A Seleção de Dunga 
 
     Para se conquistar uma copa do mundo uma seleção precisa de organização, precisa ser aplicada, mas sobretudo precisa ser composta de talentos em seu elenco. Não basta organização, aplicação e um bom conjunto, mas jogadores que através de sua habilidade façam a diferença num jogo.
 
     A atual seleção brasileira preferiu seguir a filosofia da aplicação, do conjunto abdicando do talento individual de alguns jogadores que Dunga preferiu ignorar, acreditando na união dos jogadores e também se propondo a ser fiel com os jogadores que, segundo ele, se mantiveram com ele tanto nos melhores momentos quanto nos ruins enquanto técnico da seleção.
 
     Sendo assim, Dunga resolveu ignorar os críticos, a imprensa e parte da população e fazer a sua seleção, no entanto, é preciso frisar que; é melhor perder um campeonato com o que se tem de melhor em termos de jogadores, que perder excluindo-os por razões que, até podem ser explicados, porém não se justificam.  Perder um campeonato com que o país tem de melhor a responsabilidade divide-se entre comissão técnica e os jogadores, o que não ocorre quando se faz o contrário. Ao que parece, Dunga busca para si o estrelato caso a seleção seja vencedora.

     Dunga procura imitar a mesma filosofia de Filipe Scolari (Filipão), no entanto, mesmo Filipão não tendo levado Romário, a seleção possuía alguns talentos e graças a eles é que a seleção brasileira acabou fazendo a diferença.

     Em 1982, com exceção a seleção de 1970, o Brasil teve a melhor seleção do mundo, levando para a Copa o que havia de melhor em termos de atletas, foi uma seleção de talentos, porém acabou ficando no meio do caminho ao perder para a Itália. No entanto, é uma seleção lembrada sempre e com carinho. A seleção de 1982 deixa saudades, e nem mesmo o tropeço lhe tirou o brilho.

     Já se vão 40 anos e quando se fala em seleção brasileira campeã a que enche os olhos dos brasileiros é a seleção de 70, não só por causa de Pele, mas toda a seleção desde o número 1 (goleiro) até o ponta esquerda (11), pois todos jogadores campeões eram craques, o que não ocorreu com as seleções de 1994 e nem a 2002 campeãs, a qual tivemos apenas 2 a 3 craques em cada uma delas e que não apresentou espetáculos em suas apresentações.
 
     Em suma, uma seleção brasileira deve ser composta com o que o país tem de melhor, em termos de jogadores, independente a estrela ter 17 ou 38 anos, mas sim, o futebol que esteja apresentando no momento. É inadmissível temos jogadores como Neymar, Ganço, Ronaldinho Gaúcho, Adriano fora de uma seleção brasileira, jogadores estes, que na atualidade são considerados estrelas mundiais. Atletas que jogam em grandes clubes brasileiros e europeus e em seus lugares serem convocados jogadores que são reservas em seus clubes ou estão jogando em clubes sem nenhum destaque no cenário futebolístico mundial.     
Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 12/06/2010
Reeditado em 12/06/2010
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