DO CORAÇÃO DE UM PAI

DOCORAÇÃO DE UM PAI

Se as letras pulsassem quando escritas movidas pelo coração, elas saltariam da folha por cada nova emoção, quando a gente quer escrever o que o coração sente, mas as palavras não conseguem descrever todo sentimento de um pai que ama tesouros tão caros como os filhos. Cada um deles com suas particularidades; cada um deles com um sinal de vida, luz, alegria, paixão e terno em suas lembranças correspondidas.

Se a alma falasse tudo quanto fica tão escondido e, não deixasse fugir de nossa mente, quando se quer curtir as coisas boas desta vida, certamente que teríamos que tentar viver somente de emoções. Ainda bem que não é assim. O nosso coração não suportaria tanta emoção, tudo se converteria em pranto, esvaziaria nosso ser pessoal, deixaríamos de existir, tudo se transformaria num grande deserto. Ainda bem que não é assim.

Está tudo no coração, está no mais profundo da alma, entesourados para a eternidade. Só nos contentamos porque os dias são vencidos de fé em fé, um dia de cada vez, de glória em glória. Nossas emoções não podem alcançar tudo de uma só vez. É tão misterioso! Quanto mais queremos chegar mais perto, é tão profundo estes sentimentos que nos é reservado. Coração e alma sempre são auxiliadas por uma válvula de escape, que em determinados momentos, por serem grandiosos demais, a válvula é acionada, e acabamos esquecendo, do que falar. Do que é mesmo? O silêncio nos cobre, como um manto de amor; os olhos lacrimejam, como que dizendo, como os amo Deus!

Não fora os momentos incertos nas coisas que buscamos fazer, sonhar em nossos dias, já seríamos como que pequenos deuses, cheio de honra, glória e poder. Viveríamos como cabritos, pulando e saltando de um lado para o outro, como num dia de festa, de pura alegria e felicidade. Ainda não é assim! Somos apenas depositários de bênçãos que se mantem segredadas ao coração, sustentadas pela alma, para serem lembradas na eternidade. Lá, o tempo e a distância, não será impedimento para partilhar tudo quanto construímos em nossas vidas enquanto aqui. Vidas que acumularam graça, paixão e misericórdia de um Pai do céu que a todos ama, cuja honra e glória se reflete na família.

Nessa hora o sinal é dado, nossos tesouros nos aguardam, é a hora de dar um salto para a vida, celebrar a graça alcançada em Cristo, do qual somos irmãos por adoção. Até que venham os dias da eternidade, aprendamos a viver como uma família que ama a Deus, uma família em que pais e filhos trabalham por viver em harmonia, considerando cada dia como o primeiro e como se fosse o último. Estamos sempre entregues à vida quanto também à morte. O viver cada dia de nossa peregrinação depende somente de nós, o curto espaço de tempo e de lugar, são apenas para o aprendizado para vivermos a eternidade. Sabendo que, tudo quanto acontece na família tem peso de eternidade, cujo galardão está reservado para todos aqueles que amam a Deus e seus filhos.