**A Realidade da Periferia no Brasil: Uma Reflexão sobre a Educação e a Oportunidade**
**A Realidade da Periferia no Brasil: Uma Reflexão sobre a Educação e a Oportunidade**
**Introdução**
A periferia brasileira enfrenta desafios significativos devido à falta de oportunidades em diversas áreas. Este artigo reflete sobre a importância da educação como meio de transformação social e a realidade das favelas, onde a falta de informação e de recursos educacionais perpetua a exclusão social e econômica.
**A Realidade das Favelas**
Moro no bairro Palmital, em Santa Luzia, Minas Gerais, e há mais de 35 anos vivencio as dificuldades de viver às margens da sociedade. Minha mãe, Maria da Penha, sempre lutou para sobreviver, trabalhando em subempregos para sustentar seus filhos. Esta realidade é comum nas comunidades, onde a educação não faz parte do cotidiano das pessoas, que acabam sendo conduzidas por um sistema que não oferece chances de defesa educacional.
**Educação e Criminalidade**
A falta de oportunidades educacionais faz com que muitos jovens com potencial sejam engolidos pela criminalidade, que surge como uma forma rápida de ganhar dinheiro. Em muitas favelas, a criminalidade funciona como uma "grande empresa" que prospera devido à ausência de alternativas viáveis. Como dizia Seu Bastião, "somos produto do meio".
**A Importância da Educação**
As crianças têm um papel fundamental na transformação social. Elas são o futuro e precisamos mudar seu pensamento, fazendo-as entender que são essenciais para a transformação das famílias que sobrevivem à dura realidade do capitalismo. A escola desempenha um papel crucial nesse processo, sendo a base para alimentar as mentes com conhecimento e, assim, mudar a realidade dessas famílias.
**Histórico de Exclusão**
A falta de educação e oportunidades foi fundamental para manter a população afro-brasileira em 388 anos de escuridão. Escravizaram nossos pensamentos, fazendo-nos acreditar que nunca seríamos livres. Figuras como Zumbi dos Palmares e Luiz Gama mostraram que é possível mudar nossas realidades através da educação.
**Conclusão**
Hoje, vemos propagandas que fazem os periféricos acreditarem que a educação não é o caminho. Embora não falem diretamente, insinuam que os negros ainda são escravos intelectuais e devem continuar a trabalhar com força braçal. No entanto, qualquer pessoa pode usar seu intelecto para conseguir um trabalho melhor e viver com mais qualidade de vida. Não podemos aceitar essa "chibata virtual" que ainda existe em nós, conduzindo-nos ao suicídio educacional em um país que nunca realmente abraçou todos os seus cidadãos.
**Referências**
1. Freire, P. (1974). *Pedagogia do oprimido*. Paz e Terra.
2. Souza, J. (2017). *A elite do atraso: Da escravidão à Lava Jato*. Leya.
3. Gama, L. (1999). *Primeiras trovas burlescas*. Editora 34.
4. Castro, M. (2010). *Educação e desigualdade social no Brasil*. Cortez.
Professor: Lucas Ronan.