O BRASIL DA FÁBRICAS DE ESCRAVOS
Lamentam, entusiasticamente, seres considerados humanos e em prol da
continuidade da escravidão no Brasil, uma vez que se sentem ameaçados
com o esboço da reta final do ensejo.
Não é difícil deparar com essa categoria de seres imundos e desprezíveis que
consideram fundamental preservar e alimentar políticas racistas, a fim de manter
o estoque de escravos à disposição, para o que o der e vier. Necessitam
explorar a grande massa que produz riquezas, mas passa longe delas.
O comércio escravagista segue os passos dos chefões de senzalas, os
donos, os coronéis e afins que se revezam ao promover
desrespeitos, desatinos, explorações, negociações etc.
A decepção oriunda da desesperança, em matéria de sugacidade do excessivo
trabalho dos pretos, faz com que muitos possuidores se desesperam, porque a fábrica
de escravos tende a acabar. A "culpa", segundo os malfeitores é do presidente
da república, Luís Inácio Lula da Silva, com as políticas públicas, como
Bolsa Família, Bolsa Atleta, ProUni, Minha Casa Minha Vida e outras.
Através dessas políticas, muitos alcançam o objetivo de acessar e passar a
frequentar escolas básicas e as de ensinos superiores. Passam a
adquirir mais conhecimentos e, consequentemente melhorar a educação de cada
pessoa. Estudar e adquirir meios para melhorar de vida é o que menos almejam
os seres do mal; os promotores vis.
Fábricas de escravos são encontradas com facilidade: basta fiscalizar as
fazendas, os sítios, as casas com vários empregados. Há inúmeros exemplos de
trabalhos excessivos; e muitos nem recebem salários! Realizam as tarefas, em troca
de meros pratos de comida. Não são registrados, portanto, desprovidos de
direitos. Trabalham o dia todo, o ano inteiro, e muitos ainda apanham.
Fábrica de escravos começa, por exemplo, com famílias em que os pais
ensinam desde cedo, as crianças. Aprendem a trabalhar e seguir a vida de maneira
honesta, exemplar. Todos, de fato, adquirem o hábito da honestidade, da valorização
de cada gesto e de cada centavo.
E os patrões odeiam a educação, em todos os sentidos: sejam a familiar,
a ambiental, a escolar ou outra. O
importante para eles é manter os servos sob "cabresto" e nada de estudos, têm que
manter, e quem sabe, aumentar a mão de obra barata! Promover justiça, jamais!
A condição de escravos se estende a quase todos os funcionários dos então
coronéis, criminosos, debochados, sugadores, ladrões de sonhos e de futuros
individuais. Os exemplos são inúmeros.
Que terminem as fábricas escravagistas através de várias políticas públicas e
de acerto de contas dos opressores com a justiça.
O caminho para acabar com as fábricas de escravos passa pela consciência da sociedade,
pela pujança nos ensinos escolares, pelo cumprimento das leis, pelas punições exemplares
etc.
As crianças devem frequentar escolas regulares, e não, trabalhos infantis ou
escravizados. No Brasil há leis para que isso ocorra. Quem insiste contrariamente,
devem ser presos.
A extinção de práticas do gênero não cabe em um país, cuja democracia é
constantemente atropelada pela ralé elitista, onde a consciência inexiste.
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Nilceu Francisco é professor, jornalista, escritor, poeta, ambientalista