Patriobolismo


Há algum tempo fizemos uma sugestão aos dicionaristas para que eles inserissem em seus livros a palavra "Atisar", com significado de ‘coragem e destemor’, vinda do nome Átis, que é juiz na região do Pontal do Paranapanema, que mandou prender os sem-terras, posto que poucos deles assim agem e agora fazemos outra.

Pretendemos que seja incluído nos dicionários a palavra "patriobolismo", a definindo como: "patriotismo só pela bola; manifestação eufórica de um povo que se preocupa muito com sua pátria, seu país, porém, só quanto ao que se refere ao futebol; o que ocorre de quatro em quatro anos e quanto finda o campeonato tudo volta à letargia inicial".

Pode parecer exagerada esta manifestação, porém, é a uma das poucas que realmente cabe quanto ao momento que o Brasil vive em sua vida política e social.

É imprescindível que tenhamos consciência de nosso momento, visto a corrupção que o assola e as proximidades das eleições, pois num mundo globalizado como o que vivemos, e a integração voraz da economia, onde o simples apertar de um botão de computador faz com que caiam as bolsas de valores do mundo todo, com certeza não temos tempo para novas experiências políticas e quanto menos econômicas.

Assim, se quisermos fazer de nosso Brasil um País que mereça respeito no exterior, e não só pelo futebol, temos que saber escolher nossos governantes, não pelas cantilenas inconsistentes e mentirosas das propagandas eleitorais, mas pelo seu passado, seriedade e compromisso efetivo com o povo.

Temos que deixar de exercer nosso "patriobolismo" para exercermos nosso "patriotismo" fazendo um verdadeiro "Pacto Social", que é "um acordo entre as pessoas que compõem e verdadeiramente amam este País, para que unam e congreguem seus anseios, pois o sucesso deste Pacto está que cada pessoa que o componha nele aplique todas as suas forças, que o proteja e o defenda, unindo-se um aos outros, para o fato que interesse ao País, com todos seus esforços e empenho, tanto quanto faz nesta fase de "patriobolismo".

É ele, em síntese, a moral aplicada na estória dos "Três Mosqueteiros", quando adotam o "um por todos e todos por um".

Vivemos em um momento de encruzilhada política, cabendo aqui parafrasear John Keneddy e dizer: "Não perguntem o que Brasil pode fazer para cada um de nós, mas o que podemos fazer para este nosso Brasil".

Colocado em prática este plano, com certeza, diminuiremos as agressividades que estão patentes e latentes em nosso dia-a-dia, com a perda do sentido e da importância da vida, especialmente quando vemos que se mata por um par de tênis, uma bicicleta, discussão de trânsito ou, simples e tristemente, matar por matar.

Temos necessariamente que rever nossos conceitos de valores e importâncias para com nosso Brasil, pois somente assim estaremos preservando os destaques do Decálogo de Santo Agostinho, que ditam a importância da preservação da Vida e da Liberdade.

Façamos um "Pacto" com o Brasil: "Que continuaremos ser "patriobolistas", mas exerceremos nosso "Patriotismo" todos os dias dos nossos próximos quatro anos, até a próxima Copa" de 2014, que será aqui no Brasil.
Brasilino Neto
Enviado por Brasilino Neto em 12/06/2010
Reeditado em 03/05/2013
Código do texto: T2315668
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