FUTEBOL X VIOLÊNCIA

Ontem foi a última rodada do brasileirão Série A de 2013. O campeonato poderia ter acabado de forma melancólica para alguns times, de forma dramática para outros e de forma festiva para os que obtiveram título e classificação para competições continentais do ano que vem. PODERIA.

Cabe acrescentar: acabou, e de forma vergonhosa, para outros (Atlético Paranaense e Vasco da Gama em virtude da violência de parte de seus torcedores). Mais: dos vinte clubes que compuseram a Série A de 2013, nada menos que dezoito segundo um auditor do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), tiveram episódios de violência protagonizados por seus torcedores. 90% dos clubes, portanto.

Como sempre ocorre nessas ocasiões a imprensa fez estardalhaço, houve repercussão negativa nos principais jornais mundo a fora, em função até da realização da Copa de 2014 em nosso país e as costumeiras promessas furadas de punições severas aos vândalos, aos clubes e um caminhão de etc. Algo vai ocorrer? Perguntem ao Papai Noel.

Lembro ainda o episódio ocorrido no estádio Mané Garrincha em Brasília envolvendo torcedores do próprio Vasco e do Corinthians, ocasião em que foi flagrado participando da pancadaria um dos doze “anjos de Oruro” e mais um vereador de uma cidade do entorno de São Paulo. Nada ocorreu até hoje quanto a punições. Algo vai ocorrer? Perguntem ao Papai Noel.

Poderia ficar aqui citando exemplos às enxurradas, mas não pretendo alongar-me muito nesse blablablá. Fica a perplexidade de quem ama como eu, o futebol; de quem ama um clube, o Flamengo. E um pedido aos setores envolvidos no negócio futebol: não deixem que facções fascistas contaminem um esporte que é amado por milhões.