GARRINCHA: O INESQUECÍVEL TORNOU-SE ESQUECÍVEL ?

Ele sem dúvida ficou marcado na história do povo brasileiro, mas muitos já não se lembram da sua trajetória ou por que alguns eram jovens demais e nem tiveram a oportunidade de conhecê-lo e nasceram anos depois do seu falecimento. Ele se foi, e muitos nem o conheceram e 30 (trinta) anos após a sua morte quando perguntam sobre sua história poucos sabem descreve-lá. Só a velha jovem guarda dos anos: 40,50,60 que trazem muitas recordações daquela época nostálgica e dribles que ficaram marcados são eles que conhecem a fundo à história de Manuel Francisco dos Santos, mais conhecido como Garrincha ou simples Mané Garrincha. Nasceu em 20/10/1933, no município de Pau Grande na cidade do Rio de Janeiro/RJ. Começou a jogar profissionalmente no time do Esporte Clube Pau Grande e foi quando um ex-jogador do Botafogo o levou para jogar no Botafogo F.R. no Rio de Janeiro, onde o Botafogo na época pagou uma quantia de 500 cruzeiros o equivalente U$$ 27 dólares (foi considera a menor transação do futebol mundial a um jogador do porte de Garrincha) em uma passagem extraordinária atuou 579 jogos e marcou 249 gols com a camisa alvinegra. Assim se tornava famoso pelos seus dribles mágicos e pela forma como jogava o antigo ponta direita que nenhum zagueiro ousava marca-lo. Dessa forma encantando a plateia ele ganhou a chance de jogar pela Seleção Brasileira pelo qual atuou em 60 partidas e obteve 52 vitorias e sete empates (segundo rumores quando Garrincha e Pelé atuavam juntos jamais a Seleção Brasileira perdeu) disputou as copas de 1958 (Suécia), 1962 (Chile), 1966 (Inglaterra). Conquistou o Bi-Mundial em 1958 e 1962 no título Mundial em 1958 na Suécia, a Seleção Brasileira ainda tinha o privilégio de contar com outros grandes jogadores como: Gilmar Dos Santos Neves, Nilton Santos (a enciclopédia do futebol), Zito, Pelé e Zagallo. E ainda por cima, não conquistou somente jornalistas e públicos, mas muitas mulheres. Na copa de 1958, por exemplo, teve um efêmero relacionamento com uma sueca que gerou desse fruto um filho. Na verdade Garrincha segundo relatos teve 13 filhos, oito no primeiro casamento com Nair, um casal com Iraci, mais dois em Estocolmo, na Suécia, e um filho, já falecido, com a cantora Elza Soares. O que ficou marcado mesmo foi à forma com que Garrincha deixava os jornalistas abismados, na copa de 1958 quando o Brasil venceu a Inglaterra nas quartas de finais os jornalistas ingleses se rederam ao talento do Gênio brasileiro publicaram o seguinte texto em seu jornal: “ Mané Garrincha é um extraterrestre." No entanto, nem tudo na vida de Garrincha foi “flores” sentiu o ápice do sucesso onde toda pessoa famosa gostaria de sentir, mas também sentiu o amargo da decadência no final de sua carreira. O álcool tornou-se parte de sua vida e assim em consequência desse fator já não tinha mais nada, a não ser a sua fama. Como passava pelo momento difícil em sua vida. Em dezembro de 1973, a Seleção Tricampeã, se reuniu para jogarem um jogo amistoso contra o Uruguai no maracanã em homenagem a ele e como forma também de angariar a renda da partida para ajudar ele sua família. O que apenas amenizou a sua situação. Garrincha já não tinha patrimônio algum, deixou dividas e a sua vida se encurtava cada vez mais se entregando ao álcool. Em 20/01/1983, no Rio de Janeiro/RJ veio a falecer em consequência de um edema pulmonar. Dessa forma deixando milhares de brasileiros entristecidos e ao mesmo tempo tirando a alegria do povo que por algum momento sorriu e se divertiu com sua genialidade. Não poderia ser diferente o seu enterro foi no maracanã palco que dava seu espetáculo. Para sua homenagem um trecho retirado da internet demonstra gratidão à Garrincha pela sua genialidade: Eternamente admirado, foi homenageado o poema O Anjo de Pernas Tortas, de Vinícius de Moraes, o documentário Garrincha, Alegria do Povo, de Joaquim Pedro de Andrade, a biografia Estrela Solitária, de Ruy Castro, e os versos de Carlos Drummond de Andrade: "Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobre tudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios.(...)" Hoje após 30 ( trinta) anos de sua morte (que completou no final de semana passado) o seu nome parece ter caído em esquecimento tudo que ele conquistou com a sua fácil genialidade foi repentinamente evaporado, mas a certeza de que um homem que não pediu nada a esse povo sofrido pode ver o talento desse gênio que encantava a cada partida. Não senhores, Garrincha não morreu, enquanto existirem: gerações para contarem a sua historia: como pais e avós ele nunca morrerá por que sempre vai haver alguém a contar quem foi o “Mané” o homem da mística Camisa 7 do Botafogo que tiveram a oportunidade de vestir jogadores como: Jairzinho “o furacão da copa de 70”, Mauricio e Túlio Maravilha. O que talvez faça falta e à sua presença que se estivesse vivo completaria 70 (setenta) anos de idade. Um verso de Carlos Drummond de Andrade expressaria bem a tristeza do povo brasileiro em não ver mais Garincha; “Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho."

Fabricio Ferreira
Enviado por Fabricio Ferreira em 06/02/2013
Código do texto: T4125527
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.