que o Brasil seria hexa negava as evidências.
Depois do México, fizeram a maior festa porque o Brasil goleou...
O Brasil goleou...
Camarões.
Observando a enorme farra e a população esquecendo que o adversário foi Camarões, confirmei a força do espírito de torcedor prevalecendo.
Quase o Brasil cai fora encarando o Chile.
Uma fala de Galvão confirmou a incoerência dominando os corações.
“Tomara que tudo que daria errado tenha acontecido hoje!”
Caramba!
As “coisas” não ocorrem erradas motivadas por uma ação misteriosa, todavia os problemas acontecem revelando algo. Tudo o que, segundo Galvão, “deu errado” mostrava o despreparo e as limitações da seleção.
Se tais sinais aparecem enfrentando os chilenos, continuarão surgindo depois, com adversários mais difíceis, provando grandes desafios (por exemplo, uma semifinal).
Não adianta esconder a sujeira debaixo do tapete!
Veio a Colômbia, a ação criminosa tirando Neymar da Copa e o espírito de torcedor chegou ao grau máximo.
De repente a seleção não dependia de Neymar.
Como pode?
Dias antes Neymar criava a única esperança de desequilibrar e superar as deficiências notórias, agora a saída de Neymar não seria decisiva?
Ouvi, na véspera do jogo, dizerem “Vamos atropelar a Alemanha!”.
Comecei a escutar várias vezes:
“Os outros também não estão jogando bem.”
A conquista do hexa passou a ser a prioridade, custe o que custar.
Não precisa jogar bem, não interessa se a equipe merece ganhar, não é necessário convencer! Nada disso!
Não sei como, mas basta conquistar a Copa.
O povo pensando e desejando isso é muito compreensível. A imprensa absorver, defender e propagar esse discurso foi um ato irresponsável.
O espírito de torcedor seduziu e cegou a nossa imprensa. Acreditaram que a conquista da Copa das Confederações faria o Brasil levar a outra Copa, a principal, aquela a qual realmente vale. Desastrosa ilusão!
* Sobre a derrota, os jogadores devem superar serenos, pois, com uma preparação eficiente e sem fantasias, podem vencer a próxima Copa, em 2018, na Rússia.
Foi vergonhosa a goleada, contudo essa derrota (não houve eliminação) não precisava surpreender tanto.
Faltou alguém dizer aos torcedores as verdades.
O povo não errou. Ele nutre o espírito de torcedor.
Esperamos que o espírito de torcedor guie o torcedor.
A imprensa, de forma leviana, deixou de destacar os fatos, quis repetir opiniões bobas. Seguiram com o espírito de torcedor. Erraram feio.
Não esperamos que o espírito de torcedor guie a imprensa.
* Uma semana antes da Copa, Neto, no Canal Livre, programa o qual a Band exibe após o Pânico, disse:
_ Enfrentando a Alemanha, o Brasil vai precisar muito de Neymar, pois, se Neymar não jogar demais, não vai dar pra tirar o título dos alemães.
O comentário foi perfeito.
Infelizmente Neymar não pôde tentar o milagre.
Decidiu o bondoso destino livrá-lo de um vexame histórico.
Um abraço!
Eu imagino que prejudicou completamente o sucesso da tão badalada seleção brasileira o espírito de torcedor o qual invadiu o país em 2013, no fim da Copa das Confederações.
Essa excessiva expectativa que denomino espírito de torcedor tomou conta da população e imprensa, gerando discursos absurdos os quais os fatos contestavam.
O hexa se tornou uma convicção irrefletida.
Vou tentar explicar!
Eu, através de dois textos (João e Maria), ironizei o empate que ocorreu quando enfrentamos o México. Li comentários com um tom agressivo.
Eu não fiquei aborrecido, respeito a exaltação natural dos torcedores. Afinal de contas, os torcedores possuem o espírito de torcedor.
Os torcedores, sempre apaixonados e exaltados, não estão interessados nos esquemas táticos, não ligam para a lógica, somente querem ver os gols e comemorar.
Tanto compreendi que comecei, então, a aliviar o meu discurso.
O tempo mostraria o óbvio.
O que era óbvio, Ilmar?
A seleção não jogou uma boa Copa, jamais tivemos a melhor equipe, seria injusto vencer a competição jogando dessa forma.
Um grupo jovem não precisa ficar triste sabendo disso. Há um futuro que possibilita preparar os jogadores para conquistas vindouras, mas o hexa parecia não vir.
Dizer que o Brasil seria hexa negava as evidências.
Depois do México, fizeram a maior festa porque o Brasil goleou...
O Brasil goleou...
Camarões.
Observando a enorme farra e a população esquecendo que o adversário foi Camarões, confirmei a força do espírito de torcedor prevalecendo.
Quase o Brasil cai fora encarando o Chile.
Uma fala de Galvão confirmou a incoerência dominando os corações.
“Tomara que tudo que daria errado tenha acontecido hoje!”
Caramba!
As “coisas” não ocorrem erradas motivadas por uma ação misteriosa, todavia os problemas acontecem revelando algo. Tudo o que, segundo Galvão, “deu errado” mostrava o despreparo e as limitações da seleção.
Se tais sinais aparecem enfrentando os chilenos, continuarão surgindo depois, com adversários mais difíceis, provando grandes desafios (por exemplo, uma semifinal).
Não adianta esconder a sujeira debaixo do tapete!
Veio a Colômbia, a ação criminosa tirando Neymar da Copa e o espírito de torcedor chegou ao grau máximo.
De repente a seleção não dependia de Neymar.
Como pode?
Dias antes Neymar criava a única esperança de desequilibrar e superar as deficiências notórias, agora a saída de Neymar não seria decisiva?
Ouvi, na véspera do jogo, dizerem “Vamos atropelar a Alemanha!”.
Comecei a escutar várias vezes:
“Os outros também não estão jogando bem.”
A conquista do hexa passou a ser a prioridade, custe o que custar.
Não precisa jogar bem, não interessa se a equipe merece ganhar, não é necessário convencer! Nada disso!
Não sei como, mas basta conquistar a Copa.
O povo pensando e desejando isso é muito compreensível. A imprensa absorver, defender e propagar esse discurso foi um ato irresponsável.
O espírito de torcedor seduziu e cegou a nossa imprensa. Acreditaram que a conquista da Copa das Confederações faria o Brasil levar a outra Copa, a principal, aquela a qual realmente vale. Desastrosa ilusão!
* Sobre a derrota, os jogadores devem superar serenos, pois, com uma preparação eficiente e sem fantasias, podem vencer a próxima Copa, em 2018, na Rússia.
Foi vergonhosa a goleada, contudo essa derrota (não houve eliminação) não precisava surpreender tanto.
Faltou alguém dizer aos torcedores as verdades.
O povo não errou. Ele nutre o espírito de torcedor.
Esperamos que o espírito de torcedor guie o torcedor.
A imprensa, de forma leviana, deixou de destacar os fatos, quis repetir opiniões bobas. Seguiram com o espírito de torcedor. Erraram feio.
Não esperamos que o espírito de torcedor guie a imprensa.
* Uma semana antes da Copa, Neto, no Canal Livre, programa o qual a Band exibe após o Pânico, disse:
_ Enfrentando a Alemanha, o Brasil vai precisar muito de Neymar, pois, se Neymar não jogar demais, não vai dar pra tirar o título dos alemães.
O comentário foi perfeito.
Infelizmente Neymar não pôde tentar o milagre.
Decidiu o bondoso destino livrá-lo de um vexame histórico.
Um abraço!