Uma Discussão Sobre Paisagem humanizada
Tiara Lima da Silva
Aires José Pereira
Como nosso trabalho verifica a possibilidade das paisagens dos dois lugares como atrações turísticas a discutiremos a partir de sua humanização. Ou seja, falaremos da paisagem enquanto constructo humano. Para Pereira (2013),
O homem, por meio de sua ação produz sua própria existência ao transformar a primeira natureza em natureza humanizada esta possui uma espécie de identificação com que a construiu. Quando nos referimos que esta possui certa identificação com que a construiu, referimo-nos a natureza humanizada, pois o processo de construção do espaço geográfico envolve as relações que o homem de acordo com seu próprio jeito de ser, ou seja, a paisagem construída pelo trabalho do homem tem algo a ver com seu construtor (PEREIRA, 2013, p, 25).
De forma contínua a acelerada, a paisagem urbana das grandes e pequenas cidades sofre transformações diversas, promovidas por aquelas que nela atuam: o poder público, as empresas de construções, as imobiliárias e a sociedade civil. As diferenças sociais refletem-se nas moradias, na localização dos serviços públicos e privados e na disputa pela ocupação do solo urbano. Segundo Santos descreve que: a paisagem artificial é a transformação pelo homem. Se no passado havia a paisagem natural, hoje essa modalidade de paisagem praticamente não existe mais (...) quanto mais complexa for à vida social, tanto mais afastamos de um mundo natural e nos endereçamos a um mundo artificial (...), este parece ser o caminho da evolução (SANTOS. p. 64-5).
E para que haja essa interação entre o turismo e meio ambiente de uma forma coerente que não provoque danos ao meio ambiente é necessário o planejamento para então exercer um turismo sustentável.
E segundo Ruschmann, sobre o turismo sustentável considera-se aquele que atende às necessidades dos turistas atuais sem comprometer a possibilidade do usufruto dos recursos pelas gerações futuras.
É preciso que o turismo e o meio ambiente encontrem um ponto de equilíbrio, a fim de que a atividade dos recursos naturais não seja a causa da degradação. O Estado deve cumprir seu papel, principalmente no que se refere à aplicação das leis ambientais e ao zelo pelo seu cumprimento, porém, é essencial que as coletividades dos locais turísticos assim como os outros agentes de seu desenvolvimento contribuam igualmente para a proteção dos atrativos naturais que estimulam o afluxo dos turistas (RUSCHMANN p.27 1997.).
O que acontece, e que falta na maioria das vezes e o envolvimento dos governantes, com as áreas citadas, ou seja, o visitante não vai para saber quais são os problemas enfrentados pela comunidade ou quais suas principais necessidades. Pelo contrário, ele sai do seu local de origem para “fugir” dos problemas que enfrenta como stress, cansaço físico e mental buscando refúgio em belas paisagens, e outros atrativos a ele oferecidos.
O turismo com o meio ambiente ocorre principalmente, com o local de forma superficial sua visão e avaliação sobre a realidade da área visitada é, quase sempre, estética por algum critério de beleza. É preciso um esforço especial para provocar simpatia em relação ao modo e aos valores dos habitantes e do meio ambiente.
Tiara Lima da Silva é graduada em Geografia pela UFT – Campus de Araguaína
Aires José Pereira é professor Associado II do curso de Geografia e do Mestrado em Gestão e Tecnologia Ambiental da UFR, Membro da Academia de Rondonopolitana de Letras, coautor do Hino Oficial de Rondonópolis e escritor com vários artigos e livros publicados.