O TOMBO FOI GRANDE
Lá na minha terra tombo quer dizer queda. Significa ter obstáculos, cair, espatifar. foi o que aconteceu com Corinthians e São Paulo neste ano de 2014.
O ano começa de forma surpreendente para o futebol profissional do país, especialmente para o futebol paulista.
Como é ano de Copa do Mundo esperamos que esses maus presságios que estão assombrando os grandes clubes não sejam refletidos na atuação do selecionado Canarinho.
Primeiro foi o Corinthians que embora tenha um plantel de respeito e com grandes jogadores não conseguiu se classificar no Campeonato Paulista, cuja situação gerou pequena crise visto que o time do Parque São Jorge, com a desclassificação terá que esperar o mês de abril para entrar em campo novamente, desta vez pelo Campeonato Brasileiro.
Ontem foi o tricolor paulista que deixou escapar a classificação. O episódio está rendendo ‘cornetagens’. Juntaram-se a pena com um lenço gerando a lembrança do PENAPOLENSE. A pena é do Ganso e o lenço é do Juvenal Juvêncio para enxugar o choro pela desclassificação.
Quanto ao Corinthians podemos dizer que o time entrou naquela teia do após títulos. Ou melhor, jogadores valorizados e com contratos estendidos no clube ficam frustrados por não poderem sair e aproveitar o momento para assinar com clubes que pagam mais. Além disso, vem o desgaste natural em face da perda da motivação que até então ‘dava o gás’ para o esforço físico. Assim, a competição regional não tem o mesmo status da Copa Libertadores e do Campeonato Brasileiro e os jogadores acabam entrando em campo por obrigação e não por diversão.
Quanto ao São Paulo eu acho que chegou a hora de o Rogério Ceni sair de cena. É um ídolo do time, mas hoje, como jogador, ele influi em tudo o que acontece no clube e isso, a meu ver, prejudica o elenco. Acho que hoje ele confunde suas atribuições. Ele se tornou mais que um jogador. É alguém que os outros atletas acabam ouvindo mais que o treinador. Isso é perigoso e pode causar traumas no coletivo.
Já o Santos Futebol Clube que eu tinha uma expectativa negativa com a saída de Neymar continua dando exemplo aos grandes clubes sobre a importância do investimento na base. Deu ‘uns escorregões’ no início ao apostar em jogadores que camuflavam o talento. Neilton e Vitor Andrade que a Diretoria vinha valorizando e tentando dar conforto ao torcedor (para amenizar a perda com a saída do grande ídolo Neymar) não conseguiram deslanchar e a coisa ficou bem ‘negra’ no final do ano passado e no início deste ano.
Mas aí veio a força do conjunto e a necessidade de se dar oportunidades a outros nomes que também eram da base. Deu certo porque subiu um bom número de jogadores que hoje, mesmo com pequenas participações, já estão produzindo resultados. Graças a Deus ficamos livres de Durval e Cia. Esses jogadores mais veteranos já estavam em fim de carreira e vinham demonstrando o declínio desde a final do Mundial contra o Barcelona.
Entretanto, o PEIXE precisa ainda de alguns ajustes já que o time deixa o adversário jogar, em face do esquema tático montado ofensivamente. Ficam muitos espaços dentro de campo para a evolução do adversário, principalmente no meio de campo. A não ser por isso o time está sobrando do campeonato. É a equipe com o maior número de gols e levou pouco. Tem tudo para ser campeão paulista. Mas, convenhamos as coisas ainda estão em andamento e falta chegar à final, porque na semifinal já garantimos nosso passaporte. Se for o acaso de chegarmos à final com o Palmeiras vai ser o ‘duelo’ das duas melhores equipes do campeonato.