O BRASIL NÃO É. E JAMAIS SERÁ LAICO!
De onde emergiu a ideia de que o Brasil é um país laico (ou secular), na prática?
Sim, porque, a Constituição Federal (1988), garante a liberdade religiosa. Então, a
liberdade de crença e consequentemente, o livre exercício dos cultos religiosos.
Dentro das próprias entidades religiosas, vários integrantes são discriminados, principalmente,
por devido ao poder aquisitivo de cada um. Há muitos interesses financeiros. A grande pergunta
é: Jesus falava em dinheiro; pedia?
Por que a igreja pede dízimo: para construir palácios de ouro para você, ou para os exploradores?
Por que os pastores têm carrões e você, às vezes, nem bicicleta possui?
Onde estava o Deus deles quando negaram a vacina contra a COVID-19?
Tem certeza que as pessoas respeitam a religião do outro?
Por que existe no Congresso Federal a bancada evangélica, assim como a da bala, a do AGRO?
Tente responder a si mesmo (a) às questões acima!
Muitos criam igrejas para não pagar impostos: juntam seis testemunhas, vão a algum cartório, abrem
empresa e pegam o CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) correspondente. Depois compram
carrões, colocam no nome da igreja e não
pagam impostos. Foi Deus que os mandou ser canalhas, caloteiros, malfeitores, péssimos exemplos,
mentirosos?
E quando o assunto refere-se ao aspecto sexual que envolvem pastores; o que você tem a dizer?
Diversos religiosos são reacionários e mercenários da fé: querem destruir autoridades, se apossar
de bens materiais e abocanhar ações capitalistas.
Durante a última pandemia, por exemplo, muitos pastores comemoraram as centenas de mortes. Lucraram
com elas, principalmente a dos idosos que moravam sozinhos e eram. As igrejas ficaram com grande
parte dos respectivos imóveis, e hoje são igrejas. O que você me diz? Pesquise e saiba melhor sobre
o tema!
País laico: nunca ouvi tantas bobagens, nem li algo tão escabroso e funesto! Basta olhar para
a estampa facial de cada um dos vários habitantes dessa nação. Ou observe, de um modo coletivo,
a maneira de cada turma religiosa!
O Brasil não é um país laico e nunca será, devido às ignorâncias, corrupções, desserviços,
egoísmo, descrenças, deseducação nos templos religiosos, políticas antibrasileiras, crimes
sexuais praticados por pastores etc.
Sem oferecer o estado de presunção política em que o termo laico é associado para angariar apoios
presentes e futuros, veja o que está em si e ao seu redor. Tente detectar em cada um dos seus
olhares e enxergar apoios afins. O máximo que encontrará serão blefes e posturas teatrais.
Chegar a essa afirmação é fácil: basta se lembrar de que as pessoas não desejam o bem aos
outros. O máximo que poderiam alcançar e almejar seria algo bom para si mesmos. Sabemos que até
esse objetivo é difícil, uma vez que o amor próprio passa longe dessa camada de seres.
Digo o fato presente, ao mesmo tempo que relembro múltiplos acontecimentos que envolvem
aspectos religiosos regados de atitudes transformadoras, sempre a caminho das maldades. Vejo
comportamentos dúbios sobre pregações religiosas em que os objetivos principais são referentes
à destruição dos que pensam o contrário. Observe: a imprensa acoberta e incentiva insanidades.
Grande "fatia do bolo" está reservada à ela.
A laicidade do Estado deveria ser importante, porque garantiria o respeito referente a todas
as visões religiosas. O que constatamos no dia a dia é o contrário: uns grupos demonizam
outros espaços, promovem algazarras.
Muitos templos que deveriam ser religiosos não fazem jus ao que semeiam, por exemplo, quando
apoiam pedófilos em seus próprios recintos. Outro exemplo: dão aval aos desertores ao
invadir espaços de outra junção religiosa. E mais: protegem assassinos, comercializam produtos
durante cultos, xingam, incentivam deboches, ensinam tipos de ódio, manipulam, criam lavagens
cerebrais, chantageiam, "vendem terrenos no céu" etc.
