Justiça no Futebol: Atores em cena
Ronaldinho Gaúcho tem mostrado cada vez mais seu belo futebol, e tudo que seu bom rendimento pode proporcionar ao clube Atlético Mineiro, exatamente o que não fez após seu triste episódio no Flamengo. Ele veio para Minas e foi coroado como rei, e assim se sente entre a torcida, já que o clube não passava por boa fase e o meia recuperou as esperanças de conquistar títulos importantes, a tempos ou nunca conquistados.
Mas o atleta tem pecado em um aspecto: Seu comportamento em campo. Já a algum tempo vem cometendo faltas pesadas e sua principal cena é a simulação; é, Ronaldinho adora se fazer de vítima nos gramados. Assim como fez no Jogo da Libertadores contra o São Paulo, quando aos 40 minutos do segundo tempo fez um movimento com os dedos no pescoço do volante Wellington (como se fosse fura-lo), com isso o volante cai ao chão e o infrator age como se não houvesse provocado a irritação do agredido.
No jogo final do Campeonato Mineiro, Ronaldinho cabeceia o volante Leandro Guerreiro e cai ao gramado reclamando de um possível puxão de cabelos. Inteligentemente o árbitro o adverte com cartão amarelo por simulação, sem direito a reclamação. Outra atitude passível de repercussão é o desfecho da comemoração do seu gol de pênalti, após
concluir o "trenzinho da alegria", Ronaldinho se posiciona frente a torcida do time do cruzeiro e gesticula jogar uma bomba entre os torcedores, imita sons de uma explosão e logo após sai correndo. Sobre a brincadeira da explosão da bomba, acredito que para ser ídolo em seu clube não é necessário agredir a torcida rival ou incitar uma revolta contra sua figura pública. O mesmo não pensa nosso querido Gaúcho.
Em contra partida um exemplo de jogador respeitável é o atacante do Santos, Neymar, que no jogo do ano passado do campeonato Brasileiro goleou o Cruzeiro e saiu aplaudido pelo seu belo futebol e seu respeito pelo time e pela torcida. Não precisou de encenar faltas, ao menos foi grosseiro em suas comemorações, fez o papel de goleador sem ofender um único expectador.
Existem ídolos e ÍDOLOS, e ser um bom jogador inclui ser também um jogador ético, e Ronaldinho está fugindo desses padrões de respeito aos companheiros de gramado e torcidas rivais.
Aguardo ansiosa seu próximo espetáculo e espero que a arbitragem puna corretamente suas possíveis infrações, só assim poderemos acabar com essa ideia de que alguns jogadores tem privilégio sobre outros e nos valermos do critério primordial: a justiça.