RESGATE DA MEMÓRIA DO VELHO RENA
Por iniciativa do juiz de direito, Dr. Geraldo Rogério, reuniram-se alguns ex-jogadores de futebol daqui de Belo Horizonte, alguns até com passagens pelo Atlético e pelo Cruzeiro, como Danival, Hilton Oliveira, Piazza e Buião, a fim de prestar homenagem ao meu mano Silvinho, o popular “Beiçola”, ex-Cruzeiro, Nacional de Uberaba, Vasco da Gama carioca, América/MG, Vila Nova/GO e Fortaleza.
Encontramo-nos no saudoso “Estadinho dos Eucaliptos”, o antigo campo do ESPORTE CLUBE RENASCENÇA, onde o “Beiçola” deu seus primeiros chutes na pelota, criança ainda dos seus oito anos, ele, o mano-maestro Aécio Flavio e eu, que também joguei na equipe de petizes e depois infanto-juvenil do famoso clube tecelão, bem como várias pessoas amigas do Silvinho, todas admiradoras do futebol e “peladeiros” de ocasião.
Esses amigos foram chegando, Roberto Rocha (“Bar do Rocha”), Cel. Marcelo dos “Bombeiros”, Garcia e outros (faltou o Teixeira, a memória viva e dono do maior acervo cultural sobre o ESPORTE CLUBE RENASCENÇA) , a maioria bastante emocionada após vários anos sem se ver, o papo rolava descontraído, algumas latinhas de cerveja sendo distribuídas aos apreciadores, o “Beiçola” todo animado, quando adentrou o recinto o Professor Ricardo, Diretor do Campus da “UNIVERSO”, a universidade do Senador Wellington Salgado, cujo grupo é proprietário da antiga fábrica de tecidos hoje transformada num belo estabelecimento de ensino superior, bem como do antigo campo de futebol que faz agora parte do campus universitário.
O Professor Ricardo, simpaticão, foi apresentado a todos, deu-nos as boas vindas e conversou bastante conosco, inteirando-se dos motivos daquele evento singular. Aí o Dr. Geraldo Rogério chamou o “Beiçola” ao centro do gramado, onde já estavam os “atletas” reunidos e uniformizados, abrindo a homenagem e fazendo breve relato da carreira do mano Silvinho.
A seguir, o Silvinho, muito emocionado, falou aos “jogadores” em volta, contou algumas passagens suas pelo “Renascença”, com aquela veia humorística que lhe é peculiar e, no final, chorou em catadupas abraçado ao seu anfitrião. Deu o “kick-off” e a bola rolou em seguida, num incrível festival de caneladas.
Aproveitei a ocasião para dar uma volta em torno de todo o estádio, com o meu filho primogênito, o Professor Cássio Gonçalves do Rêgo (UFMG), apontando-lhe os locais onde eu, meninote dos dez, onze anos, brincava, pegava passarinhos em arapucas, aprontava as minhas estripulias e a antiga sede social do “RENA”, onde dançávamos os maravilhosos bailes da nossa adolescência, os “Anos Dourados”. Foi ótimo e muito gratificante, pois revi amigos e matei a saudade daquele recanto. Parabéns aos organizadores e ao Professor Ricardo, da “UNIVERSO”, pela recepção.
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B.Hte., 17/07/11