Uma das aberrações praticadas em nome da fé é o desrespeito para com igrejas em que os
desatinados adentram e quebram símbolos de imagens consideradas santificadas. Muitos religiosos
aplaudem. E estendem esses aplausos quando as invasões atacam terreiros e espaços espíritas
em geral.
Outra grande farsa religiosa está na Marcha para Jesus. Os politiqueiros sempre aproveitam a
oportunidade para pecar (não sei se têm ideia do que isso significa), uma vez que praticam
indolências o tempo todo; cometem crimes quase que diariamente! Afinal, o Jesus de muitos é
aquele que avança contra o que a maioria que nem sabe porque está ali. Foram manipulados,
em nome da graça.
Nas Marchas para Jesus os que mais gritam são políticos que se dizem evangélicos. Qualquer
um pode ser evangélico, basta usar saia, ou ternos. Quem utiliza essas roupas podem
ser qualquer tranqueira. Qualquer bandido pode se vestir dessa forma e se dizer de Deus! Você
sabe disso, mas faz questão de cultivar ideologias do gênero.
O Brasil não é laico. Quem afirma o contrário, certamente deixou de ser brasileiro, há muito
tempo. Os inúmeros os exemplos de que uma camada sempre vê a outra como insignificante; ou
seja, a sua turma é melhor que a outra, porque uma pensa e a outra não; uma imagina, a outra,
não; uma é dita como um grupo de pessoas, a outra é apenas um monte de robôs desinformados.
Como um ser pode afirmar que o Brasil é um país laico se não acredita em si próprio a ponto
de preferir assaltar, golpear; do que ir à luta também, em nome da fé, para conseguir algo bom?
Obter sem esforços, para muitos, é bem melhor. E onde fica a confiança, a religiosidade, os
propósitos sãos? A partir do pressuposto de que alguns recebem presentes sem se mover, indica
que outros foram prejudicados. Ou não?
País laico em que fiéis, dentro da própria igreja riem dos vestuários dos outros, dos penteados
das outras, dos calçados dos outros, da maneira de caminhar e dos discursos alheios?
Que religiosidade é essa em que pedem ajudas, para fins sociais, por meio de doações, pincipalmente,
via PIX e direcionam os recebimentos às próprias igrejas?
Podemos chamar de religião ou de seita a parceria entre política e a fé religiosa, desde quando?
Os promotores desta fé passaram a contemplar mazelas políticas que envolvem golpes, mentiras,
assassinatos, eleições e pretendem a perpetuidade, doa em quem doer. Passarão por cima de todas
as regras, em nome do poder. Desde quando atitudes mesquinhas têm a ver com atributos religiosos?
São seres do mal, são escárnios demoníacos. O que dirão no dia do juízo final individual?
Os escândalos proporcionados pela maioria dos deputados federais parecem não ter fim. Eles ainda
não descobriram as atribuições para os devidos cargos e espaços que os ocupam, tampouco, as
finalidades. Não se comportam como tais, porque não sabem, não têm energia suficiente para entender
o básico.
Os mais obscuros projetos referem-se à religiosidade e a laicidade, que significa cada pessoa
escolher, acreditar, seguir ou não a crença desejável. O cristão é obrigado a ir à uma igreja
porque o outro quer ou ordena. Cada um tem livre arbítrio, também no aspecto religião, e a lei é
clara.
Mas existem seres contrários ao aspecto religioso e às leis regradas: um propõe a leitura da
Bíblia e os estudos sobre ela, nas escolas. Outro sugere que a laicidade seja apenas em prol
de uma só religião. Propostas indecorosas e, segundo eles, devem ser obrigatórias.
Em momento algum, um desses seres esqueceu que o país é e deve sempre respeitas a Constituição: o direito
de escolha deve prevalecer e fazer jus ao sistema democrático. O outro radicaliza e também ignora
a opção religiosa de cada pessoa.
Bíblia em uma sala de aula com alunos ateus, por exemplo, daria certo a quem, a não ser o que
imprimiria e comercializaria o Livro sagrado?
Obrigar a seguir uma doutrina é democrático para quem? Seria um treino para restabelecer a Ditadura,
sede de sangue, de morte, capricho, mesquinharia barata?
Portanto, cuidado ao afirmar que o país é laico, se não sabe separar Estado e Religião!
Nilceu Francisco é professor, jornalista, escritor, ambientalista, poeta