Conversa Entre as Pernas, rs,rs,rs...
Não parece, mas é sobre futebol mesmo!!!
Voltei a jogar. Em “Punição dupla”, reclamava das regras de nossa pelada. Atendendo reivindicações, acabaram com a morte súbita e estamos lá de novo. No futebol society desta quinta-feira 14/10, nas últimas três partidas de 10 minutos cada, por mera coincidência, formou-se um time de primeira (*), do qual o atleta aqui era parte integrante. Servindo mais que garçom, joguei de pivô. Houve até protesto pela visível disparidade entre as equipes, que daquele momento em diante se enfrentaram. Mas fazer o que? O jogo já estava terminando mesmo e assim ficou. Esta noite foi memorável. Estava ótima. Muitos passes e gols, confesso mesmo que até exagerei um pouco nos piques. No dia seguinte, encaminhando-me ao trabalho, dei com minhas pernas num converseiro danado entre si. E olha que pensava já ter visto e ouvido de tudo o quanto é conversa; fiada, afiada, afinada, de pé de ouvido, etc., etc., esta, juro que desconhecia. Gravei no celular. Vou reproduzir pra você. Vem comigo:
- ôh canhota; escuta aqui: nosso digníssimo jogou bola ontem e se esbaldou. Correu, driblou, chutou muito e cada petardo, como nunca vi.
-Canhota: menina, nem te conto. Também notei, mas como freqüenta mais a sua praia, pra isso, me usa só em último caso. Agora correr, ele correu demais. Respondendo a seu colega que lhe fez esta observação, ele disse que sentia-se mais leve e solto por ter raspado a cabeça e por estar com meias lisas, diferentes daquelas bordadas em alto relevo, que provocam maior atrito com o ar. Por isso correu mais, nos momentos em que o jogo lhe exigiu maior velocidade.
-Destra: hoje que eu iria relaxar, causando-lhe uma dorsinha aqui, outra ali, vem ele trabalhar com uma botina pesada, que não vejo outra saída, senão esperar a noite, pela hora de deitar. Gozado! Raspar cabelo, etc., isso me parece mais uma prova de natação.
-Canhota: pra mim, isso é frescura mesmo. Também tô com esse botinão de dois quilos na caneta, minha filha. E ele tá que sobe e desce escadas com uma papelada na mão, num desassossego sem fim. Sabe o que disse pro Zé Antônio, zagueiro cracão de bola, que fazia parte do time de ontem?
- Não; o que foi? – respondeu a destra.
-Canhota: disse que isso é uma estratégia de que faz uso já há algum tempo e que tem dado excelente resultado.
-A outra: que estratégia?
-Canhota: seguinte: num dia ele joga bola; n’outro, quando as pernas pensam que vão dar “pití” e por menos esperam, ele passa o dia inteiro calçado de botinas. No terceiro dia, aí sim. Aí ele calça seu tênis preferido e pra quem tá há dois dias consecutivos sobrecarregada, acaba por sentir-se descansada, como se nada de extravagante tivesse acontecido.
-Destra: isso me cheira filosofia de butequim. A sorte é que a pelada é só as quintas – feiras.
- O que? Esqueceu que quando não tem bola, tem bicicleta? – disse a outra.
-Destra: prefiro. Pelo menos agente passeia. Quem não deve gostar muito é o sô Genê.
-Canhota: que sô Genê é esse?
-Destra: esse coroa que mora aí no andar de cima.
-rs,rs,rs. Incrível: cê não pede uma chance – disse canhota, morrendo de rir. Azar é dele. Ele não é quadrado, ele que se vire - observou. Agora tem uma coisa: se você tá pensando só em moleza, pode ir tirando o cavalinho da chuva – como dizem os homens. A conversa que ouvi é a de que o home num aposenta tão cedo. Aliás, não só de serviço. Não aposenta é de coisa nenhuma.
-Destra: nem daquilo?
Nem daquilo. - respondeu canhota.
Tem nada não. Deixa esse neguinho ir abusando. À qualquer hora dessas, agente prega-lhe uma peça daquelas.- falou destra.
Voltando ao futebol, aquele time (*) foi composto por: Zé Luiz no gol (mecânica), André (visitante) - sobrinho Márcio Magalhães, Zé Antônio ( mecânica), Luciano ( copiadora) e Zé Afonso (mecânica).
Aí véi; dá pra encarar o time do Paraná que disputou a copa das empresas de engenharia pela ECM. Que cê acha? - falou destra.
