Nivelamento Por Baixo

O campeonato brasileiro de futebol de 2011 está, definitivamente, nivelado por baixo. Isso pode ser facilmente notado pelo fato de equipes com grife ganharem jogos importantes, por vezes clássicos e, posteriormente, tropeçarem em equipes de pouca expressão. Então, os resultados ocorrentes demonstram incoerência em relação a rendimentos pregressos recentes.

Não há, na crônica esportiva, opinião precisa sobre quem levantará o caneco este ano. Há, apenas, uns “achismos” de todos. Poderia se dizer que isso é resultado do alto nível de competitividade que se aufere. Realmente, fazendo uma análise das pontuações, observa-se que a “pelea está caliente”. No entanto, esta análise se mostra muito objetiva, ou seja, baseia-se apenas na pontuação apertada que se tem. Sendo assim, não há clube (s) com feição de vencedor, com ar de campeão. Não há time regular.

Pelo momento atual do campeonato, fazer um prognóstico para um jogo entre um dos líderes e um dos postulantes a segunda divisão se tornou bastante arriscado. A emissão de opinião acerca de possíveis resultados tem derrubado muito expert em futebol. E é a partir dessa constatação que se nota o nivelamento por baixo da competição. A partir do momento em que não se pode dar como certa, por antecipação, uma vitória de um líder sobre um dos últimos colocados, vê-se que não há grandes destaques positivos a serem exaltados no ano. Obviamente que ninguém deve ser prepotente o suficiente para garantir uma vitória. Todavia, pela lei das probabilidades, os resultados esperados deveriam acontecer com bem mais freqüência.

Sob uma ótica externa aos vestiários, parece haver uma apreensão, um temor, tomando conta de todos os clubes de ponta da competição. Ninguém está ousando assumir o papel de protagonista e, a partir desta característica, de favorito. Todos estão obcecados pelo papel de coadjuvantes. Portanto, o campeonato de um grande time, de um grande jogador, mostra-se frustrado em 2011. A taça da competição, sentindo-se desprestigiada, aguarda ansiosamente pela equipe menos ruim, para erguê-la.