A Defasagem no Ensino da Língua Portuguesa no Brasil: Causas e Consequências
O que está acontecendo com o ensino da língua portuguesa no Brasil? Essa é uma pergunta que me surge sempre que me deparo com um artigo sobre educação e suas deficiências. Recentemente, li um texto publicado no blog da Focus Poder que trouxe a seguinte informação: “Só 12 estudantes tiram nota 1.000 em redação...”. Ainda impactada por essa notícia, decidi investigar quem eram esses estudantes que alcançaram tal feito.
Descobri que, em sua maioria, são jovens entre 19 e 25 anos. Ou seja, não são novatos no assunto; já haviam prestado o ENEM antes e praticavam regularmente, escrevendo em média uma redação por semana. Isso reforça a ideia de que é escrevendo que se aprende. Outro dado interessante é que muitos desses estudantes almejam cursar Medicina, uma das graduações mais concorridas nas universidades públicas.
Essa reflexão me levou a questionar: como é possível que estudantes do ensino médio, após 12 anos de estudo da língua portuguesa, não consigam atingir a nota máxima no ENEM? Português é a disciplina com maior carga horária ao longo da educação básica, desde os primeiros anos até a formatura.
Esse cenário também destaca outra questão preocupante: a qualidade do ensino nas escolas públicas. Embora o Brasil tenha feito esforços para reduzir o índice de analfabetismo, muitas vezes os alunos são “empurrados” para as séries seguintes sem adquirir o conhecimento necessário. Isso não contribui para um país com melhores índices educacionais, mas sim para a perpetuação de um sistema que valoriza mais as aparências do que o futuro dos estudantes.
Este texto não é uma crítica às políticas educacionais, mas um convite à reflexão. Como pais e professores, temos o dever de cobrar e incentivar os jovens a buscar o melhor caminho para seu futuro. Eu mesma não me coloco como uma autora exemplar; reconheço minhas próprias limitações e sei que preciso melhorar minha relação com a língua portuguesa.