ABERTURA COPA 2014
Descontando-se a pobreza estética de adereços, indumentárias e das coreografias dos integrantes do espetáculo; os bailarinos e bailarinas com seus movimentos de escassa sincronia; a simploriedade dos lugares-comuns, já tão batidos e rebatidos em tantas outras ocasiões, escolhidos para ilustrarem a “diversidade cultural” do país; o gosto bastante duvidoso da escalação de Cláudia Leite, Jennifer Lopez e do tal de Pitbull, em suas indumentárias bregas beirando o ridículo, para protagonizarem um recado “musical” para o planeta, pasme-se, em Play Back; o cartão “amarelo” (quase vermelho) sutilmente dado pela FIFA ao grande cientista brasileiro Miguel Nicolelis e equipe, boicotando melhor visibilidade do seu “Projeto Exoesqueleto” que deveria ter sido um dos pontos mais altos da “abertura”, descumprindo essa entidade (FIFA) acordo prévio que havia nesse sentido e assim impedindo maior visibilidade nacional e internacional da emergente ciência de ponta brasileira; de outras tantas falhas aqui, ali e acolá; a apresentação em campo apenas mediana da seleção brasileira, favorecida pelo juiz em mais de uma situação, sobretudo no caso do falso pênalti que resultou no segundo gol; descontando-se isso tudo e mais um pouco, o primeiro dia da Copa 2014 representou um êxito inicial do evento e, ao que parece, salvo qualquer coisa muito fora de série que venha a ocorrer, tudo transcorrerá dentro do razoável até seu final. Resumo da ópera: Não gostei da abertura. E daí? Nós brasileiros não somos perfeccionistas em grande parte das coisas, embora eficientes em muitas, porque teríamos que ser obrigatoriamente perfeitos na realização de um mega evento futebolístico?
Nelson S Oliveira