QUEM É O DOENTE: O QUE DISCRIMINA OU O DISCRIMINADO?
O Brasil é um país que discrimina, mesmo. Não sei de onde
tiraram a ideia de que caçoar, zoar, praticar bullying é nobre.
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Para
mim, esses seres são os que mais precisam de tratamento, ou são uns
sem-vergonha, mesmo: dignos de pena, e de prisão.
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Os que não são "completos" perante os olhos dos sabedores da verdade, consideram
normal rebaixar um ser humano ao mais degradante nível, exatamente porque
ele não preenche a categoria de pessoas "perfeitas".
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Temos os mais diversos exemplos de discriminação: nas emissoras
de TV, principalmente na Globo e há manobras para ludibriar os
telespectadores. Começam com os elencos das novelas e séries. Nota-se
que os mais humildes e os negros só aparecem, na maioria das situações, para papéis de bandidos
ou de empregados bastante submissos, "cordeirinhos". Claro, que, às vezes, fazem uma média quando escalam
por exemplo,
a Taís Araújo como protagonista, ou a Camila Pitanga. Mas se pudessem e não
fosse tão flagrantes os atos discriminatórios, não escalariam, porque os patrocinadores e as emissoras
não apreciariam tais investimentos.
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Discriminam vários que não são considerados héteros, porque se julgam acima da natureza. Esquecem que a
maioria, "que se acha", já
brincou de médico até os 21 anos de idade, e de vez em quando, "pulam a cerca",
para se divertir, sabe-se lá com quem; aliás, muitos praticam "swing" (troca de casais), numa boa. Nesse
caso, pode! Existem
centenas de agências, para essa finalidade. Não temos nada com isso, entretanto, a hipocrisia reina.
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Quem ataca e até mata ou deseja praticar mais violência, com certeza está sofrendo por dentro; porque
não foi correspondido (a),
e procura descarregar nos outros a própria mágoa, que pode
vir de décadas. Há muitos casos por aí. Opinar sobre qualquer tema, não quer dizer que a pessoa seja; é
questão de
personalidade. Não é porque você defende um mendigo, que você já foi um.
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As Secretarias da "deseducação" de alguns estados discriminam professores: caso
esteja bem acima do peso, não veem com "bons olhos". Não condenam, explicitamente, devido às leis, mas,
internamente, estão péssimas: gostariam de manter os estereótipos conservadores e aparentemente salutares.
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Na área da "Educação", temos as escolas particulares que nem sempre aceitam alunos excepcionais, de
maneira natural. Os pais ou os responsáveis pela criança têm que entrar na justiça para conseguir
matrícula. Atos vergonhosos
ocorrem sempre, mas ninguém quer ver, fazer, condenar. Agem como se não fossem humanos, aliás, muitos
animais irracionais são
verdadeiros e muito mais parceiros que as corjas que praticam atos insanos e descabidos.
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Nas empresas ocorrem o mesmo: funcionários são admitidos pela cor da pele, corpo
e olhos. Quando contratam um que não esteja nesse padrão, o salário
é bem menor, e certamente, será subordinado; ou então, os capachos dos considerados superiores, de
preferência brancos
de olhos claros e cabelos lisos. Que os digam alguns governos de todas as escalas e os respectivos aliados.
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Em muitos estabelecimentos, homem ter cabelos longos, ou usar brincos, ou ter tatuagens, são considerados
seres anormais, para muitos setores de Recursos Humanos. Atitudes fora da sintonia atual. Parece que o tempo
das trevas insiste não
passar. Portanto, os candidatos com requisitos fora dos padrões, na visão dessa gente, não servem para
engrossar o quadro de funcionários das tais empresas. A não ser que os
postulantes às vagas, deem um jeito no
visual, conforme querem as empresas preconceituosas e repressoras. Os candidatos teriam como investir na
aparência? É outra vergonha esse comportamento
mesquinho das empresas e dos políticos que deveriam colocar em prática alguma ação, no sentido de reprimir
discriminações!
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Merecem um "big" tratamento mental e moral todos os seres que consideram melhores que os outros no
aspecto físico. Fazem da cor da pele e do tipo de cabelos, requisitos básicos para aceitar os "diferentes"
em alguma
empresa; ou para ser colega em uma ou outra escola.
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Esses são os verdadeiros coitados; correm sérios riscos de entrar em conflito consigo mesmos, e não haver
terapia que dê jeito.
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Quem é o doente, mesmo?!
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Nilceu Francisco é Professor, Educador, Escritor, Jornalista, Poeta, Articulista, Ambientalista,
Videorrepórter, Videojornalista etc.