Ao Mestre Com Carinho
Ao Mestre Com Carinho
Nesta terça-feira (12), o Brasil comemora o Dia do(a) Gestor(a) Escolar. Essa comemoração está estreitamente vinculada à defesa da gestão democrática na educação brasileira. Trata-se de um direito conquistado com o fim da ditadura militar e consolidada na Constituição de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Sem a gestão democrática, a função de gestor(a) escolar se perde e acaba resvalando no autoritarismo.
A gestão democrática é o mecanismo aliado dos(as) gestores(as) escolares na execução da função administrativa. A conquista da gestão democrática é resultado da atuação do magistério público forte e consciente e de uma base mobilizada e atuante”. “As eleições diretas para diretor e diretora, vice-diretor e vice-diretora e Conselho Escolar estabelecem parâmetros e instrumentos de participação que fortalecem a democracia nas escolas públicas.
A gestão democrática possibilita unir gestores, educadores, pais, estudantes e toda comunidade escolar em prol do desenvolvimento da escola e de seus estudantes. Os desafios da gestão escolar são muitos e passam pelo problema dos recursos financeiros, evasão escolar, violência no ambiente escolar, gestão de pessoas e a desmotivação dos educadores e dificuldades na comunicação com a comunidade escolar.
Uma das fórmulas para enfrentar esses desafios é a valorização dos(as) educadores(as) por parte dos governantes, com estímulo à motivação e à formação continuada dos(as) educadores(as). “Também dialogar sempre com a comunidade, investimentos em tecnologias, infraestrutura e no pedagógico da escola, praticar mediações e ser resiliente.
Observamos que a gestão democrática tem como princípio fundamental a participação ativa de todos os envolvidos no processo educacional. No entanto, sua implementação enfrenta desafios, já que, apesar da legislação, as práticas de gestão variam amplamente nas escolas, com diferentes denominações e abordagens, como gestão participativa e cogestão. A verdadeira gestão democrática exige uma postura de colaboração entre gestores, professores, alunos, pais e a comunidade, garantindo a autonomia pedagógica e administrativa das escolas, mas essa transformação ainda esbarra em obstáculos, como a falta de articulação entre os atores e a resistência a mudanças no modelo tradicional de gestão.
A escola precisa da participação coletiva de toda a comunidade escolar para alcançar seus objetivos educacionais e melhorar a qualidade do ensino. O(a) gestor(a) escolar, em especial, deve adotar um papel de liderança cooperativa, que promova a inclusão de todos os segmentos da escola nas decisões, criando um ambiente de transparência e autonomia. A gestão democrática não se resume apenas a um modelo de administração, mas também de se relacionar diretamente com o projeto pedagógico