A Farsa do Networking: Uma Relação de Interesses ou Autenticidade?

Vivemos em uma época em que o networking é exaltado como um dos pilares do sucesso profissional. No entanto, por trás desse conceito, muitas vezes se esconde uma farsa perigosa e egoísta: a falsa próxima. O que deveria ser uma prática para construir relacionamentos sólidos e mútuos se tornou uma troca fria de interesses. O problema é que muitos se aproximam das pessoas não para cultivar uma relação, mas para conseguir favores, vantagens e oportunidades. Este comportamento, além de tóxico, revela um profundo egoísmo e desrespeito pelas verdadeiras conexões humanas.

Como a Bíblia nos adverte, “Não vos enganeis, de Deus não se zomba; pois que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7). Esse versículo não se aplica apenas às questões espirituais, mas também às relações interpessoais. Quem semeia relações interessantes e superficiais, colherá desconfiança, distanciamento e uma rede frágil de contatos. A hipocrisia no networking não gera frutos duradouros; pelo contrário, gera isolamento.

A Farsa da Aproximação Oportunista

Quantas vezes você foi procurado por alguém que não falava com você há anos, apenas para descobrir que uma pessoa precisava de algo? Ou talvez você mesmo já tenha se aproximado de alguém por puro interesse em um benefício imediato? É nesse ponto que o networking, quando mal praticado, revela sua face mais obscura: a exploração das relações humanas.

O problema central é que esse tipo de comportamento se reduz às pessoas aos instrumentos. Eles deixam de ser seres humanos com suas próprias necessidades e histórias e se tornam apenas peças em um jogo onde o objetivo é o benefício pessoal. Quando o foco é puramente importante, a relação é abrangente assim que o objetivo é alcançado. Isso não é networking, é manipulação.

E quais as consequências? A falsa aproximação à confiança, criando uma atmosfera de superficialidade. Pior ainda, enfraquecer os laços que poderiam ser poderosos e transformadores foram cultivados de maneira autêntica. O dano causado vai além da esfera profissional, atingindo a essência do respeito e da reciprocidade.

O Networking Ideal: Construindo Relacionamentos Verdadeiros

A pergunta é: como praticar um networking verdadeiro? A resposta é no amor genuíno pelas pessoas e no desejo de vê-las prosperarem, independentemente de suas utilidades momentâneas. O networking autêntico não se trata do que você pode ganhar, mas do que você pode construir junto com outras pessoas.

A Bíblia nos dá um princípio poderoso para as nossas relações: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos fazem, fazei-lho também vós” (Mateus 7:12). Esse “princípio do ouro” resume o que deve ser o networking autêntico: uma via de mão dupla, onde as pessoas são tratadas com o mesmo, respeito e cuidado que desejam de receber.

Reciprocidade e Continuidade : O verdadeiro networking exige manutenção regular das relações. Isso significa manter contato e se importar com o outro, mesmo quando não há interesse imediato. Um simples "Como você está?" pode ser o início de uma relação mais profunda.

Apoio mútuo : Networking autêntico não é sobre ganhar favores, mas sobre criar uma rede de apoio. Ajudar, sem esperar nada em troca, cria laços genuínos que serão úteis de maneira natural no futuro.

Autenticidade nos interesses : Não se trata de parecer interessado, mas de ser interessado. As conexões mais valiosas nascem de um interesse sincero na pessoa, em sua jornada e seus desafios. Quando os interesses são puros, as oportunidades aparecem naturalmente.

Conclusão: Semear o Bem nas Relações

A farsa do networking não se sustenta a longo prazo. A falsa amizade, o interesse unilateral e a exploração do outro levam a um ciclo de desconfiança e solidão. Por outro lado, um networking baseado em princípios de conveniência, reciprocidade e interesse genuíno gera frutos que duram uma vida inteira. O sucesso nas relações não está em quantas pessoas você conhece, mas em como você as trata. Se queremos colher uma rede de contatos verdadeira e sólida, devemos semear respeito, confiança e apoio genuíno.

Tal como nos lembra a literatura bíblica, o que semeamos é o que colhemos. Que podemos, então, ser instrumentos de boas sensações em nossas conexões, e, ao fazer isso, transformar o conceito de networking em algo que realmente edifique vidas e carreiras.