A Erotização em Univ. Públicas
Hoje, abri o jornal para dar uma olhada nas notícias... em outros tempos, eu poderia falar ter aberto "um jornal", definindo qual, posto que havia opções de vários periódicos para se ler. Com relação ao verbo aplicado, creio ser o mais coerente já que, hoje, abri o periódico mais pela curiosidade, realmente para conferir... confesso que não pelo prazer ou até mesmo pelo hábito da leitura.
Fato é que, após folhear uma ou duas páginas, dei literalmente de cara com a manchete, cujo título pareceu ser apelativo, e, no mínimo, soou bem estranho se não fosse o contexto, em consonância com o enunciado:
"UFMA ensina com o cu!"
Confesso que a principio não entendi o sensacionalismo e o porquê desse título e da exposição que se apresentaria no impresso, mas para a minha surpresa era esse mesmo sem tirar nem pôr. Motivado pela chamada, resolvi ler o exposto que justificou com todas as letras o inusitado título.
Logo depois, recebo pelo whatisapp um vídeo, mostrando o conteúdo, explicitamente, e, em consonância com o teor da nota, dirimindo as possíveis dúvidas em relação ao tema.
Eu nos meus (poucos) escritos não me atreveria a usar esta palavrinha tão pequena, porém tão emblemática! Se precisasse, talvez deixando a anatomia de lado, eu o usaria com um gancho na química e o proclamaria "símbolo do cobre" ou com seu nome técnico ânus ou, talvez, com uma das muitas alcunhas compiladas pelo paraibano Jessiê Quirino, em seus poemas. Eu poderia usá-lo ainda, como escreveu o poeta Mariano Silva em seu texto "O dito cujo" publicado no Recanto das Letras, chamando-o de "fiofó".
Não vou me ater às considerações sobre o texto, visto que já foi bem explorado pelo Alex Borralho, em sua coluna no Jornal Pequeno.(*)
Encerro este texto expressando meu sentimento, não indiferente ao repúdio de tantos outros, com a apresentação de tão lamentado fato, mostrado de forma tão explícita. Isso pode parecer "normalidade" em nossas instituições de ensino? Claro que Não!
Realmente não existem palavras suficientes para dá conta de assunto tão escandaloso, principalmente, em se tratando de uma sala de aula, em que assuntos técnicos, científicos e até sobre a sexualidade humana poderiam ser expostos.
É deveras lamentável o que aconteceu e a repercussão que teve esse tão absurdo fato dentro de uma Instituição que merece credibilidade!
* JP 19/10/2024