ARTIGO - Brasil x Chile – 28.06.2014
 
Eu não pretendia escrever sobre esse jogo das oitavas de finais do Campeonato Mundial de Futebol. Todavia, é impossível ficar calado ante os acontecimentos milagrosos que beneficiaram o nosso escrete contra o Chile.
 
          Dizer que o Brasil foi melhor é querer desvalorizar a atuação do nosso adversário, que jogou brilhantemente, e tanto poderia perder como ganhar essa partida que foi na base da sorte, na disputa de penalidades máximas.
 
           O nosso goleiro Júlio César, que foi um fiasco na Copa de 2010, que por mim foi criticado de maneira forte, cerrada, hoje teve a felicidade de decidir em favor do Brasil, mas vamos e venhamos os atletas do Chile pecaram na execução das penalidades, e uma delas no travessão foi a decisiva para a vitória nacional. Aliás, o gol sofrido pelo nosso país quando do empate em 1 x 1 foi uma bola muito fácil de ser defendida pelo goleiro, diria um frangaço.
 
           Na verdade, disputa de pênalti é uma loteria, depende de fatores psicológicos e da pressão do momento. A bola na trave colocada pelo Chile foi a salvadora do nosso país, enquanto que a defesa do goleiro foi mera sorte, a bola foi jogada em cima dele. Mas na vida é preciso ter sorte para sobreviver, não que Deus tenha atendido às preces dos nossos dirigentes e representantes, porquanto Ele não se mete em futebol, notadamente para promover gente de péssima qualidade que dirige a nação, numa roubalheira fora de série.
 
          Torci pelo Chile, confesso, não contra a nossa terra, mas contra esses desmandos que ocorrem diariamente na área governamental, que só nos promove vergonha ante a população mundial. Torci desfavoravelmente a respeito de uma comissão técnica que fatura mais de quinze milhões por mês e de atletas que jogando no exterior deixam os nossos cabisbaixos, sem chance alguma de aparecer para o mundo. Torci contrariamente ao estrelismo e à mídia, que devidamente financiada, coloca o país num patamar que ele não tem e nem merece no concerto das nações que disputam essa competição. Torci a favor do meu dinheiro que esses malandros faturam e me deixam com dificuldades de pagar a prestação do meu carro e da escola das crianças, que absolutamente cara no momento atual; torci contra a condição que me é exposta de ficar recolhido à área de minha casa, sem poder ir às ruas, por falta de segurança; fui contra, em face da inflação que já começa a deplorar o salário do nosso povo; também contrário a que elementos condenados por crimes contra tudo e contra todos pudessem sair da cadeia e ser beneficiados por ministros de pouca inspiração para o cargo; fui contrário também aos gastos exorbitantes que oneraram o erário público, quer em nome de uma condição que não temos, quer em favor de mais uma campanha política para reeleger a atual presidente da república.
 
          Finalmente, torci contra porque tenho vergonha na cara e não posso coabitar com gente de péssima categoria, mas fiquei com pena dos brasileiros que gastaram tanto para verem essa Copa que, a depender das arbitragens, será francamente nossa, sem qualquer dúvida.
 
       Não quero me alongar muito, até porque o nosso escrete não jogou o suficiente para que eu perdesse meu tempo em comentários que, normalmente, ninguém tem saco pra ler. De uma coisa estou absolutamente certo: O Brasil não fez gol algum durante a partida, o tempo regulamentar, todavia ganhou o jogo, porque quem marcou o tento foi um zagueiro chileno contra suas próprias redes.
 
 
Fico por aqui... meu abraço...
 
Ansilgus.
 
ansilgus
Enviado por ansilgus em 28/06/2014
Reeditado em 28/06/2014
Código do texto: T4862061
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