É uma! - disse canhota.
Não parece, mas é sobre futebol mesmo!!!
Voltei a jogar. Em “Punição dupla”, reclamava das regras de nossa pelada. Atendendo reivindicações, acabaram com a morte súbita e estamos lá de novo. No futebol society desta quinta-feira 14/10, nas últimas três partidas de 10 minutos cada, por mera coincidência, formou-se um time de primeira (*), do qual o atleta aqui era parte integrante. Servindo mais que garçom, joguei de pivô. Houve até protesto pela visível disparidade entre as equipes, que daquele momento em diante se enfrentaram. Mas fazer o que? O jogo já estava terminando mesmo e assim ficou. Esta noite foi memorável. Estava ótima. Muitos passes e gols, confesso mesmo que até exagerei um pouco nos piques. No dia seguinte, encaminhando-me ao trabalho, dei com minhas pernas num converseiro danado entre si. E olha que pensava já ter visto e ouvido de tudo o quanto é conversa; fiada, afiada, afinada, de pé de ouvido, etc., etc., esta, juro que desconhecia. Gravei no celular. Vou reproduzir pra você. Vem comigo:
- ôh canhota; escuta aqui: nosso digníssimo jogou bola ontem e se esbaldou. Correu, driblou, chutou muito e cada petardo, como nunca vi.
-Canhota: menina, nem te conto. Também notei, mas como freqüenta mais a sua praia, pra isso, me usa só em último caso. Agora correr, ele correu demais. Respondendo a seu colega que lhe fez esta observação, ele disse que sentia-se mais leve e solto por ter raspado a cabeça e por estar com meias lisas, diferentes daquelas bordadas em alto relevo, que provocam maior atrito com o ar. Por isso correu mais, nos momentos em que o jogo lhe exigiu maior velocidade.
-Destra: hoje que eu iria relaxar, causando-lhe uma dorsinha aqui, outra ali, vem ele trabalhar com uma botina pesada, que não vejo outra saída, senão esperar a noite, pela hora de deitar. Gozado! Raspar cabelo, etc., isso me parece mais uma prova de natação.
-Canhota: pra mim, isso é frescura mesmo. Também tô com esse botinão de dois quilos na caneta, minha filha. E ele tá que sobe e desce escadas com uma papelada na mão, num desassossego sem fim. Sabe o que disse pro Zé Antônio, zagueiro cracão de bola, que fazia parte do time de ontem?
- Não; o que foi? – respondeu a destra.
-Canhota: disse que isso é uma estratégia de que faz uso já há algum tempo e que tem dado excelente resultado.
-A outra: que estratégia?
-Canhota: seguinte: num dia ele joga bola; n’outro, quando as pernas pensam que vão dar “pití” e por menos esperam, ele passa o dia inteiro calçado de botinas. No terceiro dia, aí sim. Aí ele calça seu tênis preferido e pra quem tá há dois dias consecutivos sobrecarregada, acaba por sentir-se descansada, como se nada de extravagante tivesse acontecido.
-Destra: isso me cheira filosofia de butequim. A sorte é que a pelada é só as quintas – feiras.
- O que? Esqueceu que quando não tem bola, tem bicicleta? – disse a outra.
-Destra: prefiro. Pelo menos agente passeia. Quem não deve gostar muito é o sô Genê.
-Canhota: que sô Genê é esse?
-Destra: esse coroa que mora aí no andar de cima.
-rs,rs,rs. Incrível: cê não pede uma chance – disse canhota, morrendo de rir. Azar é dele. Ele não é quadrado, ele que se vire - observou. Agora tem uma coisa: se você tá pensando só em moleza, pode ir tirando o cavalinho da chuva – como dizem os homens. A conversa que ouvi é a de que o home num aposenta tão cedo. Aliás, não só de serviço. Não aposenta é de coisa nenhuma.
-Destra: nem daquilo?
Nem daquilo. - respondeu canhota.
Tem nada não. Deixa esse neguinho ir abusando. À qualquer hora dessas, agente prega-lhe uma peça daquelas.- falou destra.
Voltando ao futebol, aquele time (*) foi composto por: Zé Luiz no gol (mecânica), André (visitante) - sobrinho Márcio Magalhães, Zé Antônio ( mecânica), Luciano ( copiadora) e Zé Afonso (mecânica).
Aí véi; dá pra encarar o time do Paraná que disputou a copa das empresas de engenharia pela ECM. Que cê acha? - falou destra.
É uma! - disse canhota.