ARTIGO – A seleção da FIFA – 06.07.2014
ARTIGO – A seleção da FIFA – 06.07.2014
Dos 23 atletas brasileiros convocados para a nossa seleção no atual Campeonato Mundial de Futebol, pasmem, apenas seis são de clubes de origem nacional, aí incluídos dois goleiros, o Vitor, do Atlético Mineiro, e o Jefferson, do Botafogo de Futebol e Regatas, do Rio de Janeiro. Juntam-se a esses o nosso centroavante Fred, do Fluminense e o Jô, também do galo mineiro.
Sendo um celeiro de craques o nosso extenso território nacional, permitam-me a franqueza, não aceito que o escrete brasileiro seja feito na base de 90% de jogadores que atuam em clubes do mundo inteiro, notadamente da Europa. Isso apequena os que aqui labutam nos campeonatos brasileiros das diversas séries, quais sejam A, B, C e D, e com isso as arrecadações são pequenas, a ponto de governos terem de patrocinar ingressos para a população, camuflados de “Todos com a Nota”, por exemplo, que pra mim é uma maneira de burlar o erário público. Ora, se o Estado está sofrendo com perdas de emprego e de faturamento como é que acha brecha para financiar clubes de futebol, em detrimento de atividades de maior relevância!
Mas o que quero mesmo sintonizar é a brutalidade com que o atleta colombiano Zúñiga partiu pra cima de nosso craque Neymar, na partida em que vencemos por 2 x 1, num sufoco fora de série, porquanto não tem mais aquele negócio de antes, quando goleávamos esses timinhos das Américas do Sul e Central, excluídos o Uruguai e a Argentina, que sempre foram páreos duros de roer. Ora, o Neymar ainda não tinha dominado a bola, estava de costas para o defensor colombiano, não havia qualquer perigo de gol, até por que a distância era enorme, portanto sem a mínima necessidade de entrar violentamente como fizera, a ponto de provocar uma fratura na terceira vértebra lombar daquele que era a nossa esperança maior de garantir a conquista do torneio.
Penso que a FIFA ainda não se pronunciou sobre a punição que vai impor ao jogador colombiano, até por que a seleção já foi eliminada da Copa. Mas se apenas uma mordida, cuja ferida eu nem cheguei a ver, aplicou uma penalidade exorbitante ao jogador uruguaio Suárez, nada mais resta do que expulsá-lo da disputa de qualquer jogo internacional, isso se quiser arriscar um palpite baseado na extensão e no resultado clamoroso que ele assumiu o risco de causar ao nosso Neymar. Penso que o pedido de desculpas não vai sensibilizar os dirigentes da Federação Internacional de Futebol Associação.
O fato de torcer contra o nosso escrete não inclui, de maneira alguma, concordar com atitudes criminosas como a que acabamos de presenciar. A quem interessaria tirar Neymar do nosso time é uma pergunta que ficará em aberto por muito tempo.
Fico por aqui.
Meu abraço.
Ansilgus.