Claro que ele tem todo o direito de escolher quem bem quiser e entender, mas o diabo me morda se não ceder a pressões da CBF e principalmente de patrocinadores e procuradores de craques nacionais, que atualmente mandam e desmandam na vida de qualquer um. Sem essas presenças fica difícil conseguir contratos no exterior, e esse é o desejo de todos que se prezam.

Robinho, Neymar e Ganso (a nova alegria do futebol brasileiro)

            No meu ponto de vista, e sei que isso é quase uma unanimidade brasileira, a presença do Neymar e do Ganso, ambos do Santos Futebol Clube, aquele mesmo do Rei Pelé, se torna ponto dominante em qualquer discussão sobre futebol. Até admitem que fiquem na regra três, mas que lá na África do Sul estejam é assunto pacífico.

            Somente a presença deles na delegação, e por si só, vai exigir dos chamados titulares mais responsabilidade e maior dedicação, porquanto em se sentindo ameaçados por uma sombra perfeita a tendência será ou produzir ou o cachimbo cair. Pelé fora encanxado na Copa de 1958, também por uma dose de sorte, mas sem perder de vista as pressões de craques da envergadura de Gerson, Didi, Nilton Santos e Carlos Alberto. Isso também acontecera com o fenomenal Garrincha, que encantou a todos e tomou a vaga do ponteiro direito Joel.

            Um detalhe importante: Sem Ganso o time do Santos perde 50% de sua capacidade de girar a bola, de fazer aqueles sensacionais rodízios que endoidam as defesas adversárias, porquanto os craques peixeiros jogam por música e já sabem o lugar aonde o companheiro se encontra... aquele negócio de “ponto futuro”, que o técnico Coutinho tinha sempre na memória. O sujeito manda a bola para o lugar em que o colega deveria estar... E pronto!

            Esse negócio de ser novo é conversa pra boi dormir. E aquela famosa de que “Panela velha é que faz comida boa”, também”. Ah! Mas o grupo está fechado, já vem treinando e jogando há quatro anos; a campanha foi boa, classificou-se nas eliminatórias com duas rodadas de antecedência. Mas vamos e venhamos: Colômbia, Bolívia, Equador, Venezuela, entre os adversários, nunca foram empecilhos à marcha de qualquer seleção brasileira que se prezasse. De uns tempos para cá, com esse negócio de jogadores de contenção, com medo de tomar gols, é que a barra endureceu, e vencer por um a zero já está bom...

            Entendo que devam sair o Elano e aquele tanque Júnior Baptista. Não é na marra e nem na bordoada que se ganha jogo, mas na categoria e na leveza dos craques, e nada melhor do que uma equipe com um esquema 4 – 3 – 3, com Robinho, Ganso e Neymar, com liberdade para esse extraordinário armador, que se iguala aos maiores da posição, a exemplo de Gerson, Didi e outros. Pode deixar que o Ganso já engoliu o Pato, que ficará dormindo no poleiro.

            A convocação sairá amanhã. Todo mundo pode tirar o cavalinho da chuva, eis que o Dunga de dunga não tem nada, vai continuar ignorando o bom futebol dos que aqui ficam, priorizando quem joga no exterior, política que considero redondamente enganada: Quem optar por jogar noutro país fica impedido de atuar na seleção brasileira, essa deveria ser a regra, mas falta vontade política de prestigiar os que sabem jogar e que por conta das limitações impostas pelos países (cotas) não conseguem sair do Brasil.

Quem viver verá!

Fico por aqui.

Em revisão.

Um abraço.

Fonte: Google.