A VOLTA ÀS AULAS. SEM CELULARES!
Após muitos anos de luta por uma educação melhor, surge luminosidade no
início de um certo túnel educativo.
A caminhada para chegar até os dias atuais em que a utilização desembestada
de celulares nas salas educativas, foi árdua: várias frentes favoráveis
à flexibilidade, outras irredutíveis, algumas intolerantes etc.
Os pais em grande parte não foram unânimes nas suas falas e atitudes,
principalmente nas reuniões escolares: sempre muitas dúvidas, porém, a maioria
apoia as determinações federais. Sim, houve necessidade de criar uma lei específica.
Lei nº 15.100/2025, que impede o uso de aparelhos eletrônicos em escolas públicas
e particulares, desde 13 de janeiro de 2025.
Claro, que há exceções para que aparelhos sejam consultados no interior de
uma sala de uma, como nas atividades pedagógicas na educação básica em caráter
excepcionais: educandos com deficiência que necessitam de tecnologia assistida.
Em algumas escolas particulares a utilização de aparelhos está proibida, há anos!
O tema é um dos mais focados nas Unidades Escolares - U.Es. porque os problemas
são inúmeros, os resultados na prática estão bem abaixo das expectativas
salutares.
A utilização ou não de aparelhos eletrônicos nas salas de aula já foi motivo
para várias indagações, pesquisas, entrevistas, destaques, defesas de tese etc. Os
motivos para a proibição são muitos; os principais referem-se às distrações dos
alunos, aos problemas à saúde, aos impactos negativos na aprendizagem, à falta
de interação social e indícios de sociopatia e outros. O M.E.C. (Ministério da
Educação e Cultura) relata alguns desses motivos.
Os professores também deverão seguir regras para o uso dos aparelhos.
Ministrar aulas e utilizar celulares ou smartphones é uma tarefa difícil em várias
escolas, dificílima em muitas e impossíveis em um grande número das instituições,
visto que nem todas têm recursos suficientes para que funcionem com afinco. A
começar pelos alunos que não têm aparelhos, os modelos eficientes ou não para
abrir um site e outro, a prática em lidar com os tais e pesquisar adequadamente,
a concentração individual que deve ser melhor desenvolvida por causa ou não de
indisciplinas, os problemas físicos dos espaços escolares como goteiras nas salas
com janelas problemáticas, os desvios das funções, iluminações deficientes, barulhos
nas salas ao lado, temperatura ambiente, alunos especiais etc.
As discussões sempre foram e são expostas nas escolas, as reclamações, constantes;
conversas com os pais sobre certos comportamentos dos filhos ocorrem constantemente.
Então, o maior problema pode ser um conjunto de fatores que remam contra a boa
educação.
Algumas consequências referentes às utilizações indevidas podem despertar depressão, ansiedade
e outros transtornos, uma vez que de um modo geral, chegam a ficar conectados aos
dispositivos, cerca de cinco horas diárias ou mais. Absurdo!
Grande parte dos alunos considera bacana a proposta, uma vez que 80% deles
relataram que se distraem indevidamente durante as aulas. No país Japão, apenas
18% pensam da mesma forma. Na Coreia do Sul, 32%; segundo a PISA - Programa
Internacional de Avaliação de Estudantes.
As escolas oferecerão espaços para guardar os aparelhos, mas não serão responsáveis
pela preservação dos mesmos: terão, por exemplo, espaços específicos. Cada unidade
escolar ao respectivo modo!
Caso o aluno "apronte" será advertido; na reincidência, punições condizentes,
conforme o que rege a lei específica.
O M.E.C. (Ministério da Educação e Cultura) lançou dois guias que orientam as redes de
educação e as instituições de ensino de todo o país.
Segundo o ministro da educação, Camilo Santana, a ideia não é proibir a tecnologia nas
escolas; e sim, "promover uso responsável, voltado à educação". Os novos materiais foram
publicados na plataforma MEC RED de recursos educacionais digitais. (Agência Brasil)
O bem-estar dos alunos e dos professores estará garantido, à medida que houver reciprocidade
entre as propostas educacionais, educadores e educandos.
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Nilceu Francisco: professor, jornalista, ambientalista, articulista, poeta