ROMARINHO, O PEGADOR!

 

"Peguei oito mulheres nessa noite. Não tenho compromisso com ninguém, então não tem problema", diz Romarinho, para em seguida comparar o seu estilo pegador com o do pai. "Acho que eu também sou (pegador). Não sei quantas mulheres ele já pegou e também não sei quantas eu peguei. Ele era bom, mas eu tô aí também. Estou chegando...".

 

Essa pérola dispensa comentários. Talvez dos fanáticos do futilbol, não. Certamente dos entusiastas da educação, dos que querem um país decente e que defendem as mulheres fora da lógica da cama e mesa, dispensa comentários.

Essa pérola foi divulgada em vários jornais e nos principais sites de noticias como o TERRA. Como no mês de março se comemora o dia Internacional da mulher, seria bom que os movimentos feministas divulgassem em seus EVENTOS mais essa “encíclica” de sabedoria e respeito àS mulheres.

Quando é que essa corriola vai entender que mulher não é objeto de cama e mesa, ao ponto de ser pega, qual se pega um objeto?

O que Bruno (do Flamengo) fez com a mulher é pouco?

O que Edmundo (O Animal) fez com as mulheres não é pouco?

O que muitos jogadores famosos continuam fazendo de ruim com as mulheres, sem que saibamos, não é pouco? Outros também fazem? - Sim e muito, mas é dos jogadores famosos que falamos, pois os anônimos mesmo fazendo até pior, não vendem jornais nem aumentam o ibope das TVs.

Certamente dirão que a culpa é das mulheres. Em tese sim, se o ditado popular se confirmar no sentido de que “dois não brigam se um não quiser”. Mas esse simplismo não justifica um contexto de preconceito e discriminação que joga em cima das mulheres, sem considerar que agora há muitas exceções; sem considerar que os tempos mudaram; sem considerar que mulher é gente com gosto e com vontade; sem considerar que antes de ser “pegada” a mulher gosta de ser amada. Quando “pegada” sem amor, mesmo assim, a mulher quer ser respeitada.

É por isto que essa inversão de valores tem que ser combatida por todos. Para que um dia os nossos jogadores de futilbol possam ser do futebol o exemplo e que, quando alguma mulher incauta se dispuser a ser “pegada qual Geni” por alguns deles disputando a coleção de “ficadas”, pelo menos haja dignidade no “calar a boca” sobre elas em respeito às mulheres dignas deste país.

Como perguntar não ofende: Por que tanta babaquice Romarinho? Neste caso, filho de gato é gatinho?