OS CULPADOS DE SEMPRE

É sempre a mesma história. Desde muito tempo, quando os times de futebol do Brasil começam a perder as partidas, seja de que forma for, seja que time for, a culpa recai sobre os técnicos, tenha ele o nome que tiver.

Já passou da hora dos pseudo-dirigentes do futebol brasileiro entenderem que, muitas das vezes, a culpa é dos jogadores, ou porque não assimilam as determinações do técnico, ou porque não querem fazer o que por ele foi determinado, por birra, sei lá, ou ainda porque, realmente, são verdadeiros cabeças-de-bagre.

A verdade é que aqueles dirigentes, para dar uma resposta aos torcedores, têm que arranjar um culpado(?) e, neste sentido, é mais fácil culpar o técnico, sendo mais fácil, prático e barato demití-lo a mandar o time inteiro embora.

O que falta aos pseudo-dirigentes do futebol brasileiro é coragem para admitir que quem tem que ser demitido, muitas das vezes, são eles próprios, ou porque nada entendem de futebol, ou porque não sabem o que é dirigir um clube, ou ainda porque deixam que o torcedor dentro de si mesmos ditem as normas.

Vejamos o caso recente do time do Flamengo, que dizem ser o time de maior torcida do Brasil. Há controvérsias. O Vanderley Luxemburgo foi demitido logo depois de querer punir o Ronaldinho Gaúcho (R10) por indisciplina na concentração, em Londrina, no Paraná. Em seguida a Presidente (?), Patrícia Amorim, contrata o "Papai" Joel Santana, mas a equipe continua a mesma e deu no que deu com o time não chegando nem às semi-finais do Campeonato Carioca.

Nesta semana, o Presidente do São Paulo demitiu o técnico Emerson Leão. Será que ele teve culpa na perda da vaga para a final da Copa do Brasil na segunda partida contra a equipe do Coritiba?. No primeiro jogo, em São Paulo, o time fez um gol e perdeu quatro gols, daqueles chamados feitos. Afinal, o técnico não entra em campo para jogar.

Admito até que o técnico, algumas vezes, é culpado por uma derrota por ter feito uma substituição errada, mas, no geral, o técnico confia nos jogadores que ele coloca em campo, não raro, até por não ter opções no banco, acabando por o tiro sair pela culatra.

O folclórico técnico de futebol Oto Glória disse certa vez que "se o time ganha o técnico é bestial, se perde é uma besta". Esta frase dita por ele num momento singular, acabou virando pano de fundo para os maus dirigentes justificarem a demissão do técnico, quando o seu time não está fazendo uma boa campanha em qualquer competição.

Cabe lembrar que não sou técnico de futebol, sendo apenas um admirador deste esporte como a maioria dos brasileiros e, como todos, tendo o meu time de coração, é claro, que não é o Flamengo e nem o São Paulo.

Portanto, acho que tem que se avaliar não só o técnico, como também os jogadores e, principalmente, quando o seu time estiver muito mal das pernas, os pseudo-dirigentes, que, muitas das vezes, fazem dívidas faraônicas, contratando jogadores que não correspondem ao investimento feito e, depois, ao término de suas gestões, vão embora, não acontecendo nada com eles, e tendo o Clube que arcar e assumir as lambanças que fizeram.

É chegada a hora de se punir, efetivamente, os maus dirigentes do futebol brasileiro!

Selucreh
Enviado por Selucreh em 30/06/2012
Reeditado em 01/07/2012
Código do texto: T3753157